ONU prevê fraco crescimento do Brasil em 2017

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Enquanto isso, desemprego e ajuste fiscal pressionam

O Brasil deve ter fraca retomada do crescimento econômico este ano, enquanto o crescente desemprego e o ajuste fiscal em curso continuam pesando sobre a demanda doméstica. A conclusão é do relatório Situação Econômica Mundial e Perspectivas 2017, divulgado pela Organização das Nações Unidas nesta terça-feira (17) em Nova Iorque.

A previsão da ONU é de que a economia brasileira tenha leve retomada este ano, com crescimento de 0,6%, frente a uma estimativa de queda de 3,2% em 2016. Para 2018, o cenário é um pouco mais positivo, com avanço previsto de 1,6%.

“A retração econômica do Brasil parece ter chegado ao fim, após um forte declínio da produção em 2015 e 2016. As incertezas políticas no país diminuíram, e as bases para um programa de gestão macroeconômica foram introduzidas”, afirmou o documento. “No entanto, o alto desemprego e a política fiscal relativamente apertada continuarão pesando sobre a economia”, completou. A taxa de desemprego brasileira encerrou o terceiro trimestre de 2016 em 11,8%, frente a 6,5% registrados no fim de 2014.

O relatório lembrou que o Brasil testemunhou uma de suas mais profundas recessões nos últimos dois anos, e que o declínio cumulativo da produção econômica do país desde o fim de 2014 superou 8%, enquanto desequilíbrios macroeconômicos severos e uma crise política levaram a uma forte contração da demanda doméstica.

Segundo a ONU, medidas de austeridade fiscal que incluem profundos cortes de gastos ameaçam minar a sustentabilidade fiscal futura ao criar um ciclo vicioso: os cortes de investimento causam menor crescimento, o que por sua vez leva a uma maior redução dos gastos públicos.

De acordo com o documento, no contexto de um crescimento econômico moderado, quebrar esse ciclo vicioso e elevar o investimento público a níveis “mais em linha com os compromissos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável” demandam dos países latino-americanos e caribenhos um impulso à arrecadação.

Apoiadas por um câmbio mais competitivo após grandes depreciações no período de 2013 a 2015, as exportações latino-americanas e caribenhas mostraram modesto crescimento no ano passado, enquanto as importações caíram. No Brasil, as exportações reais de bens e serviços cresceram estimados 6% em 2016, enquanto as importações caíram 10%.

A previsão é de que a economia sul-americana tenha uma leve recuperação em 2017 e 2018. Enquanto a atividade econômica permaneceu fraca em 2016, alguns sinais positivos, tanto no front doméstico como externo, começaram a emergir, afirmou o documento.

Fonte: ONU.
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