Operação desarticula esquema de desmatamento ilegal no Pará.

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Foto: Oswaldo Forte/O Liberal-Uma operação realizada pela Polícia Federal no Pará, na manhã desta quinta-feira (30), em parceria com o Ministério Público Federal, Receita Federal e Ibama, desarticulou uma organização ocriminosa especializada em desmatamento ilegal e grilagem de terras públicas federais no Pará, que seriam utilizadas em atividades da agropecuária. Os policiais realizam ações no distrito de Castelo dos Sonhos, em Altamira e Novo Progresso no Pará, além dos estados de São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Ao todo, a Polícia Federal cumpre 24 mandados de prisão preventiva em Altamira, nove de condução coercitiva e 18 mandados de busca e apreensão de documentos nas casas e empresas dos investigados. As investigações duraram dois anos.

deflagrada em 2009, a Operação Boi Pirata II retirou fazendas ilegais de dentro da Floresta nacional do Jamanxim. Cinco anos depois, unidade de conservação ainda sofre com desmatamento e invasões de terra. Foto: Nelson Feitosa/Ascom Ibama.
deflagrada em 2009, a Operação Boi Pirata II retirou fazendas ilegais de dentro da Floresta nacional do Jamanxim. Cinco anos depois, unidade de conservação ainda sofre com desmatamento e invasões de terra. Foto: Nelson Feitosa/Ascom Ibama.

Segundo informações da Polícia Federal as investigações começaram após a operação Kaiapó, realizada no ano passado, por meio de atos de fiscalização no interior e no entorno da terra Indígena Menkragnoti, em Altamira, sudoeste paraense, que resultou na arrecadação de 26 motosserras e três motocicletas, desmontou 11 acampamentos, deteve 40 pessoas, embargou 13.984,19 hectares e aplicou R$ 50 milhões em multas, identificando o real responsável pelo desmatamento na área embargada.

Segundo um laudo da polícia, de apenas um dos delitos ambientais investigados, foram desmatados 9.013,07 hectares, equivalente a 8.346 campos de futebol, no período de junho de 2013 até novembro de 2015, sendo que os prejuízos ambientais relacionados à exploração seletiva ilegal de madeira, conversão do uso do solo ilegal e custo de restauração ambiental ficaram orçados em, pelo menos, R$ 162.869.772,50 (cento e sessenta e dois milhões, oitocentos e sessenta e nove mil, setecentos e setenta e dois reais e cinquenta e dois).

Já uma outra pesquisa realizada pelo Ibama constatou que o principal investigado desmatou, entre os anos de 2012 e 2014, mais 29.000 hectares, sendo multado pelo Ibama em R$ 119.885.027,00 (cento e dezenove milhões, oitocentos e oitenta e cinco mil e vinte e sete reais). Por sua vez, a Receita Federal constatou que  a organização criminosa, por meio de pessoas físicas e jurídicas que a compõe, movimentou mais de R$ 1.000.000.000,00 (um bilhão de reais) entre os anos de 2012 e 2015, grande parte de origem ilícita ou incompatível com os rendimentos dos titulares das contas.

Ainda de acodro com a polícia, a quadrilha era articulada em quatro núcleos que realizavam as ações organizadas. Todos vão responder pelos crimes de desmatamento ilegal, grilagem de terras públicas e falsidade ideológica, entre outros crimes. A Polícia Federal no Pará deve detalhar a ação durante coletiva à imprensa paraense ainda hoje.

Por ORMNEWS

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