Operação do Ibama em área indígena gera revolta de guerreiros Kayapó- Assista ao vídeo

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(Foto:Ascom Funai/NP) – Uma operação do Ibama contra garimpos nas Aldeias Kamaú, Ronko e Kamure,no último domingo, dia 6, provocou alvoroço entre os guerreiros que se reuniram na sede da Funai em Novo Progresso para relatar sobre ocorrido.

A ação do Ibama foi na Tribo indígena Baú entre Novo Progresso e Altamira no Pará, destruiu e incendiou cerca de 7 escavadeiras, tratores e uma balsa usadas na extração de ouro em terra indígena. 

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Relatos

Indignados com a queima do maquinário, que segundo os indígenas estavam garimpando ouro e recebiam porcentagem para custear as despesas da aldeia. “Nos desfiliamos da KABU, não recebemos mais nosso dinheiro dos projetos do PBA”, disse Koe-i  para repórter Ricardo Foresti. Nossa Aldeia saiu do Kabu, não tem como executar projeto, aí foi levado garimpeiro para manter aldeia, estamos aguardando a liberação de um projeto de manejo, assim que libera os garimpeiros será retirado do garimpo, relatou Koe-i.

Vejam abaixo a localização da Aldeia Bau e/ou clique AQUI

(Reprodução Google)
(Reprodução Google)

Revolta

A repórter Ricardo Foresti da Radio Web Jornal Folha do Progresso, participou de uma coletiva com os indígenas na sede da Funai de Novo Progresso e ouviu relatos do ocorrido domingo. Em conversa com líder Nhapre Kayapó, que gravou vídeo traduzido pelo indígena Anhe Kayapó, sobre a operação dos fiscais Ambientais (Ibama) – foi momentos de terror-. “Eles pousaram com helicóptero na praia, me jogaram no chão, chegou minha esposa, amigas e meu filho, dispararam gás de pimenta a criança desmaiou, o meu filho se jogou no rio para escapar do gás de pimenta, por pouco não se afogou” relatou o guerreiro tekrete.

Assista ao Vídeo

Tiros no Helicóptero.

A aeronave sobrevoava a operação, momento de muita violência por parte dos fiscais ambientais, o guerreiro estava no chão o fiscal disparou gás de pimenta o guerreiro revidou com disparo acidental não acertou aeronave, ela foi sem ser atingida, disse.

A operação na Aldeia Bau, não foi acompanhada pela imprensa, os relatos são dos indígenas, na sede do Ibama de Novo Progresso a reportagem não encontrou para falar sobre o assunto.

Kabu

Segundo Assessoria de imprensa da Kabu, três aldeias saíram do Kabu em 2019: Kamaú, Kamure e Krambari. Estas não recebem mais projetos do PBA. E nem podem. Projetos de manejo florestal também são proibidos em Terras Indígenas. Diante a pandemia houve apoio para COVID-19, com distribuição de cestas em todas as 15 aldeias.

Por:JORNAL FOLHA DO PROGRESSO

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