Operação ‘Hera’ cumpre mandados de prisão por violência de gênero no oeste do PA

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Delegadas da DEAM e DEACA comandam operação “Hera” em Santarém, no Pará — Foto: Geovane Brito/G1

A operação foi deflagrada na área urbana de Santarém e também na zona rural. Um mandado deve ser cumprido fora do estado.

Cerca de 20 policiais estão nas ruas desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (24) para dar cumprimento em mandados de prisão dentro da operação “Hera”, coordenada pela delegada Andreza Alves, da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Santarém, no oeste do Pará.

Ao todo, são oito mandados em Santarém, sendo que seis foram cumpridos até o momento na zona urbana da cidade, quatro por crimes sexuais e dois por violência doméstica. Os outros dois devem ser cumpridos na região de Rios (Ituqui) e um outro estado que não foi informado pela polícia.

“O objetivo da operação é dar cumprimento a diversos mandados de prisão tanto por sentença penal condenatória, quanto por pedido de prisão preventiva. Alguns pedidos de prisão foram por sentença estupro de vulnerável, formulados pela delegada Milla Moura, da Deaca e outros pelas delegadas Géssica Delta e Luanda Tupiassu, da Deam, por violência de gênero, tanto contra mulheres adultas quanto contra crianças e adolescentes”, informou delegada Andreza Alves.

Presos na Operação Hera de combate o crime de violência de gênero — Foto: Deam - Deaca/Divulgação
Presos na Operação Hera de combate o crime de violência de gênero — Foto: Deam – Deaca/Divulgação

A delegada ressaltou que os mandados só foram possíveis porque as denúncias chegaram à autoridade policial, pois é a partir delas que a polícia pode tomar as providências para que a mulher, a criança ou adolescente saiam daquela situação de violência, que em geral é a sexual, que é a mais grave e mais recorrente.

“Toda a equipe da Delegacia da Mulher e da Delegacia da Criança e do Adolescente, escrivãs e investigadores, estão reunidos aqui. São mais de 20 envolvidos nessa operação. Não é um esforço só de hoje, é um esforço cotidiano para que possamos dar uma resposta à sociedade. Muitas pessoas são investigadas, e muitas são presas, e muitos desses casos não chegam ao conhecimento da mídia porque correm em segredo de justiça, porque há um cuidado em relação à proteção das vítimas, para que elas não sejam expostas”, frisou Andreza.

De acordo com a delegada, infelizmente a questão da violência contra a mulher está relacionada ao machismo, ao comportamento de dominação do homem, e é uma situação ainda recorrente na sociedade, mas as mulheres têm procurado a delegacia cada vez mais.

Denúncias

Em 2018, a Deam registrou 1.706 boletins de ocorrências, instaurou 659 procedimentos, efetuou 98 prisões em flagrante e deu cumprimento a 24 mandados de prisão. A maioria dos casos atendidos está relacionada a injúrias, ameaças e lesões corporais de natureza leve.

“Em média são solicitadas em torno de 110 a 120 medidas protetivas por mês na Deam, elas são fundamentais para que um crime de maior gravidade não venha a acontecer com as mulheres vítimas de violência”, enfatizou a delegada Andreza.

Na Deaca, foram registrados em 2018, 654 boletins de ocorrências, instaurados 418 procedimentos, sendo 12 prisões em flagrante e três mandados de prisão.

“Nós estamos apurando cada situação e a depender da gravidade, nós solicitamos as prisões. Em 2018 foram 5 cumprimentos de mandados de prisão. Esse ano já começamos com dois mandados. No interior a situação é mais difícil de ser apurada, em razão das distâncias, mas nós temos conseguido atuar na zona rural também”, disse a delegada Milla Moura.
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Como a maioria dos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes ocorre no ambiente familiar, a delegada observa que é muito importante a observação dos pais em relação aos filhos menores. “Os pais devem ficar atentos sempre às mudanças comportamentais, dar atenção ao que a criança quer falar. É fundamental que haja uma diálogo aberto e orientação. É preciso monitorar e prestar muita atenção”.

Milla Moura acredita que as campanhas que mostram a necessidade de fazer a denúncia são muito importantes e contribuem para o aumento dos registros junto à Deaca. “Muitas vezes, como as crianças são ameaçadas elas não relatam. E essa violência é praticada por pessoas da família, então, é importante que outras pessoas, inclusive professores e vizinhos possam prestar atenção nos sinais que as crianças estão demonstrando”, pontuou.
Por Geovane Brito e Sílvia Vieira, G1 Santarém — PA
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