Pandemia faz atendimentos a vítimas de violência sexual diminuírem

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A média de atendimentos diários de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual caiu para menos da metade durante o isolamento social (Foto:Jader Paes / Arquivo Agência Pará)

Antes do isolamento social imposto devido à pandemia do novo coronavírus, a unidade da Santa Casa do Pará, vinculada à Fundação ParáPaz, realizava, em média, dez atendimentos diários de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual.

No entanto, com o isolamentos, atendimentos diminuíram, passaram a ser de quatro por dia.

Desde o início deste ano até abril, já foram registrados 170 casos, sendo 88,24% do sexo feminino e 11,76% do sexo masculino. Em 2019, dos 731 casos atendidos, 85,90% foram crianças do sexo feminino e 14,10% do sexo masculino. “Vale ressaltar que uma criança passa por várias especialidades, como atendimento psicológico, serviço social, e segue com os encaminhamentos necessários. Só em 2019 esses atendimentos somaram 10.683”, explicou Luciene Moura, gerente da unidade da Santa Casa.

Terapia em grupo

O apoio da família é fundamental nesse momento e para auxiliar os pais, que muitas vezes precisam de uma atenção especial, foi criado o Projeto Grupo de Família, que reúne uma vez ao mês (às quartas-feiras), alguns pais que necessitam compartilhar com outros suas angústias. A terapia de grupo é assistida pela psicóloga Ana Júlia Moreira, da mesma unidade e traz bons resultados.

“O nosso trabalho em grupo com os pais segue via WhatsApp. Continuamos alimentando o grupo com informações, estímulos, motivação, e o mais importante, alimentando o elo de ligação, a construção positiva de uma relação paciente/grupos/psicólogos”, comentou a profissional.

Atendimentos

Atualmente, o Estado conta com 13 polos integrados: Santa Casa de Misericórdia, CPC Renato Chaves, em Belém; um na Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e Adolescente (Deaca), em Ananindeua; em Altamira, Breves, Bragança, Marabá, Paragominas, Parauapebas, Santa Maria, Santarém, Tucuruí e em Vigia de Nazaré.

“Levar o ParáPaz Integrado para municípios no interior é uma necessidade de garantir os direitos e acesso da população e ainda incentivar as denúncias de violência contra crianças e adolescentes. É mais um canal de denúncia, que de forma humanizada e especializada, procura desempenhar o seu papel da melhor forma”, reforça a presidente da Fundação ParáPaz, Jamille Saraty.

No ParáPaz Integrado já foram registrados 691 novos casos de violência, contra crianças e adolescentes, no período de janeiro a abril deste ano. Em 2019, os atendimentos totalizaram 3.502 casos em todo o Estado, com a faixa etária mais recorrente dos acolhimentos de 12 a 14 anos de idade.

Bairros  

A partir de dados e do número de atendimentos realizados de janeiro até abril deste ano, os polos do ParáPaz Integrado que funcionam na Santa Casa de Misericórdia do Pará e no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, a Fundação ParáPaz constatou que 11,73% dos casos de violência contra crianças e adolescentes ocorreram no bairro do Guamá, seguidos de 7,9% no bairro da Pedreira, em Belém. O levantamento ainda mostra que o estupro de vulnerável lidera as ocorrências com 38,4%, seguido de suspeita de estupro, com 57% dos casos.

Por:Byanka Arruda

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