Pará deve vacinar 137,7 mil gestantes contra coqueluche

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Medida busca reduzir mortalidade causada pela doença.
Em gestantes, proteção para bebê é estimada em 91%.

Nova vacina protege contra a coqueluche, difteria e tétano (Foto: Marlon Tavoni/EPTV)
Nova vacina protege contra a coqueluche, difteria e tétano (Foto: Marlon Tavoni/EPTV)

A vacina contra difteria, tétano e coqueluche (dTpa) já está disponível nos 35 mil postos de saúde do Pará neste mês de novembro. O objetivo da campanha do Ministério da Saúde é reduzir a incidência e mortalidade causada pela doença coqueluche. Recém-nascidos e grávidas são o público-alvo da ação.

O ideal é que aplicação da dose ocorra entre as 27ª e a 36ª semanas de gestação, quando pode gerar maior proteção para a criança, com efetividade estimada em 91%.  A dose também pode ser administrada até, no máximo, 20 dias antes da data do parto.

No estado, 137,7 mil gestantes e mais de 2 mil trabalhadores de saúde devem ser vacinados. O Ministério da Saúde repassou para o estado 44,8 mil doses da vacina, e a partir deste mês de novembro passará a enviar cota mensal com 14,2 mil unidades da vacina.

Vacina
Com a imunização, além de se proteger, a mãe passa anticorpos para seu filho ainda no período de gestação, garantindo ao bebê imunidade nos primeiros meses de vida até que ele complete o esquema vacinal contra coqueluche, definido pelo calendário básico. Em todo o país, a estimativa é imunizar mais de 2,9 milhões de gestantes e 324 mil profissionais da área de saúde. No Pará foram registrados 162 casos da doença e três mortes, entre 2011 e 2013.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, ressaltou a importância da vacina. “Hoje, a coqueluche é um problema de saúde pública no mundo, devido ao seu aumento de casos nos últimos anos. Diante deste cenário, o Brasil busca uma pronta resposta para o combate à doença com a introdução da dTpa”, afirmou. Os efeitos adversos da vacina são raros e podem incluir reações locais como dor, febre, enrijecimento e vermelhidão no local da administração da vacina.

Demais campanhas
O SUS também oferece a influenza, a dupla adulto (difteria e tétano – dT) e a vacina contra hepatite B no calendário. Com essa incorporação, a rede pública passa a ofertar 17 vacinas de rotina no calendário nacional. Ministério da Saúde ofertou em março deste ano, a vacina contra HPV; e em julho a Hepatite A.

“Além dos profissionais que atuam na área neonatal, temos o desafio de vacinar mais de 2,9 milhões de gestantes. Dessa forma, as mães vão passar proteção aos seus bebês até que eles consigam cumprir o calendário completo de vacinação”, explica o ministro.

Coqueluche
A coqueluche é uma doença infecciosa aguda de alta transmissibilidade, causada pela bactéria Bordetella pertussis. As principais complicações são a pneumonia, otite média, ativação de tuberculose latente e entre outras. Desde 2011, houve aumento nos casos da doença em todo o mundo, sobretudo em crianças menores de três meses, por não terem ainda recebido o esquema completo da vacinação contra a doença.

A proteção das crianças para coqueluche é feita com três doses da vacina Pentavalente (DTP, hepatite B e HiB), aplicada aos dois, quatro e seis meses de vida. Aos 15 meses e aos quatro anos a criança recebe o reforço com a vacina DTP.

Entre 2011 e 2013, o Ministério da Saúde registrou 4.921 casos em menores de três meses, essa faixa-etária é ainda mais afetada em relação aos óbitos. No período, foram 204 óbitos, o que representa 81% do total nacional, que foi de 252 mortes.
Do G1 PA
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