Pará está acima da média nacional do analfabetismo

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(Foto:Tarso Sarraf/O LiberalEstado)- Estado é o 12º no ranking dessa situação crítica no Brasil.
O analfabetismo, que se caracteriza pela falta de domínio sobre a leitura e a escrita, é uma realidade para 9,3% da população paraense, de 15 anos ou mais de idade, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) 2016, divulgada ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Pará está bem acima da média nacional do analfabetismo (7,2%) e em 12º lugar no ranking entre os estados brasileiros na qual a situação é mais crítica. Para tentar reduzir o déficit, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) trabalha em duas frentes: uma é o Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa (Pnaic) e a outra é o Programa Brasil Alfabetizado (Mova).

“A Seduc tem uma parceria com o Governo Federal através do Programa Pará Alfabetizado, que trabalha com a erradicação do analfabetismo, na busca ativa dessas pessoas; ou seja, abrimos o edital e essas pessoas que manifestam interesse vão até as localidades e começam a trabalhar com os alfabetizandos. Importante ressaltar que é um trabalho voluntário. Os alfabetizadores vão atrás dessas pessoas e nós fazemos um cadastro delas”, explica Nulcia Azevedo, coordenadora da Educação de Jovens e Adultos da Seduc. A coordenadora reconhece que os números do analfabetismo no Estado são altos e que a meta estabelecida pelo Governo Federal não atende a grande demanda de pessoas que não sabem ler e escrever.

O programa Mova Pará Alfabetizado foi criado para reduzir o analfabetismo, oferencendo turmas de alfabetização de jovens e adultos, com idade a partir de 15 anos. O Mova atende 5.900 alunos em 17 municípios paraenses, que frequentam as aulas durante oito meses, no curso com 320 horas/aula. No total, são 331 turmas no Estado e 366 bolsistas participantes. A Seduc abre edital para que os alfabetizadores/bolsistas se inscrevam no Mova. Eles recebem uma bolsa entre R$ 450 e R$ 750 para atuar junto aos alunos, mas, antes, são capacitados durante meses pela Seduc em uma formação técnica e depois recebem formação continuada.

A Seduc desenvolve ainda ações do Pnaic e presta auxílio às escolas municipais paraenses, por meio da Deinf (Diretoria de Educação Infantil e Fundamental). A formação continuada de professores, coordenadores pedagógicos e de articuladores do Programa “Novo Mais Educação” faz parte do Pnaic. Atualmente, são 143 municípios paraenses cadastrados no programa.

“Estamos desde 2013 trabalhando na formação do professor que atua no 1º, 2º e 3º anos, na perspectiva que até o final do terceiro ano, os alunos saiam alfabetizados, com competência e leitura para o ensino fundamental. Estamos concentrando ações nisso neste momento”, detalha Solange Barros da Silva, coordenadora da educação infantil e ensino fundamental da Seduc.

Na Escola Estadual Lar de Maria, em São Brás, Belém, crianças com idade entre seis e oito anos são alfabetizadas dentro do Pnaic. Uma delas é a estudante Beatriz Bandeira, de oito anos, que frequenta o 2º ano do ensino fundamental em uma turma com 17 crianças. “Ler é uma coisa muito importante porque você descobre coisas muito legais e viaja dentro da história. Eu sou muito feliz porque já aprendi a ler”, conta a estudante.

Do total de alunos da turma de Beatriz, 10 crianças já conseguem ler e escrever e sete ainda estão em processo de aprendizagem. “É um trabalho fundamental a alfabetização em idade escolar, porque a criança precisa ter essa base, ter essa visão do mundo que ela leva para a vida. Mas o mais importante ainda é a parceria entre a escola e a família, porque isso vai complementar essa formação”, diz a professora Lúcia Helena Alfaia, que atua como alfabetizadora no Lar de Maria.

Por: O Liberal

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