Pará está em ‘estado de atenção’ para nível de oxigênio, alerta Ministério da Saúde

Cilindros de oxigênio estão sendo enviados aos municípios que vivem a crise no estado (Foto:Agência Pará)

Em 24h, Brasil registrou 3.158 mortes e estados têm tido dificuldade para auxiliar pacientes

O Brasil registrou 3.158 novas mortes pela covid-19, a 1ª vez que o País ultrapassou os 3 mil óbitos no balanço diário. Redes hospitalares em várias partes do País já enfrentam colapso, com filas de leito, falta de remédios e dificuldades de abastecimento de insumos.

Monitoramento do Ministério da Saúde aponta fornecimento de oxigênio medicinal “preocupante” em seis Estados e em “estado de atenção” em outros sete. O quadro foi relatado por um assessor do Departamento de Logística da pasta em reunião anteontem com a Procuradoria Geral da República (PGR).

A média semanal de vítimas (2.349), que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, bateu recorde pelo 25º dia seguido ontem.

As terças-feiras costumam ter balanços mais altos, uma vez que incorporam dados represados dos dias anteriores – no fim de semana há gargalos na inclusão de dados no sistema. No total, o Brasil tem 298.843 mortos, segundo o consórcio de veículos de imprensa.

Especialistas ainda não veem sinais de queda na curva e preveem mais pressão sobre os sistemas de saúde.O general Ridauto Fernandes, diretor de Logística do Ministério da Saúde, relatou que há risco de falta de oxigênio medicinal no Acre, Rondônia, Mato Grosso, Amapá, Ceará e Rio Grande do Norte. Além disso, disse ele, Pará, Bahia, Minas, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul se encontram em “estado de atenção”.

Conforme a PGR, o general ainda apontou que o governo federal estuda incluir os motoristas de empresas de gases medicinais como grupo prioritário da vacinação contra o novo coronavírus.

A demanda é reivindicada pelas fabricantes.A multinacional White Martins também participou da reunião, na qual teria informado um aumento de até 300% na demanda em algumas localidades. Ela também criticou liminares que determinam a entrega de quantidades do produto sem considerar a situação do setor. Segundo a empresa, as liminares desorganizam a logística e trazem “risco de desabastecimento em grandes hospitais”.Anteontem, o Mato Grosso confirmou que duas fornecedoras notificaram haver risco de desabastecimento a cerca de 50 municípios. No mesmo dia, o Paraná indicou necessitar de mil cilindros.

Secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas diz que a preocupação é com hospitais municipais de pequeno porte, no interior, abastecidos com cilindros de oxigênio. “Usavam um cilindro por mês, se transformaram em PA (pronto-atendimento) para covid e, de uma hora para outra, o consumo explodiu.” Ele disse ter requisitado ao ministério a devolução de 300 cilindros emprestados durante a crise de oxigênio no Amazonas.

Ainda conforme o secretário, em alguns municípios foi preciso remover pacientes para outras unidades ou fechar leitos diante da incapacidade de atender pacientes da covid em unidades sem oxigênio.Em nota, o governo de São Paulo disse ser “fundamental” que gestores públicos e privados monitorem a demanda, usem racionalmente o insumo e destacou a parceria com a iniciativa privada para aumentar a produção.

O governo potiguar disse ter ido à Justiça para que a fornecedora garanta a entrega, além de pedir ajuda federal e do Amazonas. Já o Ceará disse ter aprovado lei para regularizar o fornecimento nos municípios.”O consumo vinha subindo paulatinamente, mas, nas últimas semanas, ficou exponencial”, diz o presidente e diretor da Indústria Brasileira de Gases, Newton de Oliveira. “Tanto nas fábricas quanto na logística, as capacidades são finitas.” Ele estima atuar com 95% da capacidade máxima.

Por:Priscila Mengue, Paulo Favero, Júlia Marques, Mariana Hallal e Luiz Carlos Pavão – AE

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