Pará incentiva criação de startups durante evento

Evento abre debate sobre uso da tecnologia nos novos negócios

Os últimos dois anos resultaram em vários investimentos para as startups – empresas recém-criadas de inovação na área da tecnologia. Esse movimento vem sendo impulsionado por grandes empresas e investidores e ganha cada vez mais força no Brasil. No Pará, o fomento à economia criativa ainda é tímido. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), em parceria com a consultoria de inovação Kyvo Design-driven Innovation, tenta reverter esse processo hoje com a realização do Amazon Launch no Belém Hall, localizado na rua Antônio Barreto, nº 1176. O evento, que conta com o apoio do jornal O LIBERAL, reunirá representantes do órgão do governo do Estado, empresários paraenses e consultores de outras regiões para discutir alternativas de fomento à economia criativa na região.

A parceria entre a Sedeme e a Kyvo Design-driven Innovation, com sede em São Paulo, foi assinada no fim do primeiro trimestre para fomentar as discussões sobre inovação e buscar investimentos de médio e longo prazo na área de economia criativa para o Estado. A primeira ação do convênio entre a Sedeme e a Kyvo será o Amazon Launch em Belém. O encontro trará executivos de grandes empresas e especialistas em inovação para discutir tendências e como o empresariado e os empreendedores paraenses podem se beneficiar da onda de investimentos em startups. “Costumamos dizer que todos querem lançar o novo Uber. Até para não correrem o risco de serem ‘uberizados’, movimento que já aconteceu, por exemplo, com o setor de transporte de passageiros mundo afora”, diz Hilton Menezes, sócio-fundador da Kyvo, e um dos palestrantes confirmados para o Amazon Launch.

Segundo o secretário da Sedeme, Adnan Demachki, a iniciativa entra no conceito do programa Pará 2030. “O nosso desafio é desenvolver o Estado a médio e longo prazo por meio de atração de investimentos, práticas sustentáveis e agregação de valor à região”, afirma. Hoje, o Pará tem como principais motores de sua economia a agricultura e a mineração, o que abre espaço para novas iniciativas nas áreas de varejo e serviços. O evento conta ainda com o apoio do Sebrae-PA, da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), da Associação dos Dirigentes de Vendas do Brasil (ADVB), entre outros.

Atualmente, de acordo com a Endeavor, organização sem fins lucrativos que fomenta o empreendedorismo no Brasil, Belém aparece na 26 posição entre os 32 municípios analisados. A capital paraense apresenta, por exemplo, o quarto pior desempenho quando o assunto é burocracia, e o sexto mais fraco no acesso ao capital pelos empreendedores. “Ao mesmo tempo, Belém surge como a 14ª cidade mais inovadora quando o assunto é cultura empreendedora. Queremos fomentar ainda mais esse potencial. E com a parceria com o governo, é possível vislumbrar também uma melhora no ambiente de negócios no estado”, afirma Renato Ribeiro, executivo da Kyvo responsável pela parceria.

Segundo estudo recente do jornal americano The New York Times, a aquisição de startups mundo afora movimentou US$ 125 bilhões só no ano passado, a maior parte na China e Estados Unidos. No mercado brasileiro, apesar de poucos dados disponíveis, a quantia chega quase a R$ 900 milhões, de acordo com estimativa da entidade de fomento a investimentos em startups Anjos do Brasil. Este valor, refere-se a investimentos em cerca de sete mil startups ao longo de 2016. “Ainda há muito espaço para esse tipo de investimento crescer no Brasil. Acredito que possa totalizar ao menos 10% do que o mercado americano movimenta, que é algo em torno de US$ 21 bilhões”, diz Cassio Spina, presidente da Anjos do Brasil.

Parte do otimismo é motivado pelo interesse crescente das grandes empresas em buscar inovação via startups. Nestes casos, o principal caminho para esse encontro com o pequeno empreendedor são os programas de aceleração. A empresa de meios de pagamento Visa, por exemplo, hoje conta com um programa de aceleração para encontrar startups do setor financeiro. “Hoje, a colaboração é a chave para a inovação e as ideias que vêm de fora – de fintechs, startups, clientes, parceiros e consumidores – nos ajudam a pensar soluções que resolvam problemas reais”, explica Érico Fileno, executivo responsável pela área da inovação da Visa no Brasil.

Fonte: ORMNews.
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