Pará lidera ranking de apreensões de cédulas falsas na região

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(Foto:Reprodução) –  Mais de 430 mil cédulas falsas foram retiradas de circulação em todo o Brasil no ano passado, o que representa R$ 27.700 milhões. O Pará lidera o ranking de apreensões feitas na região Norte, segundo dados do Banco Central do Brasil (BCB), com quase 6 mil notas apreendidas nesse mesmo período. A maioria das cédulas falsificadas é de 100 (2.147) e 50 (2.050). Este ano, somente em janeiro, já foram 128, sendo 65 das cédulas do maior valor. O BCB e a Polícia Federal (PF) alertam sobre os cuidados necessários para evitar receber e repassar cédulas falsificadas, incorrendo em crime.

Em todo o Brasil, de acordo com o Banco Central, mais de 430 mil cédulas falsas foram retiradas de circulação no ano passado. | Divulgação
Em todo o Brasil, de acordo com o Banco Central, mais de 430 mil cédulas falsas foram retiradas de circulação no ano passado. | Divulgação

Delegado da PF, Bruno Benassuly explica que a maior concentração populacional atrai o comércio ilegal de cédulas falsas. “Quanto maior a população, maior a possibilidade de circulação de dinheiro falso. O que verificamos no Estado é que os grupos criminosos que lidam com isso estão comprando esse dinheiro no Sul e no Sudeste do País, muitas vezes por meio de redes sociais e trazendo esse dinheiro para circular aqui. Estamos fazendo muitas apreensões de notas falsas que foram despachadas, inclusive, pelos Correios”, ressalta.

Ele destaca que, infelizmente, as redes sociais estão facilitando o comércio dessas notas. “Temos verificado que as pessoas compram essas notas falsas pelas redes sociais e colocam para circular no Pará. Até o momento, não foi identificado nenhum grupo que produz essas notas falsas aqui, de cunho significativo, por meio de organização criminosa”, reforça.

A pessoa que recebe uma cédula falsa não pode mais colocar esse dinheiro para circulação, senão vai estar cometendo crime de moeda falsa, previsto no Código Penal. “Ela deve procurar uma instituição policial para fazer a entrega dessa cédula falsa, pode ser a própria PF ou também a Polícia Civil, ou mesmo uma instituição bancária para fazer a entrega dessa cédula para que ela possa ser encaminhada ao BCB”, orienta.

“Mas, em hipótese alguma, deve-se colocar essa nota novamente em circulação sob pena de cometer o mesmo crime. Infelizmente, a pessoa que recebeu o dinheiro falso de boa-fé acaba ficando com o prejuízo. Mas vale lembrar que, nesse caso, é sempre melhor ficar no prejuízo do que correr o risco de ser enquadrado em um crime”.

IMPRESSORAS

Para produzir as cédulas falsas, segundo o delegado, muitas quadrilhas se utilizam de equipamentos profissionais como é o caso das impressoras em offset usadas por gráficas, porque as impressoras domésticas costumam produzir notas de baixíssima qualidade. “No Pará, temos os dois tipos, mas como a maioria é comprada de fora, elas costumam ter uma boa impressão, por isso nas feiras e pequenos comércios costumam passar despercebidas”, alerta.

Existem várias maneiras de se identificar essas células, inclusive com o uso de canetas, importantes de serem usadas sobretudo por comerciantes. “Mas as cédulas falsas podem aparecer em qualquer lugar, desde shopping, supermercados, postos de gasolina, locais de festas, feiras, pagamento de delivery, muitas vezes até de boa-fé, ou seja, a pessoa está repassando a nota sem saber que é falsa”.

Pessoa deve ficar atenta aos itens de segurança da cédula

O chefe-adjunto do Departamento do Meio Circulante do BCB, Fábio Bollmann ressalta que, ao receber uma cédula, a pessoa deve ficar atenta aos itens de segurança. “O ideal é conhecê-los e ficar atento especialmente a marca-d’água, a imagem latente, assim como o relevo”, diz. É importante também se atentar para faixa holográfica (nas notas de 50 e 100 reais) e o número que muda de cor (nas notas de 10 e 20 reais).

Ele informa ainda que o mercado já dispõe de vários aplicativos que auxiliam na identificação de cédulas falsas. O BCB também examina as notas suspeitas. Mas notas falsas não são trocadas pelo Banco Central ou pelo Governo. “O dinheiro suspeito pode ser apresentado a uma agência bancária, que se encarregará de encaminhá-lo para análise pelo Banco Central”, acrescenta.

BANCO

Caso a nota suspeita esteja em um terminal de autoatendimento ou caixa eletrônico de um banco, a pessoa deve se encaminhar ao gerente para pedir providências de substituição. Se não obtiver solução satisfatória com o gerente do banco, o cidadão pode procurar uma delegacia policial mais próxima para registrar uma possível ocorrência.

“Atualmente são cada vez mais raros os casos de notas falsas dentro das instituições bancárias”, garante. Bollmann afirma ainda que se a pessoa desconfiar da autenticidade de uma nota após observar os elementos de segurança ou comparar com outra cédula legítima, pode recusá-la.

Reprodução
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Cuidados

– No Centro Comercial de Belém, grande parte dos comerciantes afirma procurar se defender de cédulas falsas. Esse é o caso de Erivan Marques, caixa de uma ótica. “Sempre tomo algumas precauções, como observar a textura do papel, o relevo e a própria numeração, especialmente no caso das notas de 50 e 100 reais. Também sempre desconfio de notas muito novas e cheirando a tinta”, diz. A precaução tem valido a pena. “Nunca peguei uma nota falsa no trabalho. Já peguei fora daqui uma nota de 50 reais, por isso resolvi até fazer um curso que ajuda a identificar cédulas falsas”, conta.

– Gerente de um armarinho, Juliana Castro diz que, nos últimos anos tem diminuído o número de notas falsas que aparecem no estabelecimento, ao mesmo tempo em que vem aumentando os cuidados para não recebê-las. “Antes era mais comum, hoje em dia são bem poucas e assim que percebemos, recusamos a nota”, conta.

– Jorge Rendeiro é proprietário de uma loja de artigos de decoração também no Centro Comercial de Belém e afirma nunca ter recebido uma nota falsa em seu estabelecimento. “Procuro sempre ter cuidado, usar aquelas canetas que identificam e presto atenção nos itens de segurança, como a marca d’água e a fita de segurança”, afirma.
Fonte:Diário do Pará

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