Pará lidera ranking de desmatamento em outubro, diz Imazon

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Outubro registou um aumento de mais de 200% em relação a 2018, segundo o Imazon (Foto:Oswaldo Forte / Arquivo O Liberal)

Pacajá, no sudeste paraense, é o município que mais destruiu vegetação no país, segundo o Instituto
Boletim do Sistema de Alerta de Desmatamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) apontou que outubro deste ano registrou um aumento de 212% de desmatamento na Amazônia, em comparação ao mesmo período de 2018.

No ano passado, segundo o sistema, foram perdidos 187 km² de floresta. Em 2019, esse número subiu para 583 km² de vegetação devastada. O boletim foi divulgado pelo Imazon na manhã desta terça-feira (3).

Segundo o Instituto, o Pará lidera o ranking do desmatamento por estado, com 59%. Em seguida aparecem: Mato Grosso (14%), Rondônia (10%), Amazonas (8%), Acre (6%), Roraima (2%) e Amapá (1%). Pacajá, município do sudeste paraense, aparece pelo segundo mês consecutivo no topo da lista das cidades que mais registraram desmatamento, com 32 km². Altamira, Portel, Uruará, São Félix do Xingu e Placas, todas também no Pará, aparecem em seguida na lista.

Porto Velho é a única capital presente no ranking das dez cidades que mais destruíram a floresta.

O boletim do desmatamento do Imazon indica que a degradação na Amazônia também cresceu. Em outubro desse ano, as florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 618 km², enquanto que, em outubro de 2018, a degradação florestal detectada foi de 125 km². Esses números significam um aumento de 394%. O Mato Grosso dispara na lista dos estados com mais degradação, com 74%. O Pará vem em segundo lugar, com 17%, seguido por Rondônia, com 7%, Amazonas e Tocantins, ambos com 1%.

Em outubro de 2019, 54% do desmatamento na Amazônia ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante foi registrado em Assentamentos (32%), Unidades de Conservação (7%) e Terras Indígenas (7%). A APA Triunfo do Xingu, no Pará, a Florex Rio Preto-Jacundá, em Rondônia, e a Resex Guariba-Roosevelt, Mato Grosso, foram as Unidades de Conservação mais desmatadas na Amazônia. Das dez terras indígenas mais desmatadas, oito ficam no estado do Pará. No topo da lista estão a TI Cachoeira Seca do Iriri, TI Ituna/Itatá e a TI Apyterewa.

Desmatamento e degradação – O Imazon classifica desmatamento como o processo de realização do corte raso, que é a remoção completa da vegetação florestal. Na maioria das vezes, essa floresta é convertida em áreas de pasto. Já a degradação é caracterizada pela extração das árvores, normalmente para fins de comercialização da madeira. Outros exemplos de degradação são os incêndios florestais, que podem ser causados por queimadas controladas em áreas privadas para limpeza de pasto, por exemplo, mas que acabam atingindo a floresta e se alastrando.

SAD – O Sistema de Alerta de Desmatamento é uma ferramenta de monitoramento, baseada em imagens de satélites, desenvolvida pelo Imazon para reportar mensalmente o ritmo do desmatamento e da degradação florestal da Amazônia. Operando desde 2008, atualmente o SAD utiliza os satélites Landsat 7 (sensor ETM+), Landsat 8 (OLI), Sentinel 1A e 1B, e Sentinel 2A e 2b (MSI) com os quais é possível detectar desmatamentos a partir de 1 hectare mesmo sob condição de nuvens.

Fonte:Redação Integrada

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