Pará perde 1.300 empregos em abril, segundo pesquisa

image_pdfimage_print

Saldo negativo de empregados no Estado segue pelo 21º mês consecutivo

O estoque de empregados no Estado do Pará registrou pelo 21º mês consecutivo saldo negativo. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho, foram eliminados 1.297 postos de trabalho no Estado em abril, decorrente de 17.647 admissões contra 18.944 desligamentos.

Esse foi o quarto pior resultado já registrado para o mês de abril desde o início da série histórica regional, iniciada em 2003. O saldo negativo atual é superado pelo do ano passado, quando o mercado de trabalho formal do Pará contabilizou 2.128 postos perdidos;  2015, quando foram encerrados 2.980 empregos celetistas, e 2009, com a redução de 2.143 empregos celetistas. O último mês que o número de contratados superou o demitidos no Pará foi em julho de 2015, cujo saldo foi de 2.634 novos postos de trabalho com carteira assinada.

Com mais esse resultado, o mercado de trabalho formal do Pará já soma 9.106 empregos celetistas perdidos em 2017. O saldo, no entanto, é 1,24% inferior ao total identificado entre janeiro e abril de 2016. Nos últimos 12 meses, o levantamento aponta a diminuição de 38.162 postos de trabalho – 290.263 demissões e 252.101 admissões entre abril de 2016 e abril de 2017.

O desempenho negativo do Pará acompanhou o resultado de outros onze estados. Já o resultado nacional apontou geração de 59.856 vagas formais, com 1.141.850 admissões e 1.081.994 demissões. Foi o primeiro resultado positivo para abril desde 2014, quando foram criados 105.384 postos de trabalho. No mesmo mês em 2016, o resultado havia sido negativo em 62.844 e, em 2015, também negativo, em 97.828. Março deste ano registrou 63.624 empregos a menos. Com isso, nos quatro primeiros meses de 2017, há ainda uma perda de 933 postos de trabalho com carteira assinada. Em 12 meses, há um fechamento de 969.896 vagas.

Na comparação com as demais Unidades da Federação, o Pará foi o 4º Estado que mais perdeu assalariados com carteira assinada no mês, em números absolutos. Alagoas (-4.008 postos), Rio Grande do Sul (-3.044) e Rio de Janeiro (-2.554) apresentaram os piores desempenhos do País. Por outro lado, São Paulo (30.227 postos), Minas Gerais (14.818), Bahia (7.192), Goiás (7.170) e Paraná (6.742) foram os Estados que mais aumentaram os estoques de empregos formais no último mês.

No recorte geográfico, três regiões apresentaram crescimento do nível de emprego em abril: Sudeste (46.039 postos em abril de 2017 contra -23.985 em abril de 2016; Centro-Oeste (10.538 postos em abril de 2017 +4.186 em abril de 2016) e Sul (5.537 postos em abril de 2017 contra -11.318 em abril de 2016. Em contrapartida, as regiões Norte e Nordeste apresentaram retrações (-1.139 postos em abril de 2017 contra -5.735 em abril de 2016 e -1.119 em abril de 2017 contra -25.992 em abril de 2016, respectivamente).

Na região Norte, segundo a análise do Caged pelo Dieese-PA, a maioria dos Estados da Região Norte apresentou crescimento na geração de empregos formais em abril, com destaque para Roraima com saldo positivo de 244 postos de trabalhos, seguido do Amapá com saldo de 216 postos de trabalhos; Rondônia com 177 postos; e do Tocantins com 110 postos. O destaque negativo na geração de empregos formais ficou por conta do Estado do Pará com a perda de 1.297 empregos celetistas, seguido do Acre com a eliminação de 329 postos de trabalhos e do Amazonas com a perda de 260. Ainda de acordo com a analise, no mês de Abril/2017 foram feitas em toda a Região Norte 42.811 admissões contra 43.950 desligamentos gerando um saldo negativo de 1.1398 empregos – decréscimo de 0,07% no emprego formal.

SETORES

De acordo com o Caged, o resultado negativo do mercado de trabalho do Pará decorreu da diminuição do emprego, principalmente, no setor da Construção Civil, com 1.155 perdas apenas no último mês. Também impactaram no resultado, as reduções nos setores de Indústria de Transformação (-489 postos de trabalho), do Comércio (-368) e da Agropecuária (-133).

Também foram registradas quatro perdas de trabalho com carteira assinada no setor da Extrativa Mineral. Já os setores de Serviços e dos Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) registraram saldo positivo no mês, com incremento de 774 novas vagas e 77, respectivamente. A Administração Pública fecha as atividades com saldo positivo, com o aumento de apenas um posto de trabalho.

Na análise dos municípios paraenses, Altamira desponta como o principal responsável pela queda de postos de trabalho em todo o Estado. Foram 366 postos perdidos em abril, decorrente de 393 contratações no município contra 759 demissões. Tailândia aparece na sequência, com redução de 141 empregos celetistas, resultado de 323 demissões e 182 admissões. Nas posições seguintes surgem Castanhal (-110), Santarém (-88), Santa Isabel do Pará (-76), Benevides (-71), Ananindeua (-63), São Miguel do Guamá (-56) e Moju (-56).

Na outra ponta, a melhor evolução do emprego formal paraense, no mês de abril, foi identificada em Marabá, com saldo positivo de 365 vagas assalariadas, decorrente de 1.228 contratações e 863 desligamentos. Logo em seguida, surge Paragominas (216), Dom Eliseu (119), Belém (89), Parauapebas (69), Vigia (69) e Ipixuna do Pará (68).

Fonte: ORMNews.
“Informação publicada é informação pública. Porém, para chegar até você, um grupo de pessoas trabalhou para isso. Seja ético. Copiou? Informe a fonte.”
Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro)   E-mail:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

%d blogueiros gostam disto: