Pará pode sofrer desabastecimento de combustível em breve.

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 Vice-presidente do Sindicombustíveis do Pará – entidade que representa o comércio varejista de derivados de petróleo -, Nélio Murta alertou, ontem, para o risco de desabastecimento que pode ocorrer em Belém. “O grande problema é a nossa logística. O desabastecimento pode ocorrer por conta do nosso porto desatualizado, da baixa capacidade do navio que chega à capital paraense. Essa é uma situação muito grave”, alerta. Ele fez essa declaração, à imprensa, durante o XIII Encontro de Revendedores de Derivados de Petróleo e Lojas de Conveniências da Região Norte, que começou ontem e termina hoje, no Hangar Centro de Convenções, e deve reunir aproximadamente 5 mil participantes. O tema do evento é “Legalidade e Sustentabilidade: fortalecendo o setor”.
Segundo Nélio Murta, esses desabastecimentos, embora pontuais, estão sendo registrados há dois anos. “As distribuidoras e os postos têm seus estoques. Há caminhões que vão buscar combustível em São Luís (MA). Mas o navio não chega em nosso porto, hoje, com a carga completa. Tem que parar em São Luís, desabastece lá e vem para Belém com 20% a 30% da carga que poderia trazer. Isso porque nosso porto é assoreado, e não existe ainda qualquer tipo de expectativa de melhora desse problema”, disse.
O vice-presidente do Sindicombustíveis disse que os empresários do setor “lutam para que as empresas distribuidoras, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e os políticos se movimentem e modifiquem isso aí. Existe o porto de Vila do Conde, em Barcarena, mas todas as distribuidoras não têm logística para lá. Não têm tanque de reserva de combustível. Todos são aqui em Miramar (em Belém). E a capacidade das distribuidoras está no limite. Não têm espaço físico, não há investimentos a curto prazo para melhorar isso aí”. Ele afirmou que a situação irá se agravar a partir do momento em que a economia brasileira voltar a crescer. “O problema já está ocorrendo há dois anos e vem se intensificando. Apenas a população ainda não sente muito, mas nós, donos de postos, já sentimos”, disse. Nélio Murta afirmou ainda que, por causa da crise, o volume de vendas nos postos de combustíveis, em julho, caiu em média 15% em relação ao mesmo período de 2015. Durante o encontro, estão sendo mostrados, em uma feira, os produtos e serviços voltados para o ramo de combustíveis. “Também teremos várias palestras – políticas, motivacionais e técnicas. O encontro serve, ainda, para congregar os revendedores de combustível da Região Norte e os nossos fornecedores”, explica.
CORRUPÇÃO
E a palestra de abertura do evento foi feita, à tarde, pela jornalista Joice Hasselmann, classificada como uma ativista contra a corrupção. “Em nada mudando, e não havendo nenhuma grande surpresa, vamos ter, aos poucos, a reconstrução do Brasil. Estamos aí na beira do processo de impeachment. Não há como retroceder, não há como o impeachment não acontecer, porque se o Senado se colocar entre o impeachment de Dilma e a nação, a nação, obviamente no sentido figurado, passa por cima do Senado. É constitucional: todo poder é do povo, emana do povo e é para o povo. Os senadores têm que fazer o que está na Constituição e pronto”. Ainda segundo ela, “Dilma descumpriu a Constituição e vai sair por isso. E, a partir daí, vamos conseguir, enfim, ver a equipe econômica. É uma excelente equipe econômica perto das últimas que nós tivemos. É um jato, mas hoje está voando como teco-teco porque a gente tem um meio presidente e uma presidente encostada. A gente vai ter de fato o Brasil nas mãos de novo de um presidente, que fala como estadista. É o que temos. Entre o que estava até agora e o que temos no momento é a nossa última alternativa. Vamos ver o Brasil começar a andar de novo e ser reconstruído. São projetos importantes que estão na pauta do Congresso, como o teto dos gastos públicos, talvez a medida mais urgente e que vai dar aí um sinal para o próprio mercado externo voltar a entender que o Brasil tem responsabilidade. Opa, se o governo está cortando os próprios gastos é porque a lambança vai ser estagnada ou pelo menos diminuída”.
A jornalista afirmou ainda que “a presidente cometeu crime e está pagando por isso. Estamos tratando só do crime de responsabilidade, que será julgado na esfera do Senado. Temos o crime, mesmo, comum, que vai ser na esfera penal. E Dilma será julgada por isso. Nas delações premiadas está demonstrado que Dilma usou dinheiro roubado da Petrobras para a campanha. O PT entregou um Brasil destruído, roubou o futuro da nação. Só no passado pagamos R$ 600 bilhões de juros, por conta de lambanças na economia. Essa crise existe por conta do PT”.
Ela também falou sobre a biografia que escreveu do juiz Sérgio Moro, que lançou ontem em Belém, a exemplo do que já ocorreu em outras capitais do País. “Moro (que comanda a Operação Lava Jato) é uma figura tão excepcional que tem mudado tanto a história do Brasil que merece biografias em fases diferentes da vida. A mensagem clara é que é possível  aplicar valores simples, que a gente aprende em casa, no Judiciário. E se esses valores fossem aplicados na política, a política não estaria essa sujeira que está hoje”.

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