Pesquisa da UFPA revela benefícios no consumo de chocolate produzido na Amazônia

Trabalho inédito foi publicado em revista científica internacional. Estudo apontou que alimento tem elevados níveis de antioxidantes se comparados ao açaí e às frutas vermelhas.

Uma pesquisa inédita realizada pela Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, ganhou espaço em uma revista científica internacional ao revelar os benefícios que o chocolate produzido na Amazônia pode trazer para a saúde.

A transformação da semente do cacau em chocolate, por meio do processo de fermentação, é tema do artigo “Aminas bioativas e compostos fenólicos em sementes de cacau são afetados pela fermentação”, publicado recentemente na revista FoodChemistry. A pesquisa é resultado da dissertação de mestrado de Brenda Brito, sob a orientação da professora Alessandra Lopes, pelo Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos da UFPA, e, Belém, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

“Eles têm reconhecido efeito protetor contra doenças cardiovasculares, câncer e processos inflamatórios no corpo humano. A pesquisa encontrou quantidade destes compostos superior às relatadas no açaí e em frutas vermelhas e, mesmo que, durante a fermentação tenha sido observada redução dos compostos fenólicos, no entanto, a concentração restante nas sementes foi suficiente para produzir uma elevada atividade antioxidante das sementes de cacau”, reforça a pesquisadora da UFPA.

Além dessas propriedades, o trabalho revelou também que o chocolate pode ainda influenciar de forma benéfica no consumo de leite materno de lactantes, impactando de forma positiva o sistema gastrointestinal dos bebês.

Consumo moderado

Por outro lado, a pesquisa indicou que o chocolate também, duas aminas biogênicas, a “tiramina” e a “triptamina”, que em doses elevadas podem causar dor de cabeça e aumentar a pressão sanguínea pela constrição do sistema vascular.

“Os valores destas substâncias encontrados foram baixos, mas indivíduos com tendência à enxaqueca ou que façam uso medicamentos inibidores da monoaminoxidase (IMAO), como antidepressivos e antituberculose, devem evitar o consumo de alimentos que contenham essas substâncias”, alerta a professora Alessandra Lopes.

Fonte: G1 PA.
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