Pesquisadores do Pará atuam em ‘duas frentes de trabalho’ para investigar ‘doença da urina preta’

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(Foto:Reprodução) – São 10 casos suspeitos e nenhum confirmado em quatro cidades paraenses. Profissionais da saúde monitoram notificações de casos e fatores ambientais.

Com o aumento de casos suspeitos da Síndrome de Haff, conhecida como “doença da urina preta”, no Pará, profissionais da saúde começaram a atuar em duas frentes de trabalho para acompanhar investigar a doença. Até o início da tarde desta quarta-feira (22), 10 casos suspeitos no estado estão em análise em quatro cidades e nenhum foi confirmado.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), “foram criadas duas frentes de trabalho” em um grupo formado na última semana: Parte dos profissionais está focada na notificação de casos e outra, nas questões ambientais ligadas à síndrome.

O grupo integra pesquisadores do Instituto Evandro Chagas e da Sespa. A última reunião ocorreu na segunda-feira (20) e os estudos, para investigar as causas dessas notificações de casos suspeitos, estão em fase inicial.

Dos 10 casos suspeitos, três são em Belém, um em Trairão, um em Almerim e cinco em Santarém, onde um paciente morreu. O estado de saúde dos demais não foi detalhado pela Sespa, mas alguns deles, como os de Belém e de Trairão, não correm risco, conforme as secretarias municipais.

Os pacientes apresentaram sintomas, como dor e a urina escurecida, após consumo de pescadores e foram internados. Amostras foram encaminhados para análise, alguns há quase duas semanas, mas não há prazo para resultado.

“A Sespa salienta que o tratamento do paciente não depende do resultado desse exame e que a pesquisa de toxina não analisa sequenciamento genético tampouco carga viral”, informou a Sespa em nota ao g1.

A doença é causada por uma toxina que pode ser encontrada em determinados peixes como o tambaqui, o badejo e a arabaiana ou crustáceos (lagosta, lagostim, camarão).

De acordo com o Ministério da Saúde, quando o peixe não foi guardado e acondicionado de maneira adequada, ele cria uma toxina sem cheiro e sem sabor que contamina quem consome o pescado.

Impactos na venda de pescados
peixe                              População comeu peixe assado em ação com distribuição pela prefeitura — Foto: Prefeitura de Paragominas

Com o medo por causa da doença, muitas pessoas deixaram de comprar e consumir alguns peixes e pescadores e peixeiros sentem os impactos. Desde semana eles realizam protestos pedindo medidas por parte das autoridades.

Em Ananindeua, por exemplo, um auxílio emergencial está sendo oferecido aos pescadores impactados. Já em Paragominas, uma tonelada e meia de peixe foi distribuída para a população.

Especialistas reforçam que peixes criados em açudes, por exemplo, são seguros. Além disso, os municípios têm reforçado a fiscalização sanitária para garantir que os locais que vendem peixes os armazenem em locais adequados, além de ser necessário saber a origem dos pescados.

O que é Síndrome de Haff?

A síndrome está associada ao consumo de peixes como arabaiana, conhecido como olho de boi, badejo, tambaqui ou crustáceos (veja vídeo acima publicado após casos em Pernambuco). A doença é causada pela ingestão de pescado contaminado por uma toxina capaz de causar necrose dos músculos.

Outros sintomas da doença são decorrentes desse quadro, como dores e rigidez no corpo, dificuldade de respirar e a urina escura. Os sinais podem aparecer entre 2h e 24h após o consumo. “A hidratação é fundamental nas horas seguintes ao aparecimento desses sintomas”, detalha a Sespa.

Por G1 PA

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