PF prende fazendeiro acusado de formação de milícia rural armada em Marabá, no Pará

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Fazendeiro Marcos Antônio Fachetti Filho é preso pela PF; pai dele continua foragido. — Foto: Divulgação/MPF

Pai de Marcos Antônio Fachetti Filho também é alvo de mandado de prisão e continua foragido. Esta é a segunda vez que a Justiça Federal determina a prisão de ambos.

A Polícia Federal prendeu preventivamente nesta quinta (13) o fazendeiro Marcos Antônio Fachetti Filho em Marabá, no sudeste do Pará. O pai dele também é alvo de mandado de prisão e continua foragido. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), ambos são acusados de formação de formação de milícia rural armada. O G1 tenta contato com a defesa dos fazendeiros, mas ainda não obteve resposta.

Esta é a segunda vez que a Justiça Federal determina a prisão de ambos. De acordo com o MPF, os primeiros mandados foram expedidos em dezembro de 2019. Em operação, a PF conseguiu prender o pai Marcos Antônio, mas ele foi solto após a Justiça ter acatado pedido de liberdade provisória.

Em janeiro, o MPF recorreu e pediu a reconsideração da revogação da prisão, pois segundo assentados e ribeirinhos, pai e filho em liberdade continuaram a representar “perigo extremo” para famílias.

Segundo denúncias, homens fortemente armados estavam andando pelas fazendas da região e as famílias voltaram a ser ameaçadas, incluindo tentativa de coação para que elas assinassem acordo e deixassem as terras que os fazendeiros querem invadir.

Entenda o caso

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Presos são suspeitos de compor milícia rural em Marabá — Foto: Ascom/ PRF

Em setembro de 2019, o MPF recebeu relatos de famílias de ribeirinhos em Marabá apontando série de invasões e ameaças praticadas por funcionários da empresa Marca Vigilância. O grupo teria agido a mando de fazendeiros vizinhos, segundo as investigações. A reportagem tenta contato com a empresa, mas não obteve retorno.

De acordo com o MPF, as famílias já possuem títulos de uso das terras, no caso dos assentados da Comunidade Flor do Brasil e do projeto de assentamento Diamante; e outras já estão em fase de autorização pela União, no caso da comunidade do Lago dos Macacos.

“Os invasores chegaram a apontar armas até para crianças, e atear fogo em alguns barracos. Além disso, os fazendeiros contrataram um trator de esteira para abrir caminho em meio à vegetação, destruindo plantações, com possível impacto ambiental de grande proporção”.

A pedido do MPF, em setembro uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) flagrou oito homens, supostamente contratados da empresa Marca Vigilância, fazendo barreira armada na estrada que leva à comunidade ribeirinha, para impedir que moradores. A barreira ficava localizada em terras da União – em área que não pertence a nenhuma das fazendas. As armas dos vigilantes foram apreendidas.

No dia 4 de outubro, o MPF ajuizou pedido cautelar para suspender contrato de prestação de serviços da Marca Vigilância, e para paralisar atividades de demarcação e expansão das fazendas. No dia seguinte, nova operação do MPF e da PRF, com participação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), coletou novas provas das ilegalidades.

No dia 15 de outubro, a Justiça Federal suspendeu atividades da empresa no entorno da região do Lago dos Macacos; do projeto de assentamento Diamante e da Associação Flor do Brasil, entre os municípios de Marabá e Itupiranga. Mesmo após as operações e a decisão judicial, o MPF recebeu informações de que a Marca Vigilância continuava realizando rondas e intimidando moradores na região.

A Justiça Federal então autorizou operação da PF, realizada em 17 de dezembro, para prender os Fachetti, e para busca e apreensão de dados. O sigilo das comunicações eletrônicas de todos os alvos foi quebrado pela Justiça Federal em Marabá, e os dados devem ser utilizados nas investigações.

Por G1 PA — Belém

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