Pistoleiros tentam expulsar trabalhadores rurais de acampamento, em Curionópolis

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Um grupo de pistoleiros armados invadiu a sede da propriedade rural Fazendinha, em Curionópolis, no sudeste paraense, na manhã deste sábado (19). Próximo ao local invadido, às margens da rodovia PA-155, fica o acampamento Frei Henri, onde vivem famílias de trabalhadores rurais, que estão se sentindo ameaçadas.

A denúncia partiu do Movimento dos Sem Terra (MST), que acusa os proprietários da Fazendinha de contratarem os pistoleiros para afastar os trabalhadores rurais do acampamento, ocupado há mais de três anos e que é de propriedade do Instituto Nacional da Colinização e Reforma Agrária (Incra).

As famílias, inclusive, aguardam a homologação do Incra para regularizar os seus títulos de propriedade, o que os proprietários da Fazendinha estariam tentando impedir, afim de anexar área do acampamento à sua propriedade rural.

Até às 21h não havia informações se os pistoleiros ou as famílias continuam na região.

Prenúncio de uma nova tragédia

Após a divulgação do caso, a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará (Segup) e Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) foram acionados.

De acordo com o MST, o grupo de pistoleiros já queimou o pasto da fazenda e tem efetuado disparos em direção ao acampamento, além de jogar bombas.

O presidente da Comissão da Alepa, deputado Carlos Bordalo (PT), manifestou sua preocupação nas redes sociais e alertou aos responsáveis pela Segurança Pública do Estado que ajam para que o Pará “não seja marcado por mais uma tragédia”, fazendo referência aos massacres de Eldorado dos Carajás e Pau D’Arco.

Confira o depoimento do deputado Carlos Bordalo:

[…]

Desde a manhã deste sábado, 19 de agosto, um grupo armado ligado a produtores rurais ocupou a sede da fazenda “Fazendinha”, no município de Curionópolis. A área está sob forte tensão e há ameaça de expulsão dos trabalhadores rurais do acampamento Frei Henri, localizado às margens da PA-155, e que aguarda a homologação de assentamento pelo Incra.

Segundo decisão da Justiça Federal, o imóvel é de propriedade do Incra, que aguardava desde a última quinta-feira, dia 17, que o mesmo fosse desocupado.

Alerto aos responsáveis pela Segurança Pública do Estado e da União, em especial à Polícia Federal, para que mobilizem todos os esforços de pacificação deste iminente conflito para que o Estado não seja marcado por mais uma tragédia, a exemplo do que ocorreu em Pau D’Arco e em Eldorado dos Carajás.

[…]

Por e-mail, o DOL entrou em contato com a Polícia Federal e aguarda resposta.

(DOL)
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