“Poderia estar morto”, diz Robson Conceição

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O boxeador Robson Conceição, 27, medalhista de ouro pelo Brasil na categoria de peso ligeiro (60 kg), disse nesta quarta-feira (17) que se não tivesse tido a oportunidade de ser um atleta provavelmente já teria sido morto.
Nascido em Boa Vista do Espírito Santo, bairro carente do subúrbio de Salvador, Conceição entrou no boxe para brigar nas ruas da capital baiana. Mesmo sendo de porte franzino, ele gostava de se envolver em brigas.
Hoje, diz que foi salvo pelo boxe, que o tornou uma pessoa mais humilde, pacífica e disciplinada.
“Se não fosse o boxe eu estaria morto”, disse, durante coletiva de imprensa organizada pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil), na manhã desta quarta.
“Eu era violento antes de conhecer o boxe”.
A história de Conceição é semelhante à da outra medalhista de ouro, Rafaela Silva, que atingiu o lugar mais alto no pódio pelo judô.
Rafaela também era uma criança brigona, vinda de bairro carente. Nascida na Cidade de Deus, zona oeste do Rio, ela conviveu com a violência desde cedo e disse ter perdido vários amigos para o tráfico de drogas.
Em comum, os dois tiveram a chance de mudar de vida por meio do esporte, e tiveram sucesso.
Questionado sobre a falta de oportunidade para crianças da periferia, Conceição disse que é preciso que cada vez mais sejam criados projetos sociais voltados para o esporte em regiões carentes do Brasil.
Sobre o desejo de parte da sociedade de que se criem punições mais duras para menores infratores, o pugilista disse não achar justo punir as crianças.
“Não acho justo punir as crianças. Tanto eu quanto a Rafaela poderíamos ser mais um. Deveriam haver mais projetos sociais, mais ajuda para as pessoas carentes”, disse.

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(Folhapress)

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