Polícia apura versão de ladrões que avião roubado de empresário de Guarantã seria vendido na Bolívia

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A Polícia Civil continua investigando o roubo de um avião, domingo, em Sinop, que acabou fazendo pouso forçado por falta de combustível, em Campo Novo dos Parecis, e apura a versão de dois suspeitos que a aeronave seria levada para a Bolívia, onde seria vendida. É avaliada em R$ 1 milhão e os suspeitos disseram que receberiam R$ 60 mil.

O escrivão da Polícia Civi em Campo Novo dos Parecis, Juliano Peterson da Silva, disse, há pouco, ao Só Notícias, que o sistema penitenciário de Campo Novo do Parecis, para onde foram levados um boliviano (39 anos) e um brasileiro (22 anos) suspeitos do assalto e de ter mantido o piloto refém, vai entrar em contato com as autoridades na embaixada boliviana para providenciar a defesa. “Os presos relataram que venderiam o avião, na Bolívia, por R$ 60 mil. (Em Sinop) Ficaram em um milharal (dois dias) nas proximidades do aeródromo (às margens da rodovia Sinop-Santa Carmem), esperando por qualquer avião pousar. O que foi levado não era o alvo deles”, informou, ao mencionar as explicações dos suspeitos. Eles também alegaram que “parte do dinheiro, seria para custear estudos na faculdade”, no país vizinho, e que foi “convidado pelo brasileiro a praticar o roubo”.

Ainda de acordo com o escrivão, “o objetivo dos assaltantes era levar a aeronave para a cidade de Yacuma, na Bolívia, mas quando sobrevoavam a região de Juína, o avião, que tinha pouca gasolina, começou a falhar ( pane seca). Então, o piloto foi informado de outra coordenada, até Cáceres e reabastecer. Mas, ao se aproximar de Comodoro, o piloto informou aos ladrões que o avião iria cair e forçou o pouso, em uma fazenda, em Campo Novo do Parecis. Após o pouso, obrigaram o piloto a ir até uma agência do Banco do Brasil, onde fez um saque de R$ 1 mil e entregou aos assaltantes”, acrescentou. Os dois foram pegos na segunda-feira em Comodoro, em um hotel, e levados para Campo Novo.

O delegado da Polícia Federal de Sinop, Martins Rodrigo, disse ao Só Notícias, que aguarda receber o depoimento dos presos, mas que o inquérito será conduzido pela Polícia Civil. “Eles não devem ser transferidos a Sinop”, disse.

Conforme Só Notícias já informou, o monomotor é de um empresário em Guarantã do Norte (onde também reside o piloto), pousou em um aeródromo em Sinop para abastecer quando o piloto foi dominado e obrigado a decolar com os assaltantes. O piloto não foi ferido pelos assaltantes.

Ano passado, em abril, ladrões roubaram um Cessna 206, em outro aeródromo (MT-140) Sinop-Santa Carmem. Os bandidos chegaram em uma caminhonete, dominaram o piloto, dois pedreiros, abasteceram a aeronave e um piloto integrante da quadrilha decolou. Eles levaram tambores com combustível e abasteceram. O avião também teria sido levado para a Bolívia.

Em maio, do ano passado, ladrões voltaram a agir em aeródromo sinopense e tentaram levar outro avião. Houve troca de tiros com a Polícia Federal e um policial foi morto. A PF prendeu seis envolvidos e o suspeito de liderar o grupo acabou morrendo, cerca de uma semana depois, em troca de tiros com policiais, em uma residência em Sinop.

Por Só Notícias

Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro)   E-mail:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

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