Polícia indicia por homicídio 26 presos que estavam no caminhão onde 4 detentos foram mortos no Pará

Detentos eram transferidos para a capital após a briga entre facções que resultou no massacre do presídio de Altamira.(Foto:Reprodução)-

IML termina necropsia das vitimas do massacre no Pará

A Polícia Civil indiciou por homicídio os 26 presos investigados pelas quatro mortes ocorridas dentro de um caminhão cela no transporte de detentos de Altamira para Belém na noite de terça-feira (30). Eles devem ser ouvidos em audiência de custódia pela Justiça em Marabá a partir desta quinta-feira (1º).

Os presos eram transferidos para a capital após a briga entre facções que resultou no massacre no Centro de Recuperação Regional de Altamira, sudoeste do Pará. Na unidade penal, 58 detentos morreram. Com as quatro mortes na transferência, chega a 62 o número de vítimas do massacre.

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A perícia confirmou que as quatro vítimas encontradas mortas no caminhão cela foram estranguladas. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Pará, o caminhão era dividido em quatro celas e seguiria exigências feitas pelo Departamento Penitenciário Nacional.

Massacre no presídio

Um confronto entre facções criminosas dentro do presídio de Altamira causou a morte de 58 detentos. Na segunda-feira (29), líderes do Comando Classe A incendiaram cela onde estavam internos do Comando Vermelho. De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), 41 morreram asfixiados e 16 foram decapitados. Na terça, mais um corpo foi encontrado carbonizado nos escombros do prédio.

Veja a lista dos mortos

Após as mortes, o governo do estado determinou a transferência imediata de dez presos para o regime federal. Outros 36 seriam redistribuídos pelos presídios paraenses.

Um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) considera o presídio de Altamira como superlotado e em péssimas condições. No dia do massacre, havia 311 custodiados, mas a capacidade máxima é de 200 internos. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Pará, dos 311 presos, 145 ainda aguardavam julgamento.
Liberação dos corpos

O Instituto Médico Legal (IML) informou na quarta-feira (31) que encerrou a necropsia dos 58 corpos de vítimas do massacre. De acordo com o órgão, 27 corpos foram liberados às famílias e os 31 restantes precisarão passar por exames de DNA para terem o reconhecimento concluído.

Ainda segundo o IML, o trabalho concluído foi feito por peritos criminais e peritos médico legistas da própria Unidade Regional de Altamira; um perito odontologista forense, que foi deslocado de Belém; e uma equipe de peritos criminais do Laboratório de Genética Forense, do Instituto de Criminalística (IC), que realiza os exames de DNA

Força-Tarefa

Quarenta agentes da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) chegaram na quarta-feira (31) à Base Área de Belém. Eles ficarão no estado pelo período de 30 dias e vieram depois do pedido de apoio do governo do Pará ao Ministério da Justiça e Segurança Pública após o massacre que deixou 58 pessoas mortas no Centro de Recuperação Regional de Altamira, sudoeste do estado.

Os agentes da FTIP devem trabalhar em atividades de guarda, vigilância e custódia de presos, além de participar do treinamento dos 642 agentes penitenciários classificados no último concurso da Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe) e chamados de forma urgente pelo governo.

Por G1 PA — Belém
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 Covas foram feitas para enterro de presos em Altamira. — Foto: Reprodução/ TV Liberal

Covas foram feitas para enterro de presos em Altamira. — Foto: Reprodução/ TV Liberal

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