Polícia investiga morte de bebê no Pará: raio-x revela que criança engoliu moeda; médico aponta indícios de abuso sexual

image_pdfimage_print

Polícia investiga morte de bebê em Ananindeua: raio-x revela que criança engoliu moeda; médico aponta indícios de abuso sexual (Foto:Reprodução).

Criança foi levada pelo pai até a UPA, com sangramento pelas vias oral, nasal e anal. Médico do atendimento acionou a polícia. Ao ser transferida após 6 horas, exame de raio-x revelou que bebê havia engolido moeda. Família acusa UPA de negligência. Perícia investiga causa da morte da bebê. (As informações são do g1 Pará — Belém).

Um bebê de um 1 ano e 8 meses morreu nesta quarta-feira (30), na Grande Belém. A morte virou caso de polícia após um médico da emergência constatar que a criança apresentava sangramento pelo ânus, o que poderia indicar abuso sexual.

No entanto, horas após a menina dar entrada na UPA da Cidade Nova, a bebê foi transferida para um hospital, onde um raio-X constatou que ela engolira uma moeda, o que poderia ser a causa da morte. Os exames que irão apontar as reais circunstâncias do óbito da bebê estão em andamento. A Polícia Civil informou que o caso é investigado sob sigilo.

A família da criança acusa a UPA da Cidade Nova, em Ananindeua, de negligência. O pai relata que levou a bebê para o atendimento de emergência por volta de 17h de terça-feira (29). Ele diz que a menina ficou seis horas no local sem que o raio-X fosse realizado.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado na 3ª Seccional da PC na Cidade Nova, a criança chegou à UPA apresentando sangramento pelas vias oral, nasal e anal, além de algumas manchas roxas pelo corpo. O relato foi feito por um policial militar que esteve na UPA para atender a denúncia, e corrobora com as informações que constam no prontuário eletrônico de atendimento da menina, realizado durante atendimento na UPA.

Ainda segundo o relato do policial registrado no boletim de ocorrência, o médico da UPA que atendeu a bebê acionou o Conselho Tutelar e a PM ao constatar o sangramento anal. A criança foi transferida para o Hospital Santa Maria, em Ananindeua, por volta de 23h.

“Somente ao chegar ao Hospital de Santa Maria e fazer um raio-X é que foi constatado que a criança havia engolido uma moeda. Horas depois, ela morreu. O questionamento da família é por que não foi feito o raio-X na UPA, já que a criança teria ficado lá por quase seis horas. Eles estão alegando uma possível negligência”, diz o delegado Rodrigo Leão, responsável pelas investigações.

No entanto, o delgado cita que o médico que atendeu a bebê na UPA acionou a delegacia por suspeita de crime sexual. “Mas, até o momento, não há comprovação”, acrescentou o delegado, explicando que somente o exame sexológico apontará se houve violência sexual, e o exame de necropsia irá revelar se a criança morreu por conta de sufocamento provocado pela moeda ou não.

O que diz o pai

O pai da menina informou que cuidava da criança há 4 meses, depois que a mãe da menina a deixou sob seus cuidados e a “abandonou”. À assistente social, o pai contou ainda que a criança apresentou febre, tosse e coriza, e que ele levou a bebê ao atendimento de emergência quando percebeu que ela tentava vomitar.

No BO, o pai da criança relata que, na UPA, a equipe médica informou que a criança, devido ao seu estado de saúde, seria transferida para a Santa Casa, em Belém. No entanto, após seis horas de espera na UPA, a criança foi levada para o Hospital Santa Maria, em Ananindeua. No local, a criança foi submetida a um raio-x, que constatou que a criança havia engolido uma moeda. Ainda segundo pai, nem ele nem a mãe da criança forma autorizados a ver a menina. A criança morreu na terça-feira (30), por volta de 1h.

O que diz a Secretaria de Saúde

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Ananindeua (Sesau) informou que “não houve negligência alguma com a paciente ou demora no atendimento. Todos os procedimentos e protocolos foram adotados neste caso, resultando no encaminhamento da criança para um leito de UTI em hospital conveniado”.

Ainda de acordo com a Sesau, quando a criança deu entrada na UPA da Cidade Nova, “o pai não soube explicar direito o que ela tinha. No primeiro momento, a criança não apresentava hemorragia, apenas palidez e febre. Assim que foi examinada, o médico suspeitou de violência doméstica e o setor de assistência social acionou Conselho Tutelar e Polícia Civil”.

Ainda na nota, a Sesau disse que “a equipe da UPA que foi toda mobilizada para atender este caso está consternada com o desfecho e se solidariza com os familiares. A Secretaria de Saúde reitera que está à disposição para colaborar com as investigações policiais”.

Jornal Folha do Progresso em 31/03/2022/10:28:10

Envie vídeos, fotos e sugestões de pauta para a redação do JFP (JORNAL FOLHA DO PROGRESSO) Telefones: WhatsApp (93) 98404 6835- (93) 98117 7649.

“Informação publicada é informação pública. Porém, para chegar até você, um grupo de pessoas trabalhou para isso. Seja ético. Copiou? Informe a fonte.”
Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro) -Site: www.folhadoprogresso.com.br   e-mail:folhadoprogresso.jornal@gmail.com/ou e-mail: adeciopiran.blog@gmail.com

 

%d blogueiros gostam disto: