Polícia prende fazendeiro suspeito de mandar matar seis pessoas na zona rural no Pará

(Foto:Reprodução G1)- Polícia prende fazendeiro suspeito de mandar matar seis pessoas na zona rural de Baião, no Pará
Entre as vítimas está Dilma Silva, coordenadora local do Movimento de Atingidos por Barragens, encontrada morta junto com o esposo e um conhecido em um assentamento.

Polícia prende suspeito de mandar matar trabalhadores rurais em Baião

A Polícia prendeu nesta terça-feira (26) um homem suspeito de ser o mandante de um triplo homicídio que ocorreu em Baião, nordeste do Pará. Outras três pessoas também foram assassinadas na região dois dias depois. O fazendeiro Fernando Ferreira Rosa Filho, 43, teve o mandado de prisão temporária expedido pela Justiça e foi localizado no município de Tucuruí, sudeste do estado.

O crime ocorreu na sexta-feira (22), no assentamento Salvador Allende. A liderança rural Dilma Ferreira Silva, integrante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB); o esposo Claudionor Silva e um conhecido do casal, Hilton Lopes, foram encontrados mortos dentro de uma casa. As vítimas foram amarradas, amordaçadas e possivelmente esfaqueadas.
Polícia Civil investiga triplo assassinato em Baião

Polícia Civil investiga triplo assassinato em Baião

De acordo com a Polícia, quatro irmãos foram apontados como executores do crime e já foram identificados. Eles continuam foragidos.

Ainda segundo a Polícia, o fazendeiro preso também é suspeito de ser o mandante da morte de três pessoas, que tiveram os corpos carbonizados e foram encontrados no domingo (24), a 14 km do assentamento, em uma fazenda localizada nas imediações da vicinal da Martins, zona rural de Baião. Segundo a Polícia, os mortos na fazenda seriam um casal de caseiros e um tratorista.

Investigações

Segundo a Polícia, Fernando Filho é o dono da fazenda onde os três funcionários foram mortos e tiveram os corpos queimados. Inicialmente, não havia ligação entre os casos e não estavam relacionados a conflitos agrários. Duas testemunhas foram ouvidas sobre as mortes no assentamento. Foi deflagrada uma operação para prender o principal suspeito do triplo homicídio.

“Fernandinho”, como o fazendeiro Fernando Filho é conhecido, também é acusado de crimes na região, como envolvimento com tráfico de drogas, agiotagem, receptação, roubo a banco, homicídio, tentativa de homicídio e grilagem de terras.

As investigações resultaram do trabalho feito por uma força-tarefa da Polícia Civil, para investigar as mortes, incluindo policiais da Delegacia-Geral, do Núcleo de Inteligência Policial (NIP), Diretoria de Polícia do Interior (DPI), Divisão de Homicídios (DH), Grupo de Pronto-Emprego (GPE) e policiais da Superintendência Regional de Tucuruí, Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) de Tucuruí e Delegacia Especializada em Conflitos Agrários (Deca).

Motivações dos crimes

A Polícia coletou provas que comprovaram que “Fernandinho” é responsável pela contratação irregular de funcionários para a fazenda onde três pessoas foram mortas. As investigações concluíram que os dois casos foram cometidas pelo mesmo grupo, a mando do fazendeiro.

De acordo com a polícia, Fernando mandou matar Dilma, o esposo e conhecido para ocupar uma parte das terras onde eles viviam e mandou assassinar os próprios funcionários da fazenda para evitar uma ação na Justiça do Trabalho.

Pista de pouso clandestina

As investigações ainda apontam que ele teria construir uma pista de pouso de aviões clandestina, motivo pelo qual não queria ser incomodado pelos vizinhos ligados a movimentos sociais, nem funcionários. A pista seria usada para pouso de aeronaves de traficantes de drogas na região, segundo a Polícia.

Executores

O trabalho da Polícia também comprovou que “Fernandinho” teve contato pessoal com os executores, antes, durante e após os assassinatos. Seriam quatro irmãos, sendo que dois já tinham passagem pela Polícia. Um deles também está foragido do sistema penitenciário, onde cumpria pena por homicídio. Os quatro são apontados como criminosos perigosos. As buscas devem continuar em Tucuruí, Baião, Novo Repartimento.

Por G1 PA — Belém

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