Polícia prende mandante do sequestro da sogra de Ecclestone: o ex-presidente de Associação de Pilotos de Helicóptero

 O mandante do sequestro de Aparecida Schunck, 67, sogra de Bernie Ecclestone resgatada em segurança, é Jorge Eurico da Silva Faria, informou na tarde desta segunda-feira (1) a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
O GRANDE PRÊMIO apurou que Jorge, piloto há 22 anos, esteve envolvido à disposição do GP do Brasil em 2012 e transportou pessoas mesmo estando com sua carteira de habilitação vencida com anuência da ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil. Ele foi presidente da Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero (Abraphe) até março do ano passado.
Dois dos criminosos já identificados, Vitor Oliveira Amorim e Davi Vicente Azevedo, informaram à polícia que receberiam cada um R$ 20 mil como parte do sequestro. Para o resgate, o grupo pediu £ 28 milhões – aproximidamente R$ 120 milhões – e fez uma exigência: que o dinheiro fosse dividido em quatro sacolas, apurou o GRANDE PRÊMIO, além de exigir que a quantia fosse paga na última sexta-feira. Aparecida estava em cativeiro desde o último dia 22.
Rastros deixados pelos sequestradores permitiram que a Divisão Antissequestro (DAS) chegasse até o cativeiro em Cotia, desbaratado na noite de ontem: a quebra do sigilo do e-mail de Vitor, que usava uma conta do Yahoo, e as impressões digitais no Fiesta que foi levado. Tanto Vitor quanto Davi já tinham antecedentes criminais.
Vitor, que havia sofrido um acidente recente, não estava no cativeiro e foi encontrado pela polícia. Acabou revelando onde Aparecida estava. Foi assim que chegaram até o outro sequestrador, que fazia vigília numa casa que foi alugada há três meses pelos criminosos por R$ 430.
Em comunicado no início da tarde desta segunda-feira, a ABRAPHE esclareceu que Faria se afastou da presidência em março de 2015 alegando razões pessoais e que não é mais associado. A entidade também ressaltou que viu com surpresa a notícia sobre o possível envolvimento do profissional com o crime. Jorge é atualmente dono de uma empresa de segurança patrimonial.
O GRANDE PRÊMIO apurou que a saída da presidência da Abraphe por “problemas pessoais” aconteceu depois de Faria ter sido apontado como o suspeito de um furto de um helicóptero PRYYY em junho de 2014. A aeronave estava no hangar Helicidade, na Ponte do Jaguaré em São Paulo, e foi encontrada em um matagal em Amparo, no interior de São Paulo — cidade onde Ecclestone, inclusive tem uma casa e negócios com café —, sem combustível. Uma investigação da polícia apontou que o helicóptero foi utilizado para o transporte de drogas, em especial cocaína. Faria passou um tempo em Portugal até retornar ao Brasil.
Detalhe curioso na história: sequestrador e sequestrada são amigos no Facebook. Fernanda Flosi, filha de Aparecida e irmã de Fabiana, também ligação com o criminoso naquela rede social.
A ABRAPHE – Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero esclarece que o piloto Jorge Eurico Faria foi presidente da entidade de abril de 2014 a março de 2015.
Em 25 de março de 2015, Faria pediu seu afastamento da presidência da ABRAPHE alegando razões pessoais, sendo substituído interinamente pelo diretor de associados até o término do mandato da diretoria em março de 2016.
Desde então não há relação entre o piloto Jorge Eurico Faria e a ABRAPHE, nem mesmo como piloto associado.
A ABRAPHE recebeu com surpresa a informação e acompanha os desdobramentos do caso que vem sendo divulgado pela imprensa.
Como se deu o sequestro da sogra de Ecclestone
O GRANDE PRÊMIO confirmou o crime na última segunda-feira (26) depois que a revista ‘Veja’ trouxe à tona o caso. Fontes policiais informaram que a história começara de fato na sexta-feira anterior com a invasão da casa de Aparecida no bairro de Interlagos — portanto em uma casa de alto padrão próximo ao autódromo — e que o grupo de criminosos deixou um bilhete no local com o seguinte pedido: € 28 milhões — cerca de R$ 100 milhões, e não R$ 120 milhões, como fora informado — que deveriam ser divididos em quatro sacolas.
Durante o fim de semana, os sequestradores utilizaram o cartão de crédito da mãe de Fabiana Flosi e permitiram que a polícia pudesse rastrear o paradeiro, além de averiguar que se tratava de um grupo sem experiência neste tipo de ação.
MSN

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