Policiais civis são investigados por tentativa de extorsão no Pará

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Caso está sendo apurado pela Delegacia de Crimes Funcionais (Decrif).
Um comerciante foi abordado na última quarta-feira, 20, em Ananindeua.

A Delegacia de Crimes Funcionais (Decrif) da Polícia Civil do Pará investiga um caso sobre possível extorsão de policiais civis ou tentativa de suborno por parte de um comerciante, e ainda a conduta de um delegado na Unidade Integrada Pró Paz (UIPP) do Distrito Industrial, em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém.
De acordo com o delegado Eloi Fernandes, na última quarta-feira (20) três policiais abordaram um vendedor de carne no momento em que ele colocava cerca de 20 quilos da mercadoria no porta-malas de um veículo, após suspeitarem que a carga era ilegal. Ao verificar o material, e após constatar do que se tratava, os policiais teriam exigido do comerciante a nota fiscal do produto.
Neste momento, o comerciante alegou que não possuía o documento por ter comprado a carne em um pequeno estabelecimento. O delegado da Decrif disse que, em depoimento, o comerciante alegou que os policiais teriam pedido a quantia de R$ 2 mil para não levá-lo para a UIPP e que só possuía R$ 150 para dar aos policiais. Estes teriam ficado inconformados com o valor e levaram o comerciante para a UIPP.
O delegado da unidade disse aos policiais, no entanto, que a situação não configurava crime e que por isso não ia autuar o comerciante. Eloi Fernandes contou que assim teve início uma confusão entre os policiais e o delegado, que estava sendo pressionado para realizar o registro da prisão.
Diante do tumulto, o delegado ligou para a Decrif para falar sobre a situação de desordem instaurada pelos policiais. Todos foram encaminhados para a delegacia especializada e prestaram depoimento. Os policiais alegaram que não tentaram subornar o comerciante e apresentaram a versão de que este é que teria oferecido a propina para ser liberado; já o delegado disse que não fez o registro porque o caso não se configura como crime.
“O comerciante é ex-açougueiro e faz entregas à domicílio. Ele estava com a carne embalada em sacos plásticos. Os policiais acharam que ele estava fugindo do local, porque ele fechou o carro na hora em que eles passavam. Não sabemos o que ocorreu, se a tentativa de extorsão ou a oferta de propina. Isso será investigado, assim como a conduta do delegado, se ele está certo ou não por não ter registrado o procedimento”, explica Eloi.
Após os depoimentos na Decrif, todos foram liberados. Fotos da carne foram enviadas ao Instituto Médico Legal (IML). A mercadoria foi devolvida ao comerciante.

Fonte: G1.

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