Preço da carne não voltará a patamar anterior, diz ministra

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(Foto> Reprodução) – O brasileiro terá que se acostumar a pagar muito mais caro pela carne vermelha. O preço da carne bovina não vai mais retornar ao patamar anterior. A afirmação é da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, esta quinta-feira (28).

Tereza Cristina disse que a alta das exportações para a China teve forte impacto na valorização da carne em todo o país. O que também ajudou a puxar o aumento, no entanto, disse a ministra, foi a falta de reajuste nos preços nos últimos três anos.

“Sabemos que essa situação decorre de uma conjuntura de fatores. Agora, a arroba não vai abaixar mais ao patamar que estava”, disse Cristina.

O presidente Jair Bolsonaro contradisse a ministra diante de seus seguidores. Em transmissão pela internet, declarou que a ministra garantiu que, daqui a três ou quatro meses, o preço da carne volta à normalidade.

Já o Ministério da Agricultura, em nota, afirmou que está acompanhando de perto a situação e acredita que o mercado “irá encontrar o equilíbrio”. “Não é papel do ministério intervir nas relações de mercado. Os preços são regidos pela oferta e procura. Neste momento, o mercado está sinalizando que os preços da carne bovina, que estavam deprimidos, mudaram de patamar”, afirmou, em nota.

Algumas redes de supermercados têm afirmado que a exportação de carne tem limitado a oferta da proteína no país, além de inflacionar o produto. A ministra nega que esteja ocorrendo falta de oferta para o mercado nacional.

“Não é verdade [que haja falta de carne]. Primeiro, o Brasil tem 215 milhões de cabeças de gado. Então, não é um rebanho para acabar amanhã. Segundo, realmente o mercado chinês mexeu com as exportações, e não só da carne brasileira, mas da carne argentina, paraguaia, uruguaia. Todos esses mercados sentiram. O mundo está sentindo o impacto. É muito grande a necessidade da China”, disse a ministra.

Tereza disse que o Brasil não está entre os países que mais têm frigoríficos habilitados para processar a carne, mas disse que a China habilita frigoríficos, o que facilita a exportação do boi de pé, sem ser abatido.

“Além de o Brasil abrir as exportações, temos que lembrar que o boi tinha um preço represado há três anos. O pecuarista estava tendo prejuízo nesse período”, declarou a ministra. “Antes, o produto vendia uma arroba pelo preço de R$ 140, em média. O que aconteceu é que, nesse primeiro momento de abertura, com a China pagando um preço muito bom, houve esse momento, digamos, de euforia. Em São Paulo, uma arroba está sendo vendida a R$ 231.”

A ministra da Agricultura chamou a atenção, ainda, para um atraso na produção neste ano. Outro evento aconteceu também é que vivemos uma seca prolongada. Como a arroba estava muito barata, pouca gente tratou boi, porque não valia a pena. O pasto demorou, então esse boi está um pouco atrasado”, disse.

Em menos de três meses, o contrafilé registrou índices de aumento acima de 50% e o coxão mole, de 46%, no preço de custo que acaba sendo repassado ao consumidor, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Perguntada se estava jantando um bife enquanto dava a entrevista, Tereza Cristina respondeu, em tom de brincadeira. “Estou comendo frango. Agora, é só frango.”

Autor: Com informações do Estadão; 28/11/2019, 21:21 –
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