Preço da gasolina tem queda de 3,14% nas refinarias- baixa não chega ao consumidor

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Litro do produto bruto fica mais barato, mas pouco chega ao consumidor -(Foto:Arquivo Jornal Folha do Progresso_
Na semana passada, o valor médio para o consumidor caiu apenas 1,08%, de R$ 4,709 para R$ 4,658 no Pará, em Novo Progresso o preço mais baixo encontrado foi de R$ 4,95 o litro.

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*Queda no preço da gasolina não chega aos postos de Novo Progresso

O preço do litro da gasolina teve nova queda nesta quinta-feira, 15, de acordo com anúncio da Petrobrás. A baixa de 3,14% representa mudança do valor do produto de R$ 1,6616 para R$ 1,6094 nas refinarias. A redução ocorreu depois de os preços do petróleo terem recuado aproximadamente 7% nos Estados Unidos, movimento causado pelo desequilíbrio entre o excesso de produção e o enfraquecimento da demanda global. Segundo a agência Reuters, o valor da gasolina da Petrobras, a partir desta quinta-feira, será o menor desde 21 de março, quando o preço médio estava em R$ 1,5960 por litro.

Desde 3 de julho de 2017, a Petrobrás adotou novo formato na política de reajuste de preços. No modelo atual, as mudanças acontecem com grande periodicidade, inclusive diariamente. Somente entre os meses de outubro e novembro, a queda do preço na refinaria chega a atingir a marca de 24%. No entanto, nos postos e no bolso dos consumidores, a alteração foi muito pouco percebida. A Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP), afirma em estudo que, na semana passada, o valor médio para o consumidor final caiu apenas 1,08%; de R$ 4,709 para R$ 4,658.

O despachante documentalista David Andrade, que presta serviços para o Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran), e utiliza seu automóvel para trabalhar em Belém durante a maior parte de seu dia, acredita que a baixa do preço do combustível na refinaria não está representada nos postos. “Gasto em torno de R$ 100 com combustível diariamente. Para encontrar um bom preço na Região Metropolitana de Belém, a pessoa precisa pesquisar muito. Antigamente, eu tinha alguns postos como referência e era fiel, pois confiava na qualidade da gasolina que eles vendiam. Agora, não existe mais fidelidade pra mim, pois corro atrás é de economia”, relata. A busca pela gasolina mais barata, muitas vezes, segundo David, o fez comprar gasolina de qualidade duvidosa.

Diferença pequena

O motorista profissional Aglésio de Souza, trabalhador vinculado a um serviço de aplicativos, observa que a diferença de seus gastos de setembro para o mês atual, em sua rotina de trabalho, é muito pequena. “Acredito que seja entre 15 e 20 centavos de economia, se muito”, reclama. Trabalhando há um ano como motorista, Aglésio, que é também servidor público municipal, espera que o consumidor possa ser beneficiado nos próximos meses. “Se estão diminuindo, qual a razão de não chegar a nós? Esperamos que chegue”, cobra.

Ao contrário da expectativa de barateamento do motorista, em 2018, o valor médio da gasolina nas bombas acumula alta de 13,63%. Segundo o relatório Focus, do Banco Central, a variação é maior que a inflação esperada para o ano todo, de 4,4%. Os donos de postos argumentam que a significativa diferença entre o preço cobrado nas refinarias e nas bombas se deve aos custos de distribuição, impostos elevados e margem de lucro dos postos.

Para o advogado do Sindcombustíveis do Pará, Napoleão Nicolau da Costa, os preços não apresentaram mudanças correlatas em razão da conduta das distribuidoras. “Temos observado que as distribuidoras rapidamente repassam as altas de preço, porém demoram a baixar os valores quando o preço de refinaria é reduzido”, disse.

Ele destaca, no entanto, que a competição entre as empresas do Pará ainda pode provocar um barateamento real da gasolina. “Hoje, o Estado conta com quase 2.000 estabelecimentos, sendo indiscutível que o consumidor será beneficiado pela competitividade e o interesse de cada estabelecimento em obter mais consumidores. No entanto, é importante ressaltar que os postos apenas podem repassar reduções que efetivamente lhes forem conferidas em seus preços de compra nas distribuidoras, o que não tem ocorrido com a frequência e no patamar anunciado na imprensa”, defendeu.

Fonte:Redação Jornal Folha do Progresso com redação integrada ORM/O Liberal
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