Preço do feijão fecha o semestre com reajuste de cerca de 22% em Belém

Inflação calculada para o mesmo período não ultrapassou 3,8%.

No final do primeiro semestre, o preço do feijão custou mais R$ 6.
A alimentação dos paraenses está mais cara, o custo da cesta básica encerrou o primeiro semestre de 2014 com reajuste de aproximadamente 7,5%. Segundo o Dieese, um dos produtos que mais ajudaram a encarecer a alimentação foi o feijão, que encerrou o semestre com reajuste de quase 22%, enquanto que a inflação calculada para o mesmo período não ultrapassou 3,8%.

No final deste primeiro semestre, o preço do feijão em feiras, mercados e supermercados chegou a custar, em média, mais R$ 6 o quilo. Em 20 anos de Plano Real, o produto apresentou um reajuste acumulado 449,09% contra uma inflação de cerca de 375%. Em julho de 1994 o preço médio de um quilo de feijão na Grande Belém era de R$ 1,10.
Em janeiro de 2014 o feijão já estava custando R$ 5,13; em fevereiro foi comercializado em média a R$ 5,25; em março foi vendido a R$ 5,76; em abril foi comercializado a R$ 6,04; em maio custava R$ 6,27 e no mês junho, uma pequena queda de 3,67 %, o mesmo foi comercializado, em média, a R$ 6,04 o quilo.
Apesar da queda, no mês de junho, no balanço do primeiro semestre de 2014 o produto apresenta uma alta acumulada de 21,53 % contra uma inflação de 3,79%. No mês de junho, a cesta básica dos paraenses custou R$ 318,46 e comprometeu na sua aquisição quase metade do salário mínimo de R$ 724.
Para o Dieese, várias são as causas apontadas para justificar a situação de altas sucessivas no preço da alimentação dos paraenses. Atualmente, cerca de 60% dos produtos básicos que chegam a mesa dos paraenses são importados de outros Estados. Esta situação tem sido, ao longo dos anos, decisiva nos preços para o consumidor.
A previsão de consumo mensal do feijão por trabalhador no Pará é de 4,5 kg, o gasto em junho para o consumo do feijão subiu para R$ 27,18 e o tempo de trabalho para adquirir o produto aumentou mais ainda, chegando a 8h16, comprometendo na sua aquisição cerca de 4,08% do salário mínimo.

Fonte: ORMNews.

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