Profissionais e entidades da saúde criticam desativação total do principal pronto-socorro de Belém
(Foto: Reprodução) – MPF organizou encontro após prefeitura anunciar reforma total na unidade.
Funcionários temem prejuízo no atendimento de 12 mil pacientes/mês. Secretário de Saúde de Belém defende requalificação do local.
Funcionários do Hospital Pronto-Socorro Municipal Mário Pinotti e entidades da área da saúde se posicionaram contrários à desativação total da unidade, nesta quarta-feira (13), durante um encontro na sede do Ministério Público Federal (MPF), em Belém.
A escuta pública foi organizada pelo MPF após a Prefeitura de Belém anunciar que o PSM da 14 de Maio passará por reforma total e que os pacientes devem ser atendidos na rede privada enquanto durarem as obras.
Durante a escuta, a prefeitura defendeu a transferência temporária do atendimento por cerca de dois anos para requalificar a unidade e garantiu a continuidade do serviço com a mesma capacidade, conforme diretrizes do Ministério da Saúde.
Segundo o superintendente estadual do Ministério da Saúde, Delcimar de Sousa Viana, todas as reivindicações expostas serão encaminhadas ao ministro da Saúde.
“Oito unidades de saúde estão no processo de requalificação. Isso é produto da discussão que estamos tendo junto com o prefeito”, afirmou.
O MPF informou que o objetivo da audiência pública foi ouvir usuários do sistema de saúde, profissionais da área e representantes de órgãos sobre os impactos da possível desativação do Pronto-Socorro Municipal Mário Pinotti.
A maioria dos participantes declarou não ser contra a reforma do hospital, mas teme que a desativação completa da unidade comprometa o atendimento à população que depende da unidade, que opera em condições precárias e atende mais de 12 mil pacientes por mês.
“O que será feito, primeiramente, com o atendimento dos usuários que são atendidos aqui no pronto-socorro?”, questiona Nazaré Ferreira, técnica de enfermagem do PSM da 14 de Maio.
Nazaré Ferreira também questiona a precariedade de insumos e materiais, que dificultam a prestação de um bom serviço.
“Precisamos de material para trabalhar, precisamos de condições para prestar um serviço melhor à população”, afirma.
Participaram da audiência representantes de conselhos da área da odontologia, nutrição, enfermagem, medicina, farmácia, psicologia e serviço social.
Antônia Trindade, presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Pará, se declarou contra a possibilidade de privatização do local.
“O que acontece numa privatização? O serviço pode ser ‘de qualidade’, mas o atendimento à humanização e o respeito ao trabalhador do setor privado é péssimo”, afirma.
Teresa Cristina, presidente do Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM-PA) falou sobre as “mínimas condições” de trabalho no local.
“São heróis todos os profissionais de saúde que estão atuando lá. Sem as mínimas condições de trabalho – por exemplo, há um papelão no banheiro escrito ‘ocupado/desocupado’ porque não tem fechadura”, denuncia a profissional.
Posicionamento da Prefeitura
Em sua fala, o secretário de Saúde de Belém, Rômulo Nina, reconheceu que o sistema de saúde municipal possui problemas sistêmicos e anomalias que se arrastam há muitos anos.
Para o secretário, a estrutura do pronto-socorro precisa de requalificação para oferecer o que os munícipes de Belém merecem.
“A estrutura do pronto-socorro precisa de requalificação, igual à que vocês mesmos mencionaram comparativamente com outros hospitais, coisa que nós merecemos”, declarou.
Rômulo Nina defendeu que a transferência temporária do atendimento de toda a capacidade do pronto-socorro, estimada em dois anos, é a maneira mais rápida de requalificar a estrutura, resolver a questão dos medicamentos e melhorar o ambiente de trabalho.
“Estamos tendo coragem de implantar o modelo de gestão que vai promover essas mudanças. Infelizmente, elas causam desconforto”, afirmou.
Fonte: Thaís Neves, Marcus Passos, g1 Pará — Belém e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 14/08/2025/10:08:46
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