Proteção histórica: Governo Federal já realizou 6.425 ações e impôs R$ 477 milhões em prejuízo ao garimpo ilegal na Terra Yanomami

Com a participação de diversos ministérios e agências federais, operação na Terra Indígena Yanomami conta com ações humanitárias, de fiscalização e combate a atividades ilícitas | Foto: Lucas Leffa / Secom

Operações estruturantes coordenadas pela Casa de Governo reduziram em 98% as áreas de garimpo ilegal na TIY — avanço decisivo após período de omissão que comprometeu a saúde e segurança dos povos indígenas

A ação integrada do Governo Federal para combater o garimpo ilegal e proteger os povos indígenas na Terra Indígena Yanomami (TIY) vem apresentando resultados expressivos entre 2023 e 2025. Após anos de negligência que ameaçaram o território e os direitos das comunidades indígenas, as operações já causaram prejuízos superiores a R$ 477 milhões, com apreensão de centenas de máquinas, armas e destruição de estruturas ilegais.

Coordenada pela Casa Civil da Presidência da República e criada em fevereiro de 2024, a Casa de Governo reúne dezenas de órgãos federais. Nesta segunda-feira (11), contabilizou 6.425 ações de combate, fiscalização e apoio humanitário. Na semana anterior, foi realizada apreensão recorde de 103 quilos de ouro perto de Boa Vista (RR). Com essa ação, o número de apreensões pelas forças federais alcançou 138 quilos, avaliados em R$ 82,2 milhões, segundo cotação de sexta-feira (8).

“O governo Lula estabeleceu um marco histórico nessas ações integradas, garantindo saúde, diálogo e segurança para os povos indígenas e a população de Roraima”, afirmou a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, ressaltando a importância de medidas permanentes em diálogo com lideranças indígenas.

Combate à logística do garimpo

Em julho, o índice de áreas de garimpo ilegal na TIY caiu 98%. Já foram destruídos 627 acampamentos, 207 embarcações, 101 balsas e 29 aeronaves, além de mais de 112 mil litros de diesel e 12 mil litros de gasolina inutilizados. Também foram destruídas 59 pistas de pouso clandestinas.

Ações-surpresa são frequentes para enfraquecer as operações ilegais. Em junho, a Operação Asfixia totalizou mais de 220 horas de voo para identificar, apreender e destruir estruturas.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, destaca: “Depois de quatro anos de descaso e omissão (2019–2022), que colocaram em risco a vida e dignidade das comunidades indígenas, nossa gestão avança concretamente na proteção dos povos Yanomami, Ye’kwana e Sanöma”.

Equipes em campo inutilizam equipamentos e apreendem materiais e minérios extraídos ilegalmente da TIY | Foto: Bruno Mancinelle / Casa Civil

Operação do Governo Federal contra garimpo ilegal apreende maior quantidade de ouro da história da PRF

Fortalecimento da presença federal

Novas estruturas permanentes estão próximas da inauguração em Roraima, como o polo de saúde em Surucuru, o Centro de Referência em Direitos Humanos (CRDHYY) e o Centro de Atendimento Integrado à Criança Yanomami e Ye’kwana (CAICYY). Em várias regiões, a retomada do plantio de culturas tradicionais indica que as comunidades estão reconstruindo sua subsistência.

Contexto crítico e histórico

Entre 2021 e 2022, a Terra Indígena Yanomami enfrentou uma das maiores crises desde sua demarcação em 1992. O garimpo ilegal avançou rapidamente, impactando a saúde, o meio ambiente e a segurança das comunidades. A redução da fiscalização e a fragilização das estruturas de proteção agravaram a crise humanitária.

Estruturas permanentes de atendimento às comunidades indígenas estão sendo construídas pelo Governo Federal | Foto: Lucas Leffa / Secom

Levantamentos da Hutukara Associação Yanomami e da Associação Wanassedume Ye’kwana indicam que, até 2020, cerca de 2.400 hectares de floresta foram degradados pelo garimpo, número que cresceu nos anos seguintes, sobretudo nas bacias dos rios Uraricoera, Mucajaí, Catrimani e Parima. Áreas como Waikás, Kayanau e Aracaçá concentraram os maiores danos.

O avanço do garimpo gerou aumento nos casos de malária, picos de COVID-19 em comunidades isoladas, contaminação por mercúrio, conflitos e violência sexual. A presença dos invasores afastou a fauna, dificultando a caça e pesca tradicionais, enquanto o mercúrio contaminava os rios, elevando a desnutrição.

Sem ações articuladas, o garimpo virou uma mineração de médio porte, com infraestrutura permanente, acampamentos consolidados e exploração em larga escala, cenário semelhante ao das décadas de 1980 e 1990, antes da desintrusão que permitiu a demarcação da TI Yanomami.

Serviço

Data: 12 de agosto de 2025

Local: Instituto Federal – Campus Governador Valadares (Av. Presidente Tancredo Neves, s/n – Vila Bretas, Governador Valadares – MG)

Horário: 9h às 12h – lançamento oficial do PROFORT-SUAS Rio Doce

Horário: 13h às 16h – Oficina Técnica

Fonte: Assessoria de Comunicação – MDS/Jornal Folha do Progresso   e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 11/08/2025/16:30:32

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