Protesto de senadores paralisa sessão da reforma trabalhista

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Após suspensão, luzes foram apagadas. Senadoras sentaram nas cadeiras destinadas aos integrantes da Mesa Diretora.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), suspendeu nesta terça-feira (11) a sessão aberta para analisar a reforma trabalhista após senadoras da oposição ocuparem a mesa do plenário, onde fica a cadeira do presidente, e se recusarem a deixar o local.

Cerca de cinco minutos após Eunício ter determinado a suspensão, as luzes no plenário foram parcialmente apagadas. Nessa hora, o painel eletrônico marcava a presença de 49 dos 81 senadores no plenário.

Questionada sobre a situação, a assessoria de Eunício não disse de quem partiu a ordem para desligar as luzes. A oposição diz que a ordem partiu do presidente da Casa.

Por volta de 12h, quando Eunício chegou ao plenário, ele quis ocupar a cadeira da presidência. Mas a senadora Fátima Bezerra, sentada no lugar, não quis sair.

Apesar da resistência da senadora, Eunício usou o microfone para avisar que cortaria o som se não pudesse se sentar. Após essa confusão, ele suspendeu a sessão.

A senadora Lídice da Mata então deixou a cadeira que estava ocupando na mesa e foi para a parte do plenário onde fica a maioria dos parlamentares.

As outras quatro se mantiveram nas cadeiras onde se sentam os integrantes da Mesa Diretora. Mais tarde, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) se juntou a elas.

Cerca de 3 horas após a sessão ter sido suspensa, as senadoras permaneciam na mesa. Fátima Bezerra transmitiu a situação do plenário ao vivo pelas redes sociais. Eunício chamou uma reunião para o gabiente dele para tratar da continuidade da sessão.

O senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) disse que nunca presenciou cena semelhante no Senado.

“Estou chocado. O mais importante para a democracia é votar e estão nos impedindo disso”, protestou o parlamentar.

Contrária à reforma, a senadora Kátia Abreu disse que o ideal seria “adiar a votação da reforma”.

“Ninguém vai morrer se nós votarmos a reforma na primeira semana de agosto. É melhor debater, discutir com calma. Essa reforma está a serviço de quem? De um Planalto que não se sustenta?”, indagou.

Acesso limitado

Após a confusão, o Senado aumentou as restrições de acesso ao prédio. A polícia legislativa passou a autorizar a entrada de apenas uma pessoa por gabinete de parlamentar, desde que o visitante indique para qual gabinete está indo.

Além disso, alguém ligado ao parlamentar deve descer para acompanhar o visitante desde a portaria.

No corredor chamado túnel do tempo foi colocado um cordão de isolamento para nenhum visitante passar.

Funcionários da Câmara também não poderão acessar a Câmara entrando pelo Senado; têm que dar a volta por fora do prédio.

Do lado de fora do Congresso, movimentos sindicais fazem um protesto pacífico contra a reforma trabalhista.

Fonte: ORMnews.
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