Protestos pró-Dilma bloqueiam rodovias e provocam recorde de trânsito em SP

Foto- MST/Divulgação
Manifestação contra o impeachment, em rodovia de Uberlândia (MG)

Integrantes de movimentos sociais, como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), de sindicatos, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), e de movimentos da sociedade civil bloquearam nesta sexta-feira (15) algumas das principais rodovias do país contra o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Já aconteceram atos em pelo menos 12 Estados e no Distrito Federal.

Houve registros de bloqueios nas rodovias Presidente Dutra, que liga São Paulo e Rio de Janeiro, na altura de Piraí (RJ), no sentido São Paulo; na Washington Luís (SP-310), no interior paulista, na altura de São Carlos (SP); e na Imigrantes, ligação de São Paulo com a Baixada Santista, na altura do km 16.

Em Minas Gerais, foram registradas interdições das rodovias BR-050, em Uberlândia; e na BR-116, em Governador Valadares. Em Belo Horizonte, protesto uniu cerca de 200 estudantes, professores e técnicos administrativos na sede da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), no gramado em frente à reitoria da universidade, no campus Pampulha. O ato foi convocado pelo Sindifes (Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino Superior).

No Paraná, manifestantes contrários ao impeachment ocuparam a BR-277 em Curitiba, sentido Campo Largo.

No Rio Grande do Sul, protesto de sindicalistas e petistas em Porto Alegre chegou a fechar a ponte do Guaíba no sentido interior-capital e seguiu rumo à praça da Matriz, no centro histórico.

Em Pernambuco, houve bloqueios das rodovias BR-232, BR-408, BR-316, BR-408, BR-104 e BR-101, abrangendo os municípios de São Caetano, Arcoverde, Toritama, Moreno, Paudalho, Águas Belas, Petrolândia, Bonança e Goiana, comandados por integrantes do MST.

Na capital paulista, manifestantes bloquearam também faixas da marginal Tietê, na altura da ponte das Bandeiras; da avenida do Estado; do cruzamento das tradicionais ruas Ipiranga e São João, no centro; e de vias na zona sul da cidade. Isso gerou um recorde de trânsito pela manhã.

Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o índice recorde de congestionamento se deu às 9h, com 183 km de vias com lentidão, superando os 177 km de congestionamento em 11 de março, quando houve chuvas e alagamentos na capital paulista.

No Rio de Janeiro, ao menos 100 pessoas protestaram na tarde desta sexta em frente ao prédio da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), no centro da capital fluminense. O ato foi puxado pela Frente Brasil Popular, contra o afastamento de Dilma.

Houve protestos também no Pará

, na Bahia

, em Alagoas

, na Paraíba

, em Sergipe

e no Distrito Federal

. Outras manifestações organizadas pela Frente Brasil Popular estão programadas em todas as capitais nesta sexta-feira. Protestos que vão se estender até domingo, quando o pedido de impeachment será votado pelo plenário da Câmara dos Deputados.

Especificamente no caso do MST, os protestos em defesa da democracia se juntam à lembrança dos 20 anos do massacre de Eldorado dos Carajás (PA), que aconteceu no dia 17 de abril de 1996 com a morte de 19 sem-terra.
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15.abr.2016 – Manifestantes realizaram ato a favor do governo da presidente Dilma Rousseff, em Porto Alegre. O grupo chegou a bloquear a ponte do Guaíba no sentido Interior-Capital por volta das 8h e causou congestionamento no local. Os manifestantes, que carregavam bandeiras da Fetraf-Sul, PT, CUT e Via Campesina, seguiram pelas avenidas Sertório e Farrapos, onde se encontraram com integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). A caminhada teve como destino a praça da Matriz . Luiz Carlos Murauskas/Folhapress

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