Quando a Justiça tarda e falha

image_pdfimage_print

Quando a justiça tarda e falha (Foto:arquivo / banco freepik)

Estudo do Instituto “Sou da Paz” mostra que, no Pará, apenas 10,3% dos homicídios foram solucionados entre os anos de 2015 e 2016. O Estado é o lanterna em um ranking com 12 unidades da federação.

Em 2017, o Instituto “Sou da Paz” iniciou pesquisa para a criação de um Indicador Nacional de Esclarecimento de Homicídios. A partir de então, começou a coletar dados nos ministérios públicos e tribunais de justiça Brasil afora. Apenas 12 dos 26 Estados e  Distrito Federal  enviaram os dados, o Pará entre eles.

Após um ano e meio de análise, o balanço trouxe resultados tristes  para os paraenses. Ficamos na lanterna do ranking de esclarecimento de homicídios nos anos de 2015 e 2016.

Em média, o Pará conseguiu solucionar apenas 10,3% dos homicídios, nesses dois anos.  Para os Instituto, o ideal era um índice acima de 66%. Entre 66% e 33%, a taxa é considerada  média. E, abaixo disso, é considerada insuficiente.

“O intuito da iniciativa é provocar o reconhecimento por parte do Estado e da sociedade brasileira da importância da investigação de homicídios para combater a sensação de que o crime compensa.  Ao fim e ao cabo, pôr termo à impunidade significa, em matéria de crimes contra a vida, retirar criminosos perigosos de circulação, dissuadir novos crimes e mortes pelas mãos de justiceiros e efetivar o direito à verdade e à memória daqueles que foram diretamente afetados”, diz um trecho do relatório.

A boa notícia, contudo, é que diferente de outros Estados que sequer responderam à demanda do “Sou da Paz”, o Pará tem controle de quantos homicídios esclarece. “Precisamos destacar esse ponto positivo, embora o Pará ainda tenha uma longa caminhada pela frente. Ficou à frente de pelo menos 15 Estados no quesito transparência”, disse em entrevista por telefone,  a gerente do “Sou da Paz”, Stephanie Morin.

Sobre a posição do Pará no ranking, Stephanie destaca que ele revela a necessidade de “aperfeiçoar o sistema de Justiça do Estado”.
Quando respondeu ao questionário do Instituto, o governo do Pará, ainda na gestão passada, informou que  159
delegados de polícia, investigadores, escrivães e papiloscopistas solicitaram aposentadoria em 2016, levando à diminuição do quadro de policiais
civis.  A meta era ocupar essas vagas e aumentar o efetivo em 20% até 2018.

Segundo o relatório, o Pará era o segundo Estado brasileiro com pior proporção entre policiais civis e habitantes, contando com um policial civil para cada 3.078 habitantes.
No relatório, o Instituto diz que é  essencial que o Plano Plurianual, que aponta as prioridades para investimento, inclua as contratações para a Polícia Civil e técnico cientifica, além da “realização de Ações da Polícia Judiciária, executada pela Polícia Civil, e o investimento no serviço de perícia que trabalha diretamente com a polícia judiciária no processo de investigação criminal”.

A secretaria de Seguranca Pública e o Tribunal de Justica do Estado foram procurados, mas ainda não comentaram os resultados do estudo.

Por:Rita Soares | Conexão AMZ

Envie vídeos, fotos e sugestões de pauta para a redação do JFP (JORNAL FOLHA DO PROGRESSO) Telefones: WhatsApp (93) 98404 6835- (93) 98117 7649.

“Informação publicada é informação pública. Porém, para chegar até você, um grupo de pessoas trabalhou para isso. Seja ético. Copiou? Informe a fonte.”
Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro) -Site: WWW.folhadoprogresso.com.br   E-mail:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br e/ou e-mail: adeciopiran_12345@hotmail.com

%d blogueiros gostam disto: