Ronaldinho riu de ato racista de político mexicano, diz companheiro do Querétaro

Ronaldinho Gaúcho não quis criar uma polêmica em cima do ato racista que sofreu de um político mexicano no fim de semana. O lateral Yasser Corona, novo companheiro do craque no Club Querétaro, disse que o brasileiro riu após ser chamado de “macaco” e não deu bola para os comentários racistas de Carlos Manuel Treviño.

Em entrevista ao jornal mexicano “Publimetro”, Corona se mostrou mais indignado com a situação que o próprio meia, a quem já chama de “Dinho”.
– Treinamos hoje (na segunda-feira) com o Dinho e ele somente riu. Ele disse que já havia passado por experiência como essa em outras partes do mundo e que não dá nada. Levou da melhor maneira possível – afirmou o jogador, que publicou fotos com Ronaldinho nas suas redes sociais, feliz por tê-lo como seu companheiro nos Gallos Brancos.
O jogador disse que sentia raiva e nojo com a atitude do político, porque o México “é um país mestiço” e “não poderia ser racista”, segundo suas palavras ao diário.

– Nos causou muita repulsa que num país tão mestiço como o México alguém possa discriminar e ter atos racistas. A verdade é que isso realmente nos surpreendeu, nos causou muita raiva, nojo e irritação. Nós queríamos dizer que não vamos permitir isso no México. Nenhum jogador quer que o México seja conhecido por ser um país racista. Claramente, devemos pôr fim o mais rápido possível e que isso não volte a acontecer – afirmou Corona.

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Outro companheiro de Ronaldinho, o brasileiro William da Silva também lamentou o ocorrido.

– Essas coisas nos deixam tristes. O que devemos fazer é pensar da melhor maneira como lidar com isso. Ronaldo está tranquilo e nós também – disse William.

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No dia da apresentação oficial de Ronaldinho, na sexta-feira, Carlos Trevino reclamou no Facebook sobre o trânsito da cidade de Querétaro, que parou porque o craque era apresentado no Estádio Corregidora.

“Trato de ser tolerante, porém detesto futebol, e o fenômeno idiotizante que produz… Detesto ainda mais porque as pessoas estorvam e inundam as avenidas para fazer com que se demore duas horas para chegar em casa… E tudo para ver um macaco… Brasileiro, mas ainda macaco. Isso já é um circo ridículo”, disse o político.

Após a polêmica, ele usou o Twitter para pedir desculpas ao jogador e ao Querétaro, justamente quando o presidente do seu partido afirmou que o expulsaria e ainda faria uma denúncia contra ele. O órgão oficial do México contra a descriminação abriu investigação para apurar a responsabilidade criminal do político, que foi secretário de Desenvolvimento Social de Querétaro. No país, crime de racismo pode ser punido com prisão.

Fonte: EXTRA.

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