Saiba quem é Emanuel Pinheiro, prefeito de Cuiabá que foi afastado do cargo por suspeita de participar de organização criminosa

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Emanuel Pinheiro (MDB) está no segundo mandato como prefeito de Cuiabá — Foto: Prefeitura de Cuiabá

Ele começou a carreira política aos 18 anos. Além do suposto envolvimento em organização voltada para contratações irregulares na Saúde, ele já foi investigado por recebimento de propina, em 2017, e citado em esquema de fraude na compra de medicamento.

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), afastado da função nesta terça-feira (19) por suposto esquema de fraudes na saúde, iniciou a carreira política aos 18 anos, quando foi convidado pelo então deputado federal Jonas Pinheiro para trabalhar no gabinete, em Brasília. Aos 23 anos, foi eleito vereador de Cuiabá e, desde então, atua como político na capital mato-grossense.

Emanuel Pinheiro foi eleito deputado estadual por quatro mandatos e, atualmente, está no segundo mandato como prefeito de Cuiabá.

Além do suposto envolvimento em uma organização criminosa voltada para contratações irregulares de servidores temporários na Secretaria Municipal de Saúde, o prefeito já foi investigado por recebimento de propina, em 2017, quando ainda era deputado estadual, e citado em esquema de fraude na compra de medicamento.

Carreira política
18 anos – Trabalhou no gabinete do então deputado federal Jonas Pinheiro
21 anos – Coordenador da campanha de reeleição de Jonas Pinheiro
23 anos – Eleito o vereador mais jovem da história de Cuiabá
27 anos – Reeleito para o segundo mandato como vereador
29 anos – Eleito para o cargo de deputado estadual
33 anos – Reeleito deputado estadual
39 anos – Eleito presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT) de Cuiabá
40 anos – Assumiu o comando da antiga Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos (SMTU), hoje Mobilidade Urbana
43 anos – Coordenador da campanha eleitoral da reeleição ao Governo/MT de Blairo Maggi e a de Wellington Fagundes a deputado federal
45 anos – Eleito novamente ao cargo de deputado estadual
49 anos – Reeleito para o 4° mandato como deputado estadual
51 anos – Eleito prefeito de Cuiabá
55 anos – Reeleito como prefeito de Cuiabá

Recebimento de propina

A investigação contra Emanuel Pinheiro sobre suposto recebimento de propina foi aberta em novembro de 2017 depois dele aparecer em um vídeo recebendo maços de dinheiro e os colocando nos bolsos do paletó.

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As imagens foram entregues pelo ex-governador Silval Barbosa ao Ministério Público Federal (MPF). As gravações foram feitas pelo então chefe de gabinete, Silvio Cesar, que era quem entregava o dinheiro. De acordo com o ex-governador, os valores pagos eram de esquemas de propina no estado.

À época, o prefeito negou que tenha feito algo ilícito durante o mandato como deputado.

CPI dos medicamentos

O prefeito também foi citado em uma denúncia feita pela ex-secretária de Saúde de Cuiabá, Elizeth Lúcia Araújo, em julho deste ano, de que o município pagava por um medicamento e pedia para a empresa entregar outro.

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Medicamentos, ela disse que encontrou um sistema fraudulento de compra de medicamentos, onde a empresa contratada faturava um item, mas entregava outros. Ela também revelou ameaças feitas pelo representante da empresa e boicote interno dentro da secretaria por tentar cortar o esquema ilegal.

Além disso, ela acusou o prefeito Emanuel Pinheiro de não lhe dar respaldo em suas ações.

Por meio de nota, à época, a Prefeitura de Cuiabá afirmou que Emanuel Pinheiro apoia e considera necessária a investigação para que as falhas sejam sanadas, já que o problema se arrasta há décadas, e que “considera a fala da ex-secretária estranha e irresponsável sem nenhum compromisso com a verdade”.

Contratações irregulares na Saúde

A decisão que afastou o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, nesta terça-feira (19), é decorrente de investigação de suposta organização criminosa voltada para contratações irregulares de servidores temporários na Secretaria Municipal de Saúde, que, em sua maioria, teria sido realizada para atender interesses políticos do chefe do Poder Executivo.
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O ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, afirmou que o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) lhe disse que a contratação de servidores da saúde era ‘canhão político’ no município.

Em nota, ele disse que recebeu a decisão com surpresa e que, posteriormente, irá se manifestar à população e imprensa. “Reitera que está à disposição das autoridades competentes e vai colaborar para o pronto esclarecimento dos fatos”.

Ainda durante a operação, o chefe de gabinete da prefeitura, Antônio Monreal Neto, foi preso temporariamente.

Operação Capistrum

Na operação deflagrada nesta terça pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária Civil, foram cumpridos mandados de busca e apreensão e sequestro de bens contra o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, e a mulher dele, Márcia Aparecida Kuhn Pinheiro.

Além do prefeito, são alvos da operação a secretária-adjunta de Governo e Assuntos Estratégicos, Ivone de Souza e o chefe de gabinete, Antônio Monreal Neto. Todos foram afastados de suas funções, e o chefe de gabinete foi preso temporariamente. Os pedidos de busca e apreensão e de sequestro de bens também atingem o ex-coordenador de Gestão de Pessoas da prefeitura, Ricardo Aparecido Ribeiro.

Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), as medidas foram solicitadas de forma cautelar após investigações apontarem indícios de ilegalidades na Secretaria Municipal de Saúde.

Por Kessillen Lopes, g1 MT

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