Santarém – Aumento de vítimas de acidentes de trânsito esgota capacidade do HMS

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É bastante delicada a atual situação do Complexo Hospitalar que compreende o Hospital Municipal de Santarém (HMS) e o Pronto Socorro Municipal (PSM). O aumento gigantesco da demanda por atendimento nas citadas unidades de saúde, é fruto do elevado índices de acidentes de trânsitos.

Uma verdadeira epidemia tomou conta da cidade. De cada três pacientes que são atendidos, pelo menos dois são provenientes de acidentes de trânsito, principalmente de condutores e passageiros de motocicletas.

“Tem aumentado assustadoramente o aumento de vítimas de acidentes de carro e moto, não só de Santarém, mas também de outros municípios. Nos três últimos finais de semanas chegaram muitos pacientes acidentados, e com isso tem aumentado muito a demanda do atendimento de urgência e emergência do Pronto Socorro Municipal de Santarém. Como aumenta a demanda de atendimentos, aumenta a necessidade de mais medicação, maior número de exames, tanto de Raio-X, quanto de tomografia, e exames laboratoriais, e a gente está administrando a situação com as condições que nós estamos tendo no momento, com tanta crise econômica e financeira que o País está enfrentando. Todos os pacientes estão sendo atendidos, os procedimentos estão sendo realizados. Temos as dificuldades sim, no entanto, não estamos deixando de atender, e estamos prestando a assistência devida à todos os pacientes”, informa Glayton Rodrigues, Diretor do HMS.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), dependendo da gravidade de cada paciente que dá entrada no Hospital Municipal, o custo para atendê-lo gira em torno de R$ 5 mil a R$ 25 mil. As vítimas com quadro clínico de menor gravidade, aguardam a cirurgia eletiva (tratamento não urgente) em casa.

Ainda de acordo com a Semsa, o período de internação no PSM para cada paciente acidentado é em média entre 60 a 90 dias. Os pacientes de média e alta complexidade são encaminhados para o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA). Esse procedimento é feito por regulação e depende da disponibilidade de leitos do HRBA.

Segundo a Direção do HMS, atualmente estão disponibilizados 325 leitos. Destes, pelo menos 100 são ocupados por vítimas graves de acidentes que são encaminhadas para procedimentos cirúrgicos, principalmente de tíbia, fíbula e fêmur.

Outra questão quem tem dificultado o atendimento satisfatório no HMS é fato de que pacientes que precisam realizar hemodiálise, tenham que ficar internados ocupando leitos.

“Então, nós temos hoje um número muito acrescido de pacientes que estão internados dentro do HMS, que fazem hemodiálise no 4º turno. Esses pacientes ficam internados para fazer hemodiálise. Tem um número de gente muito grande, existe uma grande demanda também de pacientes que ficam morando praticamente dentro do hospital para fazer suas sessões de diálise”, explica Glayton Rodrigues.

CONSCIÊNCIA E FISCALIZAÇÃO: Quando falamos no trânsito santareno, existe uma forte relação entre essas duas palavras, ambas estão em falta. Por parte dos condutores a consciência na condução dos veículos e no cumprimento da legislação de trânsito. Quanto à fiscalização, ela é infinitamente menor do que o necessário. Infelizmente, o grande número de acidentes é fruto para falta de uma fiscalização efetiva. No último ano os dados demonstram que o dinheiro economizado pela prefeitura de Santarém, pela não realização do convênio com a Polícia Militar (Ptran) – que realizava a fiscalização, fortalecendo as ações dos agentes de trânsito da SMT-, deixou uma trágica marca. Uma economia ignorante, que como consequência afetou milhares de famílias. Não há dúvidas de que essa decisão equivocada contribuiu em muito para o quadro atual.

Por: Edmundo Baía Júnior
Fonte: RG 15/O Impacto
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