Secretaria de Educação cancela desfiles da Semana da Pátria em Alenque

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Crise financeira e greve dos professores desmotivou escolas. Professores não recebem há quase quatro meses.
whatsapp-image-2018-08-01-at-12.17.01Professores em Alenquer entraram em greve no dia 1º de agosto em razão do não pagamento de seus salários (Foto: Sintepp Alenquer/Divulgação)

Em comunicado emitido no dia 21 de agosto de 2018, à Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Alenquer, no oeste do Pará, informa à população que não realizará neste ano os desfiles tradicionais da Semana da Pátria.

Os motivos alegados pelo secretário de Educação, Adivanildo Lucena Pereira, são a crise financeira vivenciada pela Semed e o movimento grevista dos trabalhadores da rede municipal de educação, iniciado no dia 1º de agosto em razão do não pagamento de seus salários.

Ainda de acordo com o comunicado, a Semed fez uma consulta prévia junto às escolas das redes estadual e municipal, e somente duas instituições estaduais manifestaram interesse em participar dos desfiles cívicos.

Os pais dos alunos lamentam, mas apoiam a decisão das escolas porque são conhecedores da grave situação que os professores e demais servidores da educação vem atravessando com os sucessivos atrasos no pagamento de seus salários.

Segundo informações do Sintepp, há profissionais em educação lotados na zona urbana de Alenquer que não recebem salários há três meses. Na zona rural, a situação é ainda pior, há professores com quatro meses de salários em atraso.

Devido à falta de dinheiro e também de crédito no comércio local para comprar comida, professores já foram às ruas de Alenquer com uma campanha de arrecadação de alimentos. No dia 23 de agosto, a Igreja Assembleia de Deus fez uma doação de 100 cestas básicas ao Sintepp para serem destinadas aos professores da rede municipal.

O Sintepp informou ao G1, que já chega a R$ 15 milhões o valor em salários atrasados. A Prefeitura diz que não tem dinheiro para pagar. Os profissionais afirmam que só retornam as atividades quando receberem os salários.

Os trabalhadores em educação aguardam para a segunda quinzena de setembro uma audiência pública com a participação do MP para tentar solucionar a situação.

Fonte: G1 Santarem/Pa

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