Segurança ou ataque à privacidade: a monitorização no século XXI

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As câmaras de vigilância tornaram-se uma constante do quotidiano dos povos ocidentais e isto tem gerado inúmeras questões. Muitas correntes de pensamento questionam se a monitorização é realmente uma questão de segurança e até que ponto esta mina a privacidade. Venha saber mais sobre esta questão.

Para quem vive num país ocidental e tecnologicamente evoluído é quase impossível sair de casa sem que uma câmara de vigilância capte os seus passos e trajetos.
As estradas, as clínicas e hospitais, as escolas, os centros comerciais e até algumas ruas da cidade encontram-se permanentemente vigiadas com recurso a circuitos de vídeo, alegadamente fechado e de uso exclusivo para a segurança da população.
Várias correntes de pensamento filosóficas e muitos estudos sociológicos antigos já previam que o futuro fosse pautado por este tipo de prática. Para alguns deles, isto seria uma potencial ferramenta de controlo por parte de governos, que acabaria por impor, ainda que de forma subentendida, uma norma comportamental.
De facto, alguns dos estudos realizados sobre amostras populacionais demonstram que o comportamento humano pode ser influenciado e modelado através de estruturas de monitorização, já que o indivíduo tende a comportar-se de forma distinta quando sabe que está a ser observado.
Hoje, estas questões estão na ordem do dia e torna-se necessário olhar a realidade do século XXI para questionar a monitorização e o seu papel nas nossas sociedades.

O novo século e a monitorização constante

Sejam os Governos ou os nosso pares, a realidade é esta: existe, hoje, uma necessidade de olhar o outro e de expor uma parte de nós.
Enquanto que países como a China se lançam em propostas como o crédito social chinês, que tem sido largamente acusado de pôr em causa os direitos humanos, a mídia social leva cada um de nós a adotar comportamentos que servem, igualmente, de limites para a nossa individualidade e a nossa liberdade.
A constante necessidade de nos vermos e de nos mostrarmos ao outro faz com que exista uma possibilidade maior do que nunca de invadir o espaço pessoal de cada um, reduzindo a sua privacidade e alargando, de forma pública, aquilo que deveria ser uma fronteira do eu.
Ataque à privacidade ou segurança

Além de tudo o que voluntariamente se expõe, existe também um vasto leque de informação que é recolhida de cada indivíduo através dos sistemas de monitorização.
Ainda que não sejam tão fechados como a proposta chinesa, os vários dispositivos colocados nos espaços públicos cumprem, já, um fator limitante da ação humana, na medida em que é através destes mecanismos que se garante a segurança de espaços comerciais e se regula o trânsito.
Embora se alegue a questão da segurança de todos os indivíduos como argumento para a colocação destes dispositivos, a verdade é que os efeitos efetivos que estes podem ter sobre a ação humana e a limitação da mesma estão ainda a ser estudados.
Assim, torna-se necessário questionar as várias possibilidades e medir quais os benefícios e desvantagens inerentes à monitorização.

Por:cene produtora/Eduardo Cavalcante

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