Sem alarde, Câmara cria 14.419 cargos federais, quase quatro vezes o que Temer prometeu cortar

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Trem da alegria Sem fazer alarde, a Câmara aprovou a criação de 14.419 cargos federais — quase quatro vezes os 4.000 postos comissionados que Michel Temer prometeu ceifar neste ano. A autorização passou batida até por deputados. Ela estava no projeto de lei que concedeu aumento a servidores da Suframa, aprovado em meio aos reajustes salariais que trarão impacto de R$ 58 bilhões às contas públicas. Além de passar pelo Senado, será necessário realizar concursos para preencher os postos.

Tudo e todos Dentre os cargos aprovados, a maior parcela é de técnicos administrativos em educação — são 4.732. Há, inclusive, 52 postos no Instituto Brasileiro de Museus e 516 analistas para o Comando do Exército.

Depois de amanhã O governo federal indicou aos sócios da Vale que quer substituir Murilo Ferreira, presidente da companhia, logo após a votação do impeachment.

Lá fora Chamado para uma conversa com Temer no sábado (21), Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, expôs, segundo palacianos, o sentimento do banco e de outros controladores da mineradora: uma troca repercutiria mal em Wall Street.

Minha jazida Sócios defendem que Ferreira conclua o mandato (2017) e lamentam que o PMDB tenha poder de mexer em uma empresa do porte da Vale. Antônio Andrade, vice-governador de Minas Gerais, esteve com Temer esta semana tratando do caso.

Climão Parlamentares definiram uma senha para cessar conversas potencialmente embaraçosas. Quando um colega envereda por um assunto espinhoso, o outro comenta: “É… Pauderney”.
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Lançou moda A brincadeira faz referência ao comentário lacônico de Renan Calheiros às acusações de Sérgio Machado contra o deputado Pauderney Avelino.

Help O ministro Geddel Vieira Lima nomeou Mariângela Fialek para tocar a agenda legislativa do governo. A chegada da advogada, que trabalhou com Romero Jucá e Eunício Oliveira, foi bem recebida no Congresso.

Ah, tá O senador Romero Jucá (PMDB-RR) jura que não é ministro à paisana. Afirma só tratar de temas econômicos como presidente do PMDB.

Troca de guarda José Antônio Pitombo e Fernanda Tórtima se juntarão à equipe de defesa de Eduardo Cunha no STF. Os dois advogam para Sérgio Machado e seu filho, delatores da Lava Jato.

Eu não A interlocutores Cunha nega qualquer intenção de buscar delação premiada. Mas um aliado observa: “Se em algum momento decidir, o time já estará pronto”. Antônio Fernando de Souza, ex-procurador-geral, será seu parecerista.

Enrolão A revista “Piauí” que chega às bancas nesta sexta conta como Delcídio do Amaral irritou a força-tarefa e arriscou melar sua delação. “Se a gente for no Google, pega mais coisa do que o senhor está dizendo”, reagiu um procurador da Lava Jato.

Lucidez Na noite do impeachment na Câmara, o ex-senador já havia tomado quatro doses de uísque e fumado um charuto quando disse à revista: “Fui ficando cada vez mais poderoso, entendeu? E, porra, uma cochilada com um moleque e eu me fodi!”.
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Pra frente Celso Russomanno demonstra preocupação com o desenrolar de seu processo no STF, mas não quer renunciar à eleição municipal de SP. O deputado Marcelo Squassoni acaba de ser escolhido como coordenador de sua campanha.

Protesto sem fim A Associação de Moradores de Alto de Pinheiros, onde mora Michel Temer, pediu à subprefeitura, à PM e à CET que modifiquem o trânsito na região. Por causa dos protestos contra o presidente interino, as ruas vivem fechadas.

Marcação A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia de SP questionará formalmente o governo Alckmin sobre avanços na apuração de casos de abuso policial. Carlos Bezerra Jr. (PSDB) liderará comitiva de deputados à Secretaria de Segurança.

TIROTEIO

Nas pesquisas, estou entre Marcelo Crivella e Flávio Bolsonaro. Costumo dizer que estou entre a cruz e a espada.

DE MARCELO FREIXO (PSOL), deputado estadual e pré-candidato à Prefeitura do Rio, sobre os rivais do PRB e do PSC no pleito municipal.

CONTRAPONTO

Desbravando o Planalto

O ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures, assessor do gabinete pessoal do presidente interino Michel Temer, chamou o deputado Beto Mansur (PRB-SP) para uma conversa no Palácio do Planalto.
Na hora de dar as coordenadas ao parlamentar, disse:
— Fico na sala que era do Giles — referindo-se ao assessor especial da presidente afastada Dilma Rousseff.
Beto Mansur, que compunha a base da petista na Câmara até às vésperas do impeachment e é primeiro-secretário da Casa, respondeu:
— Saber isso não adianta nada pra mim… Giles nunca me chamou para audiência!

Por ESTADÃO

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