Sem compromisso -Belém é a capital brasileira do sexo só pelo prazer

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Foto: Oswaldo Forte (O Liberal)-Belém é a capital do País onde as pessoas mais fazem sexo só por atração, ou seja, sem envolvimento amoroso. Chega a 38,5% a parcela de homens e mulheres belenenses que admitem o hábito de sexo eventual.
Em São Paulo, por exemplo, o índice de pessoas que dizem topar ir para a cama com alguém apenas por desejo físico é bem inferior, 27,4%, o menor do País. Não por acaso, é na capital paraense onde os habitantes mais têm medo de contrair uma doença sexualmente transmissível (54%) e que mais se preocupam com o uso de preservativo nas relações sexuais (36,5%).

Esses e outros dados foram obtidos pela pesquisa Mosaico 2.0, que, pela segunda vez, traçou um perfil da sexualidade dos brasileiros. Foram entrevistadas 3.000 pessoas dos 18 aos 70 anos de idade de sete regiões metropolitanas do País (São Paulo, Rio, Salvador, Porto Alegre, Belém, Belo Horizonte e Distrito Federal).

O estudo é conduzido pela psiquiatra sexóloga Carmita Abdo, coordenadora do ProSex (Projeto Sexualidade) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, e apoiado pela farmacêutica Pfizer, para marcar os 18 anos do lançamento do Viagra, medicamento para disfunção erétil.

Segundo Carmita Abdo, os resultados ajudam a compreender o perfil contemporâneo dos belenenses nos aspectos da sexualidade e da afetividade. “Esses três dados que colocam Belém no topo estão correlacionados, ou seja, uma coisa leva a outra. O fato do sexo ser feito por atração, meramente, acaba nos levando a pensar que a falta de conhecimento entre as pessoas não estabeleceu um grau de confiança a ponto de ser prescindido o uso do preservativo. Consequentemente, passa a ter muita preocupação com a aquisição de uma doença sexualmente transmissível”, avalia a sexóloga.

“Esse estudo nos leva a abrir essas perspectivas de pensar em cada cidade o que seria mais interessante de conhecer e de se aprofundar. Com certeza esses três itens de Belém associados devem ser, daqui pra frente, sem dúvida, mais aprofundados através de estudos específicos”, completa.

Para efeito de comparação, em todas as capitais pesquisadas o maior medo em relação ao sexo para os homens e mulheres é não satisfazer o parceiro. No Distrito Federal e em Porto Alegre, esses percentuais chegam a 52% e 50,3%, respectivamente. Belém aparece em último, com uma preocupação de 47% dos entrevistados de não ter uma boa performance na cama. Já o temor de contrair uma DST, alcança a maioria dos entrevistados apenas em Belém (54%). No Rio de Janeiro, em segundo lugar nesse quesito, o índice é seis pontos percentuais a menos: 48%.

Apesar de ser mais intenso em Belém, o sexo apenas pela atração física, sem necessidade de um compromisso, tem aumentado consideravelmente em todo o País e segue uma tendência mundial. Carmita anota que essa evolução está diretamente associada às mudanças na sexualidade feminina. Ela explica que nos últimos oito anos os índices masculinos de sexo exclusivo por atração praticamente se manteve (76,4%). Em compensação, as respostas das mulheres que admitem fazer saltaram de 43%, em 2008, para 57,1% esse ano.

“De oito anos para cá, observamos que muitas mulheres passaram a separar o que é erótico e o que é afeto. Se isso é bom ou não, não estamos aqui fazendo um juízo de valor. Mas essa mudança apresenta uma forma de relacionamento que tem se tornado cada vez mais habitual, do sexo fortuito, totalmente desvinculado de uma continuidade. Antigamente, para se fazer sexo, tinha necessariamente que ter um relacionamento com uma pessoa e esse ato representava uma intimidade conquistada ao longo do tempo. Hoje, existe cada vez menos essa relação entre sexo e intimidade”, anota.
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Por: O Liberal
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