Servidores do Ibama em Santarém exigiam propina de empresas.

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Justiça federal também afastou dois servidores do órgão acusados de receber dinheiro para favorecer madeireiras

Um servidor do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foi preso e dois foram afastados das funções no órgão durante a operação Lupa II. A ação foi deflagrada pela Polícia Federal e Ministério Público Federal no Pará (MPF), em Santarém, nesta quinta-feira (13).

Os servidores são acusados de receber propina de donos de madeireiras embargadas para que as empresas voltassem a funcionar. A fraude foi descoberta a partir de uma investigação que durou quase um ano.

As próprias madeireiras denunciaram o esquema ao MPF. Segundo o delegado da PF em Santarém, Ricardo Rodrigues, os servidores agiam criando dificuldades para a liberação das empresas. Havia, então, uma abordagem aos representantes das madeireiras em que os funcionários pediam dinheiro para fazer a liberação. Rodrigues informou que a operação resultou somente em uma prisão porque no entendimento do juiz que expediu os mandados da operação só havia indícios suficientes de recebimento de dinheiro por parte deste servidor.

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‘Ele emitia pareceres e pedia o dinheiro. A participação dos outros foi um pouco nebulosa. Uma servidora, por exemplo, não teve contato com ninguém, era basicamente uma conjuntura do outro servidor. Não há prova direta contra a servidora afastada, mas por cautela, o juiz entendeu que deveria ser afastada’, explicou.

Além da prisão e do afastamento dos servidores, os policiais federais apreenderam laptops, pen drives, telefones celulares e documentos relacionados ao Ibama. O material apreendido foi encaminhado para perícia. O servidor preso foi encaminhado para o presídio de Santarém.

A primeira fase da operação Lupa foi deflagrada em 2014, em parceria com o Ibama e teve como objetivo o combate à corrupção. A ação teve como resultado a intervenção do órgão por 30 dias para auditoria de processos administrativos. Na primeira fase também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em residências de servidores e no próprio instituto.

Por ORM NEWS
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