Sespa combate o capacitismo no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

Termo é usado para descrever a discriminação e opressão contra pessoas com deficiência.

No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, comemorado nesta quinta-feira (03), a Secretaria de Estado de Saúde Pública, por meio das Coordenações Estaduais de Políticas para o Autismo e da Pessoa com Deficiência, chama a atenção para um assunto que precisa ser conhecido e debatido pela sociedade paraense: o capacitismo, termo usado para descrever a discriminação e opressão contra pessoas com deficiência, que vai desde a acessibilidade até a forma como a sociedade trata essas pessoas.

Foto: Ascom / Sespa
Foto: Ascom / Sespa

A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em outubro de 1992, em comemoração ao término da década 1983/1992. A partir de então, anualmente, é estimulada uma reflexão sobre os direitos da pessoa com deficiência em âmbito mundial.

Os principais objetivos são conscientizar a sociedade para a igualdade de oportunidades a todos os cidadãos; promover os direitos humanos; conscientizar a população sobre assuntos de deficiência; celebrar as conquistas da pessoa com deficiência e pensar a inclusão desse segmento na sociedade, para que ele influencie os programas e políticas que o afetem.

Segundo a terapeuta ocupacional e assessora de Políticas para o Autismo da Sespa, Paloma Mendes, o capacitismo abrange qualquer forma de preconceito social contra pessoas com deficiência, seja ela deficiência física, visual, auditiva, intelectual, de aprendizagem, entre outras. “Geralmente podem ser vistos em comentários aparentemente inocentes ou julgamentos conscientes com intenção de ofender ou prejudicar a pessoa com deficiência”, afirmou.

Sobre o fato de esse assunto ainda ser pouco conhecido e comentado, Paloma Mendes disse que falar sobre capacitismo é também falar da necessidade de mudança e conscientização, algo subvalorizado na sociedade pelo fato de achar desnecessário problematizações sobre o tema. “Além disso, à medida que as legislações, conceitos, terminologias avançam, a sociedade também precisa acompanhar, mudando de atitudes e de abordagens para que a pessoa com deficiência não encontre barreiras além de físicas, estruturais e atitudinais”, explicou.

Olhar comum – O estudante de Direito, Renan Fonseca, de 22 anos, que foi diagnosticado com autismo aos 12 anos, disse que sofreu muito preconceito e discriminação nas escolas e estabelecimentos, pois havia sido diagnosticado como hiperativo aos três anos.

Foto: Ascom / Sespa
Foto: Ascom / Sespa

“Superei tudo isso lutando para que as pessoas me olhassem com um olhar comum. Eu falo isso, porque eu sofri um capacitismo muito pesado, me chamaram de doido, jogavam bolinha e colavam rabinho nas minhas costas. Falaram que eu não iria avançar, não iria evoluir, que não iria ser nada e eu acabei tendo uma evolução muito grande, ultrapassei por barreiras e barreiras”, relatou. “E a minha mensagem no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência é que devemos lutar pelos nossos direitos porque com fé e esperança dias melhores virão. Quanto mais informação, menor preconceito. Em tempos difíceis, a luta não pode parar”, afirmou Renan Fonseca.

Ações educativas – Acreditando que a luta pela conscientização e redução do preconceito é diária, a Sespa programou algumas ações alusivas o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, como forma de intensificar as discussões sobre o tema. “Neste ano, a programação de valorização da pessoa com deficiência contará com ações internas na Sespa e outros órgãos estaduais voltadas aos servidores sobre os assuntos: capacitismo, inclusão e pessoa com deficiência e lives sobre a temática para o público em geral”.

Além disso, utilizando placas educativas que serão afixadas em diversos locais e cards para redes sociais, a Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo também quer chamar a atenção para que mais pessoas evitem atitudes discriminatórias. Um dos cards, por exemplo, traz as seguintes frases de alerta: “Não estigmatize pessoas com deficiência”, “Não utilize termos pejorativos”, “Não infatilize pessoas com deficiência”, “Não aponte ou encare pessoas com deficiência na rua” e “Não se aproveite de vagas e recursos como filas preferenciais”.

 
Foto: Reprodução/ Internet
Fonte: Roberta Vilanova (SESPA)

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