‘Só Surubinha de Leve’ é retirado do Spotify e do Deezer

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Funk de MC Diguinho recebeu reações negativas nas redes sociais por fazer apologia ao estupro

O funk “Só Surubinha de Leve” foi retirado de todas as plataformas de streaming após internautas denunciarem a canção do MC Diguinho por apologia ao estupro. A música, que, antes da exclusão, liderava a lista das músicas virais do Spotify brasileiro, virou alvo de críticas por conta da letra que sugere “tacar” bebida em mulheres, transar e abandoná-las na rua. “Taca a bebida/ depois taca a pica/ e abandona na rua”, repete o refrão do funk, que traz ainda o crédito de DJ Selminho.

Em nota, o Spotify disse que a distribuidora da música foi informada dos pedidos para que o funk de Diguinho fosse retirado. “Informamos que contatamos a distribuidora da música ‘Só Surubinha de Leve’ a respeito do ocorrido e fomos informados que a faixa será retirada da plataforma nas próximas horas, uma vez que o tema foi trazido à nossa atenção”, disse, em comunicado, a assessoria de imprensa da plataforma.

O Spotify explicou que “Só Surubinha de Leve” está atualmente no Top Viral no Brasil devido ao grande número de reproduções nos últimos dias. Por lá, a música tinha sido reproduzida mais de 1,2 milhão de vezes.

Apesar de ser retirada dos serviços de streaming, MC Diguinho lançaria no YouTube (onde o vídeo com o áudio somou 14 milhões de visualizações em um mês), o clipe da música.

Conteúdo ofensivo. A polêmica em torno da música cresceu nos últimos dias nas redes sociais. Internautas moveram uma campanha para que a canção fosse retirada dos serviços de streaming por conta do conteúdo ofensivo. Versões como resposta ao funk de MC Diguinho foram divulgados nas redes.

A principal queixa foi da paraibana Yasmin Formiga, 20. A estudante de artes visuais publicou uma foto na qual aparece com uma maquiagem como se tivesse sido violentada, carregando um cartaz com o polêmico trecho. “Sua música ajuda para que as raízes da cultura do estupro se estendam. Sua música aumenta a misoginia. Sua música aumenta os dados de feminicídio. Sua música machuca um ser humano. Sua música gera um trauma. Sua música gera a próxima desculpa. Sua música tira mais uma. Sua música é baixa ao ponto de me tornar um objeto despejado na rua”, escreveu. A publicação feita na segunda-feira tinha atingido mais de 30 mil curtidas e mais de 123 mil compartilhamentos na tarde de ontem.

No Deezer, outra plataforma de streaming popular no Brasil, a música também foi retirada do catálogo. “Estamos em processo de análise de outros conteúdos para tomar as providências cabíveis”, afirmou a empresa. O YouTube não havia se posicionado sobre a campanha até o fechamento desta edição.

Após a polêmica, Diguinho fechou sua conta no Instagram e no Twitter, onde, nos últimos dias, o artista divulgava trechos da gravação do clipe.

“Vai Faz a Fila”. Outra das faixas virais também tem sido alvo de críticas, ainda que em menor escala. “Vai Faz a Fila”, de MC Denny, aparece em 30º lugar com letra que descreve sexo não consensual. “Vou socar na tua b… sem parar/ e se você pedir pra mim parar, não vou parar/ porque você que resolveu vir pra base transar/ então vem cá, se você quer, você vai aguentar”, diz um trecho. Em outro trecho, o funkeiro afirma que a mulher terá que fazer fila para “f… com 3, com 6, 16, sei lá”.

Ambos os artistas são produzidos pela GR6 Eventos. Diguinho, Denny e GR6 não responderam aos pedidos de contato da reportagem.

Segundo a assessoria de imprensa do Spotify, são as gravadoras e distribuidoras que abastecem o catálogo da plataforma e, devido ao volume diário de novas faixas, não é possível estabelecer um controle prévio.

Fonte: O Tempo.
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