Socorristas do Corpo de Bombeiros visitam menino atacado por tigre

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Os dois socorristas foram os primeiros a prestar atendimento ao garoto.
Ele teve o braço amputado e segue internado em Cascavel, no Paraná.

Os dois socorristas do Corpo de Bombeiros, que prestaram atendimento ao menino que foi atacado por um tigre no Zoológico de Cascavel, no oeste do Paraná, visitaram a criança no Hospital Universitário (HU) na terça-feira (5). “A gente se abraçou, chorou junto, mas é um choro de alegria, de emoção da gente saber que ele está bem”, conta Andrade. O menino treve o braço direito amputado na altura do ombro.
Além da visita, que durou aproximadamente 15 minutos, o socorrista José Antonio de Andrade também entregou uma lembrança ao menino. “A minha intenção era incentivar ele a já trabalhar com a mão esquerda, eu dei a ambulância para ele dobrar e dei uma caneta, que ele prometeu que vai escrever com a mão esquerda para mostrar depois para mim”.
De acordo com o diretor clínico do HU, Sérgio Luiz Bader, o garoto precisa passar por alguns exames, além da aprovação de um psiquiatra para receber alta. “Conversei com o pai, conversei com ele, achei que o ‘guri’ está em uma situação extremamente confortável e, lógico, que terá que se recuperar de todo esse trauma, mas a evolução clínica dele é muito satisfatória e também a parte da emocional dele acho que também está desenvolvendo de forma satisfatória”, comentou Bader. Assim que sair do hospital, a criança deve passar por exames no Instituto Médico-Legal (IML).

Os funcionários do zoológico também serão atendidos por uma psicóloga. A intenção da prefeitura é de que esse apoio auxilie os trabalhadores que lidam com os animais a manter a relação de antes do incidente. “Os tratadores têm uma proximidade com o animal, então houve uma comoção entre a equipe e viu-se a necessidade de ter essa conversa, esse acompanhamento para que eles se tranquilizem e a rotina volte ao normal”, diz a diretora de recursos humanos da prefeitura, Vanice Schenfert.
Na terça, o tigre voltou a ser exposto no zoológico. O animal ficou cinco dias isolado como medida preventiva por causa do incidente. Por parte da Polícia Civil, o delegado Denis Merino, que investiga o caso, ouviu o depoimento de quatro funcionários do zoológico também na terça-feira. Até sexta-feira (8), devem prestar depoimento outros funcionários, além de testemunhas e do pai do garoto Marcos do Camo Rocha.

Ataque
O garoto estava em uma área proibida, próximo à jaula do felino na hora do ataque. Ele ficou gravemente ferido e precisou ter o braço direito amputado na altura do ombro. Segundo o hospital, o estado de saúde da criança é estável.
Em entrevista ao Fantástico, o pai do menino, Marcos Carmo Rocha, disse que a primeira coisa que o filho falou depois do acidente foi um pedido para que ele não matasse o tigre. “Sabe o que ele gritou, a primeira hora que ele falou que estava sem o braço? Ele falou assim: ‘não mata o tigre’. Sem o braço! Ele só pensou no tigre em primeiro lugar”. O zoológico já descartou a possibilidade de sacrificar o animal.
Rocha diz que não viu o filho pular a cerca para se aproximar do leão, mas que o viu com o animal e achou a situação tranquila. “Quando eu vi a situação, eu vi que estava sob controle. O leão estava muito tranquilo com ele e as pessoas envolvidas com a situação de certa maneira assim, gostando, eu digo. O leão estava muito manso, eu estava prestando atenção nele, cuidado dele, com o pequeno no colo, mas achei uma situação tranquila”.
O Delegado Denis Merino disse que em depoimento o pai afirmou que não viu o menino perto da jaula. “O pai do menino disse que estava cuidando do outro filho dele, de três anos, que reside aqui em Cascavel, quando o maior, de 11 anos, se desvencilhou e estava nas proximidades. Tão logo ele percebeu que o animal atacou a criança, ele o socorreu”, contou o delegado.
O diretor da Guarda Municipal de Cascavel, Lauri Dallagnol, disse que o guarda patrimonial não viu o garoto na área restrita porque estava fazendo ronda em outro local do zoológico. “Ele estava fazendo ronda no recinto dos macacos. Ele cuida de três recintos, então ele vem, faz a ronda neste local e vai para outro, faz a ronda e volta. Ele só viu a situação depois do fato consumado”, explicou.

Fonte: G1.

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