Surubão de Cascavel: Caso de sexo coletivo em ônibus alerta para danos a adolescentes

Um caso chocante ocorrido em Cascavel, no Paraná, ganhou repercussão nacional após a viralização de um vídeo que mostra seis adolescentes mantendo relações sexuais dentro de um ônibus abandonado.

As imagens, que circularam amplamente nas redes sociais no início de setembro, desencadearam uma série de debates sobre os impactos psicológicos e sociais da exposição de menores em conteúdos explícitos, além de levantar preocupações sobre a cultura digital entre jovens. A matéria também foi publicada pelo portal Metrópoles.

Embora a identidade da adolescente de 14 anos que aparece no vídeo tenha sido mantida sob sigilo, suas redes sociais foram descobertas por internautas, resultando em um aumento de mais de 60 mil seguidores em seus perfis.

A divulgação de imagens sexuais envolvendo menores é considerada crime, mas isso não impediu que usuários da internet solicitassem acesso ao conteúdo por meio de comentários em publicações online. O caso, conhecido nas redes como “5 x 1”, também inspirou a circulação de outros vídeos com temática semelhante em diferentes regiões, todos envolvendo adolescentes.

A psicóloga Fabrícia Barros, especialista em adolescência e parentalidade, analisou o fenômeno em entrevista. “A juventude atual cresceu conectada, exposta a modelos que reforçam a ideia de que visibilidade é valor. Então, quando um vídeo viraliza e a pessoa ganha milhares de seguidores, isso pode ser interpretado como um tipo de ‘recompensa social’, mesmo que o conteúdo envolva exposição ou constrangimento”, alertou. Ela destacou que a busca por pertencimento, validação e visibilidade, necessidades comuns na adolescência, pode estar por trás desse comportamento.

Barros também apontou que a lógica do “quanto mais choca, mais engaja” influencia a forma como os adolescentes percebem seus próprios limites. “Sem orientação, eles confundem visibilidade com reconhecimento, e isso é perigoso”, afirmou. A especialista enfatizou a urgência de ensinar jovens a refletirem sobre suas ações, a cultura digital em que estão inseridos e o valor que possuem para além das curtidas nas redes sociais.

Danos psicológicos graves e duradouros

A exposição pública de adolescentes em situações íntimas, como no caso do vídeo, pode gerar consequências psicológicas sérias, segundo a psicóloga. “Estamos falando de pessoas em pleno desenvolvimento da identidade; serem identificados e associados a um vídeo viral pode gerar sentimentos de vergonha, humilhação, culpa e medo, além de afetar a forma como se enxergam e se relacionam socialmente”, explicou. Esses sentimentos, conforme Barros, podem desencadear quadros de ansiedade, depressão, isolamento social, automutilação e até ideação suicida.

A especialista também alertou para a permanência do conteúdo na internet. “O mais preocupante é que, mesmo com o passar do tempo, ‘a internet não esquece’. O conteúdo pode continuar sendo compartilhado anos depois, funcionando como uma ferida que nunca cicatriza totalmente, uma marca na história desses jovens”, destacou.

Investigação policial e desdobramentos

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) iniciou uma investigação assim que o vídeo começou a circular. Após apurações, foi descartada a possibilidade de estupro de vulnerável, constatando-se que os adolescentes participaram da relação de forma consentida. No entanto, a responsável pela divulgação do vídeo, uma adolescente que não participou do ato sexual, foi identificada. Ela responderá criminalmente por compartilhar conteúdo pornográfico envolvendo menores, crime que prevê pena de reclusão de três a seis anos e multa.

O inquérito policial foi concluído na semana passada e encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MPPR) para as medidas cabíveis. O caso reforça a necessidade de maior conscientização sobre os riscos da exposição de menores na internet e os impactos de longo prazo que ações impulsivas podem causar na vida de jovens em formação.

 

Fonte: Ver o Fato e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 07/10/15:31:00

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