O que se sabe até agora do acidente de avião que matou Teori Zavascki

(Imagem da aeronave na qual viajava o ministro Teori. © Pedro Gorab) – Avião King Air C90GT levando o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Teori Zavascki, e mais quatro pessoas caiu nesta quinta-feira no litoral sul do Rio de Janeiro. Veja o que se sabe até agora sobre o incidente.

Qual era a rota do voo?

A aeronave partiu às 13h01 da quinta-feira, do aeroporto do Campo de Marte, em São Paulo, com destino ao pequeno aeroporto de Paraty, um trajeto de menos de uma hora. Os bombeiros receberam o alerta da queda às 14h15 a dois quilômetros do aeroporto da cidade fluminense.

Quem viajava na aeronave?

No avião, viajava o empresário Carlos Alberto Fernandes, 69, dono dos hotéis Emiliano e proprietário da aeronave, o ministro Teori Zavascki, 69, o piloto, Osmar Rodrigues, 56, e mais duas mulheres. As identidades delas foram as últimas a serem confirmadas por razões desconhecidas. Tratava-se da jovem Maíra Lidiane Panas, de 23 anos, que prestava serviço a Carlos Alberto, que passava por tratamento no ciático, segundo informou o grupo empresarial, e a mãe dela, Maria Ilda Panas, de 55 anos, professora da rede infantil em Juína (MT).

Por que o piloto empreendeu a viagem se as condições de tempo em Paraty não eram favoráveis?

Não há como saber se o piloto tinha conhecimento das condições meteorológicas no seu destino e houve relatos de que o tempo piorou consideravelmente no momento do acidente, com fortes pancadas de chuva. Segundo o site G1, por se tratar de aeroporto pequeno, o pobto de pouso de Paraty não emite boletim de informações meteorológicas, motivo pelo qual ao decolar do Campo de Marte, o comandante não tinha como saber as condições no litoral fluminense no momento da aterrissagem. No momento da queda chovia bastante no local.

Quais as características do aeroporto de Paraty?

Assim como em Angra dos Reis, o pouso das aeronaves em Paraty é visual, ou seja, o piloto tem apenas o que enxerga como elemento para decidir suas manobras na aterrissagem. O aeroporto de Paraty, resumido basicamente a uma pista de aterrissagem, não conta com radares nem com a infraestrutura tecnológica que permite os aviões aterrissarem orientados por radiofrequência, que guia ao piloto sobre a altitude, inclinação e velocidade antes da aterrissagem. A existência desses instrumentos é crucial quando a visibilidade, horizontal e vertical, é ruim. Sem visibilidade os pilotos devem abortar a aterrissagem.

Houve sobreviventes?

Os cinco ocupantes do avião morreram e seus corpos já foram resgatados durante a madrugada e a manhã da sexta-feira e foram encaminhados ao Instituto Médico Legal de Angra dos Reis (RJ). A jovem do grupo, Maíra Panas, no entanto, sobreviveu, sim, ao impacto da queda, mas acabou morrendo afogada. Segundo diversos testemunhos recolhidos pela imprensa, Maíra pediu auxílio de dentro do avião, alertando que não estaria aguentando mais. Os bombeiros tentaram durante vários minutos perfurar, sem sucesso, a fuselagem do aparelho. Quando conseguiram introduzir um tubo de oxigênio no interior da aeronave, uns 40 minutos depois segundo conta a revista Veja, já era tarde demais.

Quais eram as características da aeronave?

O avião, um King Air C90GT, da fabricante norte-americana Hawker Beechcraft, contava com dois motores e tinha capacidade para sete pessoas. A Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac) informa em seu site que a situação do avião estava em ordem.

A aeronave tinha caixa-preta?

Em um primeiro momento a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que a aeronave não tinha caixa preta, considerada fundamental para esclarecer as causas de acidentes aéreos, mas ela foi encontrada na tarde desta sexta-feira. O avião, pelas suas características, não está obrigado a possuir uma caixa preta, mas o proprietário tem a opção de instalá-la. De acordo com a FAB, o gravador de voz será encaminhado para leitura no Laboratório de Análise e Leitura de Dados de Gravadores de Voo (Labdata), do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), em Brasília.

Quem vai investigar o acidente ?

Uma investigação “séria” e “transparente” foi cobrada depois do acidente de dentro e fora do Brasil. O Cenipa é o responsável pelas investigações que envolvem acidentes aéreos no Brasil, mas a Polícia Federal, com uma equipe especializada, e o Ministério Público Federal (MPF) em Angra dos Reis já abriram inquéritos para esclarecer os motivos da tragédia. A procuradora da República Cristina Nascimento de Melo, responsável pela investigação em Angra dos Reis, solicitou documentos relativos à manutenção da aeronave e pediu à Anac e ao Comando da Aeronáutica as gravações das conversas entre a torres de controle e o piloto.
Por EL PAÍS María Martín
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Parente afirma que mãe e filha de MT embarcaram no avião

Duas mulheres de Mato Grosso – mãe e filha – podem estar entre as vítimas da tragédia ocorrida no início da tarde desta quinta-feira (19), que vitimou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavaski.
As vítimas seriam a professora Maria Hilda Panas e sua filha, Maíra Panas. As duas são de Juína (735 Km a noroeste de Cuiabá).

Maíra Panas
Maíra Panas

Maíra Panas é massoterapeuta do empresário Carlos Alberto Fernandes Filgueiras, dono do Hotel Emiliano, uma das vítimas do acidente.
Conforme o jornal Folha de S. Paulo, o corpo de uma das mulheres que estavam no avião já foi levado ao IML (Instituto Médico Legal) de Angra dos Reis (RJ), onde deve ser reconhecido por parentes.
As buscas pelas vítimas foram encerradas na madrugada desta sexta-feira (20) e retomadas logo no início da manhã. Os mergulhadores ainda tentam resgatar outros dois corpos.
Ao MidiaNews, o genro e cunhado de Maria Hilda e Maíra Panas, Heriton Guarienti, afirmou que os familiares têm quase certeza que as duas mulheres que estavam na aeronave são mesmo elas.

Maíra Panas é de Júina, mas morava há dois anos em São Paulo; viagem para Paraty foi presente

Ele explicou que a sogra havia viajado de Juína para São Paulo para comemorar o aniversário da filha Maíra, que mora na capital paulista há dois anos.

“Minha esposa [irmã e filha das supostas vítimas] está muito abalada com a notícia. O último contato que a gente teve com elas foi um pouco antes de embarcar no avião. Depois não tivemos mais notícias. Então tudo indica que são elas, sim”, disse.

O familiar diz que a viagem para Paraty foi um presente de Carlos Filgueiras para comemorar o aniversário de Maria Hilda.

“Ela foi passar o aniversário com a filha em São Paulo e o dono do hotel quis presenteá-la, bancando a viagem das duas a Paraty. Foi um presente”, contou.

Heriton ainda diz que os parentes estão aguardando o Corpo de Bombeiros encerrar o resgate para providenciar a ida dele e da esposa ao local para fazer confirmação dos corpos.

Tristeza

Mesmo sem a confirmação oficial de que Maria Hilda e Maíra estão entre as vítimas, nas redes sociais, amigos e familiares já lamentam a tragédia.

“Descanse em paz. Vivemos tantas coisas, tantos momentos, brigamos muito, mas rimos muito mais!!!  […] Vivemos uma vida como era para ser vivida. Que Deus lhe acolha, fará muita falta. Descanse em paz. Serás sempre a minha companheira de Dança”, escreveu o amigo, Rodrigo Busnelo Cigerza, que ainda postou uma foto ao lado de Maíra.

“Inacreditável”, lamentou Roseli Cardoso.

A irmã de Maria também deixou uma mensagem em uma foto de sua sobrinha: “Triste realidade. Minha irmã Maria Hilda Panas e sobrinha Maira Maíra Panas. Coração partido”, escreveu, Rose Panas.

Ainda em sua página pessoal a jovem demonstrava muita paixão por viajar.

Por Midia News
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