Flotilha inicia viagem do Equador ao Brasil para denunciar exploração florestal

Foto:© Lusa | Representantes de comunidades da América do Sul iniciaram uma jornada de 3 mil quilômetros pelo rio Amazonas até Belém, exigindo o fim da exploração na floresta e denunciando a violência contra povos indígenas. O grupo participará da COP30 para cobrar ações climáticas concretas

Uma flotilha com representantes de povos indígenas de diferentes partes do mundo partiu nesta quinta-feira (16) de El Coca, no Equador, com destino a Belém do Pará, no Brasil. O grupo navegará pelo rio Amazonas para exigir o fim das atividades extrativistas que ameaçam o bioma, como a mineração ilegal, a extração de petróleo e o desmatamento.

Batizada de Yuka Mama, que significa “Mãe Água” na língua quíchua, a expedição reúne cerca de 50 pessoas que percorrerão mais de 3 mil quilômetros até a cidade-sede da COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, marcada para novembro. O trajeto inclui paradas em comunidades da Colômbia, Peru e Brasil, com intercâmbios culturais e encontros com povos indígenas locais para debater a preservação dos territórios amazônicos.

De acordo com os organizadores, a viagem simboliza um funeral da era dos combustíveis fósseis, que teria devastado a Amazônia ao longo das últimas décadas. A ação também denuncia o que chamam de falsas soluções da transição energética global, que, segundo os participantes, continuam a impor projetos extrativistas sobre terras indígenas.

Os líderes da flotilha defendem uma transição energética justa e vinculante e cobram o cumprimento de acordos climáticos internacionais já assinados. Eles destacam que os povos indígenas são responsáveis pela gestão de cerca de um quarto da superfície terrestre, preservando 37% das áreas naturais intactas do planeta e um terço das florestas globais.

O que mostramos é que não somos apenas defensores dos nossos territórios. Somos guardiões de um equilíbrio planetário que protege toda a humanidade, afirmaram os representantes indígenas em comunicado.

A iniciativa também chama atenção para a crescente violência contra defensores ambientais na região. Segundo o relatório mais recente da organização Global Witness, publicado em 2024, mais de 2.200 ambientalistas foram assassinados ou desapareceram entre 2012 e 2024, e 40% das vítimas eram indígenas.

 

Fonte: Notícias ao Minuto e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 17/10/2025/12:36:14

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Amazônia abriga 55 milhões de árvores gigantes, revela pesquisa

Foto: Reprodução | Tecnologia LiDAR mapeou árvores com mais de 60 metros de altura, que representam cerca de 0.001% do total de árvores

Um estudo divulgado na terça-feira (14) pela revista britânica New Phytologist revelou, pela primeira vez, onde estão as maiores árvores da Amazônia. Com mais de 60 metros de altura, essas gigantes ajudam a manter o equilíbrio da floresta, armazenam carbono e são fundamentais para a biodiversidade.

O artigo, intitulado “Mapping the density of giant trees in the Amazon”, ou traduzido do inglês “Mapeando a densidade de árvores gigantes na Amazônia”, foi liderado pela Universidade do Estado do Amapá (Ueap) e realizado por uma equipe ampla de pesquisadores de outras instituições nacionais e internacionais.

O foco principal foi mapear e modelar a densidade de árvores gigantes em toda a Amazônia brasileira. Para isso, os cientistas utilizaram dados de sensoriamento remoto por LiDAR (Light Detection and Ranging), coletados entre 2016 e 2018 em 900 áreas da floresta, cada uma com cerca de 3,75 km².

Esses dados foram combinados com 16 variáveis ambientais, como clima, relevo, solo, incidência de raios e ventos, para construir um modelo de floresta aleatória (Random Forest), uma técnica de inteligência artificial que permite prever padrões com alta precisão.

Os resultados mostram que a distribuição dessas árvores é desigual: cerca de 14% estão concentradas em apenas 1% da área da Amazônia.

As maiores densidades foram encontradas em Roraima e do Escudo das Guianas — que inclui parte do estado do Amapá — onde há alta disponibilidade de água e baixa incidência de raios e ventos fortes.

Segundo Robson Lima Borges, pesquisador da Ueap, o estudo reforça como poucas árvores gigantes podem concentrar grandes estoques de biomassa e carbono acima do solo, o que as torna peças-chave no equilíbrio ecológico da floresta.

“O artigo é um importante desdobramento das pesquisas nossas sobre as árvores gigantes. Em especial, nossa pesquisa traz um importante insight que é sobre como poucas árvores grandes podem impactar diretamente os maiores estoques de biomassa e carbono acima do solo”, informou o pesquisador.

O estado do Amapá teve papel importante na pesquisa. Instituições como a Ueap e o Instituto Federal do Amapá (Ifap) participaram ativamente do estudo. Parte dos voos com sensores LiDAR foi realizada sobre áreas do Amapá, contribuindo para o mapeamento da vegetação local.

Com grande cobertura vegetal e baixa taxa de desmatamento, o território amapaense se destaca como uma das regiões com maior potencial de conservação da floresta, segundo o artigo.

O estudo identificou que fatores como temperatura amena, boa luminosidade, solo com alta retenção de água e baixa frequência de distúrbios naturais favorecem o crescimento das árvores gigantes. Já eventos extremos, como secas prolongadas, ventanias e descargas elétricas, aumentam a mortalidade dessas espécies.

O artigo científico está disponível na versão inglesa no site da revista New Phytologist.

 

Fonte: Debate Carajas e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 16/10/2025/15:29:15

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Operação Boiuna inutiliza 277 dragas e causa impacto de R$ 1,08 bilhão ao garimpo ilegal, no Amazonas

Foto:Polícia Federal | Operação ocorreu em Manicoré/AM e Humaitá AM, incluindo o leito principal e braços do RioMadeira, entre os dias 10 e 24 de setembro

A Polícia Federal, sob coordenação do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI), concluiu a Operação Boiúna, voltada ao combate à mineração ilegal de ouro no leito do Rio Madeira.

A ação ocorreu entre os dias 10 e 24 de setembro de 2025 e contou com apoio da Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Rodoviária Federal, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e CENSIPAM.

Durante a operação, foram inutilizadas 277 dragas, usadas na extração ilegal de ouro, totalizando prejuízo direto de R$ 38 milhões às estruturas criminosas, conforme constatado por laudos periciais técnicos.

Os valores do impacto da operação consideram:

•             Prejuízo patrimonial com a destruição dos equipamentos;

•             Valor do ouro extraído ilegalmente nos últimos sete meses;

•             Danos socioambientais acumulados na região;

•             Lucros cessantes estimados pela interrupção da atividade ilegal.

Além das ações repressivas, a operação incluiu medidas sociais e ambientais. Em 18/9, equipes da Polícia Federal visitaram a comunidade ribeirinha de Democracia, em Manicoré, com apoio do Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho.

Foram coletadas amostras de cabelo, água e material biológico para análise do impacto do mercúrio sobre a saúde das populações expostas. Tão logo os estudos sejam concluídos, serão divulgados oficialmente.

Foto:Reprodução
Foto:Reprodução

Levantamento recente do Greenpeace Brasil identificou mais de 500 balsas de garimpo ilegal operando no Rio Madeira, inclusive em áreas próximas a unidades de conservação e terras indígenas, reforçando a necessidade de ações contínuas de enfrentamento ao avanço da atividade criminosa.

 

Fonte:  Polícia Federal e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 24/09/2025/15:57:20

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ONU confirma presença de 140 países na COP30 em Belém

ONU confirma a presença de delegações de 140 países para a COP30, em Belém. | Raphael Luz/Agência Pará

Helder Barbalho, Governador do Pará, anunciou a confirmação pelas redes sociais na tarde desta sexta-feira (12).

Amenos de dois meses do início da COP30, a Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou oficialmente a participação de delegações de 140 países no evento climático, que será realizado em Belém. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (12) pelo governador Helder Barbalho, por meio das redes sociais.

“A ONU acaba de confirmar a presença de delegações de 140 países para a COP30, em Belém. Outras confirmações estão a caminho. A capital da Amazônia está de portas abertas para o mundo, superando toda forma de preconceito contra o Norte do Brasil. Viva a COP da Floresta!”, escreveu o governador.

https://twitter.com/helderbarbalho/status/1966598459349197021?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1966598459349197021%7Ctwgr%5Ed312b1a9641cf10c36dc79087824b6b25b8138b4%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fdol.com.br%2Fnoticias%2Fpara%2F923128%2Fonu-confirma-presenca-de-140-paises-na-cop30-em-belem

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas será realizada em novembro e deve reunir cerca de 50 mil pessoas na capital paraense, entre chefes de Estado, lideranças indígenas, cientistas, ambientalistas e representantes da sociedade civil.

O prefeito de Belém, Igor Normando, também celebrou a confirmação das delegações feita pela ONU. “Isso mostra a força da floresta, a força da capital da Amazônia e a certeza de que vamos fazer um evento extraordinário, Nós vamos fazer com que essa seja a COP das COPs, e que o Brasil e o mundo possam conhecer a Amazônia e o povo da Amazônia”, afirmou através das redes sociais.

Infraestrutura e hospedagem foram desafios iniciais

Desde que Belém foi anunciada como sede da conferência, um dos principais pontos de preocupação era a capacidade da capital paraense de receber um evento de tamanha magnitude. Questões relacionadas à infraestrutura urbana e aos altos preços de hospedagem chegaram a gerar críticas e incertezas.

Contudo, segundo os organizadores da COP30, a cidade já conta com mais de 53 mil leitos disponíveis. Em julho, o governo lançou uma plataforma com 2,7 mil quartos coletivos e 2,5 mil quartos individuais voltados especialmente para os 196 países participantes, com prioridade para os Países Menos Desenvolvidos e Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento.

O presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, também já havia rebatido os questionamentos sobre a capacidade da cidade de sediar o encontro internacional. “Belém é uma cidade incrível e é o lugar certo para fazer a COP30. Eu sempre manifestei isso. Então, o governo está atuando muito, de maneira muito firme, para que todos os países possam participar da COP. O presidente Lula quer que seja uma COP super inclusiva, que é o perfil do Brasil. Mas nós temos que encontrar uma maneira para que eles venham”, afirmou Corrêa do Lago, em entrevista concedida em agosto.

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Com a confirmação da ONU, Belém consolida a posição como epicentro das discussões globais sobre o clima. Esta será a primeira vez que a Conferência do Clima será realizada na região amazônica, dando ainda mais visibilidade aos debates sobre preservação ambiental, justiça climática e o papel das florestas tropicais no combate às mudanças climáticas.

Fonte: DOL/Jornal Folha do Progresso e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 13/09/2025/06:39:38

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‘Corremos o maior risco que o planeta já enfrentou desde que existimos como civilização’, diz Carlos Nobre

O cientista Carlos Nobre — Foto: Gabriel Reis/Valor

Um dos mais respeitados cientistas climáticos do mundo, Carlos Nobre alerta que a humanidade vive uma corrida contra o tempo contra o aumento da temperatura global

Um dos mais respeitados cientistas climáticos do mundo, Carlos Nobre dedica-se há décadas ao estudo da Amazônia e das mudanças climáticas. Pesquisador sênior do Instituto de Estudos Avançados da USP e copresidente do Painel Científico para a Amazônia, ele foi o primeiro a alertar para o risco de a Floresta Amazônica se tornar uma savana. Nesta entrevista, Nobre alerta que a humanidade vive uma corrida contra o tempo: com a temperatura global já tendo ultrapassado 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, o cientista traça cenários sombrios — e aponta a bioeconomia como um camininho que pode salvar a Amazônia e o planeta.

O senhor afirma que a humanidade vive o maior desafio de sua história. Em que se constitui o desafio?

Nós corremos o maior risco que o planeta já enfrentou desde que existimos como civilização. Por quase dois anos, a temperatura passou de 1,5°C acima do período pré-industrial. A última vez que houve uma crise climática desse nível foi no último período interglacial, há 120 mil a 130 mil anos. Só existiam alguns milhões de humanos então, na África equatorial. Era um fenômeno natural.

Agora esse aquecimento é totalmente responsabilidade nossa. Jogamos gases de efeito estufa na atmosfera com a queima de combustíveis fósseis, o desmatamento, a agropecuária, a indústria, resíduos. É o Antropoceno.

Por que esse aumento é tão perigoso?

O máximo que reduziremos até 2030 nas emissões de gases do efeito estufa será 3%. Se fizermos isso e só zerarmos as emissões em 2050, vamos passar de 2°. Nesse nível, ondas de calor, chuvas excessivas, secas, incêndios florestais — acontecerão com mais frequência.

Estamos próximos do ponto de não retorno da Amazônia?

Muito próximos. Em 40 a 45 anos, a estação seca já se prolongou em quatro a cinco semanas. Se continuar assim, em duas ou três décadas, teremos seis meses de estação seca. Não se mantém floresta nessas condições. Na década de 1990, a Amazônia removia até 1,5 bilhão de toneladas de gás carbônico por ano. Agora está na faixa de 200 a 300 milhões de toneladas. Antes, tínhamos uma seca severa a cada 20 anos. Agora tivemos quatro secas super severas: 2005, 2010, 2015-2016 e a maior seca da história da Amazônia em 2023-2024. No ano passado tivemos recorde de fogo na floresta. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostraram que mais de 85% dos incêndios foram causados por humanos. Como o desmatamento caiu muito — mais de 50% de redução em 2023 e 2024 — agora o crime organizado está usando o fogo para desmatar.

Quais seriam as maiores oportunidades de transformação no Brasil?

O Brasil tem a maior biodiversidade do mundo. De 18% a 20% de todas as espécies conhecidas estão nos biomas brasileiros. Mas só 0,4% do PIB brasileiro vem de produtos da biodiversidade amazônica. A grande oportunidade do Brasil é uma nova bioeconomia da sociobiodiversidade. Valorizar nossa biodiversidade, manter nossos biomas, usar modernas tecnologias. Temos condição de restaurar a Amazônia, o Cerrado.

Não basta manter o que temos, precisa restaurar?

Restaurar! O governo brasileiro lançou na COP28 o Arco da Restauração: restaurar 240 mil km² de todo o sul da Amazônia. Doações para comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas. Empréstimo de 1% de juros ao ano para o setor privado fazer grande restauração. Hoje, restaurando a floresta, você ganha muito mais que pecuária ou soja, pelo valor do mercado de carbono.

Por que é tão difícil aplicar essas questões na prática?

Globalmente, o setor econômico mais negacionista sobre mudança climática é o agronegócio. No Brasil também. Esse setor quer continuar escondendo. Ele não quer admitir que, se continuar assim, até ele vai ser muito prejudicado. Se passar dos pontos de não retorno, o Brasil vai deixar de ser um grande produtor agrícola. Mais de 50% do Cerrado vai virar Caatinga, com produtividade baixa. Metade da Caatinga vira semideserto. A Amazônia vai ficar uma savana super degradada. Precisamos convencê-los que o risco climático é muito grande para eles.

O que esperar da COP30?

No G20 no Rio, o presidente Lula brilhantemente disse que todos os países têm que chegar a emissões líquidas zero até 2040, não mais 2045. Que a COP30 seja onde se fale: vamos zerar as emissões em 2040. O embaixador André Corrêa do Lago está trazendo o desafio de conseguir o Fundo Verde Clima de US$ 1,3 trilhão. Esse é um desafio global. E convencer a China, que é o maior emissor hoje, a liderar essa busca. China, Brasil, Índia, Rússia, países europeus têm que acelerar.

Teria algum motivo para otimismo?

Vejo otimismo porque os jovens do mundo inteiro estão muito preocupados. Eu, vivendo 85-90 anos num país tropical, vou experimentar 15-20 ondas de calor. Um bebê que nasce agora, se a temperatura passar de 2°C, vivendo 90 anos, vai experimentar 60-80 ondas de calor.

Se atingirmos 2,5°C até 2050, explodiremos vários pontos de não retorno. Acelera o descongelamento do permafrost (solo congelado) da Sibéria, norte do Canadá, Alasca. Até 2100, vamos jogar mais de 200 bilhões de toneladas do permafrost – principalmente metano. Só a Amazônia e o permafrost vão para 500 bilhões de toneladas. Impossível baixar a temperatura depois. Podemos chegar a 3-4ºC em 2100, o que torna toda a região equatorial inabitável. O Rio de Janeiro fica inabitável por 120-150 dias ao ano. Se chegamos a 3-4°C em 2100, começamos a liberar metano do fundo dos oceanos. Se isso acontecer, chegamos a 8-10°C em 2150. Só o Polo Norte, Polo Sul e topo dos Alpes, Andes e Himalaias serão habitáveis.

Tivemos seis extinções em massa de espécies. Todas foram fenômenos naturais. Essa seria a primeira extinção em massa causada por uma espécie.

 

Fonte: André Duchiade  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 28/07/2025/15:20:48

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Na Amazônia, o São João é perfumado: conheça a tradição do banho de cheiro que atrai amor, sorte e prosperidade

Banho de Cheiro é tradição no São João em Belém — Foto: TV Liberal/Reprodução

Entre rezas e essências da floresta, paraenses celebram o santo junino com cheiros que prometem abrir caminhos.

No dia 24 de junho, quando São João é celebrado em todo o Brasil como o santo dos pedidos amorosos e casamentos prometidos, a Amazônia resgata uma tradição que perfuma o corpo e fortalece o espírito. Em Belém do Pará, a festa junina também passa pela pele — com o banho de cheiro, ritual ancestral feito com ervas da floresta e sabedoria popular.

Banho de Cheiro é tradição no São João em Belém — Foto: TV Liberal/Reprodução
Banho de Cheiro é tradição no São João em Belém — Foto: TV Liberal/Reprodução

A prática, que atravessa gerações e carrega influências indígenas, caboclas e africanas, ganha força nesta época do ano e se espalha especialmente pelo Ver-o-Peso, a maior feira a céu aberto da América Latina e símbolo vivo da cultura paraense. Entre aromas de ervas frescas e essências naturais, as barracas se enchem de fregueses em busca de sorte, proteção, limpeza espiritual — e, claro, amor.

Enquanto o casamento simbólico é destaque em outras festas juninas, na Amazônia os pedidos vão além. São mais de 50 tipos de banhos, com nomes como abre-caminho, atrai-amor, chega-te-a-mim, sai-azar e dinheiro no bolso. Cada um preparado com um mix específico de folhas, raízes e intenções.

“Cada planta tem uma força. E quem prepara o banho com fé, sabe que ele limpa a alma, protege e atrai coisa boa”, explica dona Beth Cheirosinha, erveira que há mais de 50 anos mantém a tradição no Ver-o-Peso.

Cheiro, fé e floresta

O banho de cheiro é montado com ingredientes como arruda, manjericão, alecrim, jasmim, patchouli, alfazema e a típica priprioca — uma raiz amazônica de perfume terroso e poderoso. As misturas são feitas com água morna ou álcool de cereais, às vezes com toques florais ou cítricos, e acompanhadas de instruções precisas: o melhor horário do dia, a oração ideal, a forma de aplicar.

A movimentação nas barracas aumenta na véspera e no dia de São João. Em poucos minutos, a feira se transforma num grande corredor de aromas. Famílias inteiras compram seus banhos já preparados ou levam as ervas para fazer em casa, seguindo as receitas ensinadas por mães, avós e vizinhas.

“Tem banho pra atrair cliente, pra tirar cansaço, pra acalmar criança. É a floresta ensinando como viver melhor”, comenta uma das erveiras, entre um maço de folhas verdes e garrafas de essência artesanal.

Banho de Cheiro é tradição no São João em Belém — Foto: TV Liberal/Reprodução
Banho de Cheiro é tradição no São João em Belém — Foto: TV Liberal/Reprodução

Tradição viva, identidade forte

O banho de cheiro é mais que um costume: é um símbolo de identidade, resistência e fé. Ele carrega o saber das mulheres que aprenderam a reconhecer o poder de cada folha, e traduz o modo como a cultura amazônica se relaciona com a natureza — não como cenário, mas como fonte de cura, proteção e renovação.

Alguidá, espécie de bacia de barro, com o banho antes de ser engarrafado: folhas, paus, cipós e essêsncias diversas compõem a mistura. — Foto: G1
Alguidá, espécie de bacia de barro, com o banho antes de ser engarrafado: folhas, paus, cipós e essêsncias diversas compõem a mistura. — Foto: G1

Além do São João, o banho é também ritual comum em datas como o Círio de Nazaré e a virada do ano, ou em momentos pessoais de recomeço. Mas no 24 de junho, ele ganha um brilho especial. É o dia em que o santo casamenteiro encontra as rezas da floresta. É quando tradição e perfume se unem para celebrar o que há de mais profundo: o desejo de viver bem.

 

Fonte:g1 Pará — Belém e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 25/06/2025/07:00:29

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Fóssil de tartaruga gigante de 13 milhões de anos é descoberto na Amazônia; veja fotos

Pesquisadores encontram fóssil raro de tartaruga gigante na Amazônia. (Arquivo do Laboratório de Paleontologia da Ufac)

O animal, da espécie Stupendemys geographicus, foi localizado às margens do Rio Acre e será levado para estudo na Universidade Federal do Acre (Ufac).

Pesquisadores descobriram um fóssil raro e bem preservado de uma tartaruga gigante que habitou a região amazônica há cerca de 13 milhões de anos. O achado ocorreu às margens do Rio Acre, na comunidade de Boca dos Patos, localizada no município de Assis Brasil, interior do Acre, próximo à divisa com o Peru.

A espécie identificada é a Stupendemys geographicus, uma tartaruga pré-histórica considerada uma das maiores que já existiu. O animal viveu durante o período Mioceno, que compreende uma era geológica entre 23 milhões e 5,3 milhões de anos atrás. O fóssil foi encontrado como parte das ações da Iniciativa Amazônia+10, que reúne pesquisadores voltados à paleontologia e história natural da região.

De acordo com os cientistas, a espécie provavelmente habitou áreas do que hoje corresponde ao norte da América do Sul, entre 13 e 7 milhões de anos atrás. O fóssil está em boas condições de preservação e deverá ser levado para análise detalhada na Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco.

Pesquisadores encontram fóssil raro de tartaruga gigante na Amazônia. (Arquivo Pessoal/Professor Edson Guilherme)
Pesquisadores encontram fóssil raro de tartaruga gigante na Amazônia. (Arquivo Pessoal/Professor Edson Guilherme)

Atualmente, o material está em um acampamento montado próximo ao local da descoberta. O transporte até a capital acreana tem enfrentado dificuldades logísticas. O trajeto entre a área urbana e o ponto de escavação pode durar até cinco horas, com trechos realizados de barco e carro. Uma tentativa de remoção com caminhonete no último fim de semana não teve sucesso devido ao tamanho e peso do fóssil. A equipe agora aguarda um caminhão da universidade para efetuar o transporte.

Fonte: DOL e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 25/06/2025/08:05:04

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COP30: com redução de 55% no desmatamento, Pará leva resultado inédito

(Foto: Reprodução) – Dados do INPE confirmam a maior queda proporcional da década na Amazônia Legal

O Pará reduziu em 55% a área desmatada entre 2021 e 2024, segundo dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) — de 5.238 km² para 2.362 km².

Trata-se da maior queda em área dos últimos anos na Amazônia Legal, resultado de uma estratégia combinada de repressão a crimes ambientais, tecnologia de monitoramento e políticas públicas que estimulam a mudança de uso dos recursos do solo e da floresta.

A curva de desaceleração se manteve firme em 2024, com uma queda de 28,4% na taxa anual de desmatamento.

O estado também reduziu a participação nos alertas da Amazônia Legal: de 31% (2024) para 17% (2025), o menor índice em anos recentes (no acumulado entre agosto a maio, ano Prodes 2025: 38% e 29%).

“Essa redução não é retórica. É resultado de uma presença constante do Estado onde antes só havia omissão. Estamos mostrando que é possível proteger a floresta e gerar desenvolvimento sustentável com base em resultados”, afirma o governador Helder Barbalho.
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Monitoramento, fiscalização e políticas públicas conectadas

Os números são sustentados por iniciativas articuladas no Plano Estadual Amazônia Agora, que reúne programas como o Plano de Bioeconomia (PlanBio), o sistema jurisdicional de REDD+, Regulariza Pará, o Plano de Recuperação da Vegetação Nativa, a política de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), entre outros.

Esse pacote de ações conecta comando e controle ambiental com alternativas econômicas viáveis para os territórios mais pressionados pelo avanço da destruição, reforçando a lógica de valorização da floresta viva.

Curupira: repressão em campo com presença permanente

A Operação Curupira é uma das âncoras da estratégia paraense no enfrentamento ao desmatamento.

Com bases fixas em São Félix do Xingu, Novo Progresso e Uruará — regiões historicamente marcadas pela pressão ambiental —, a operação atua de forma integrada com as forças de segurança pública e promove ações contínuas de fiscalização e repressão a ilícitos.

“A implementação da Operação Curupira representou uma inflexão estratégica no enfrentamento aos crimes ambientais na Amazônia, com a intensificação das ações de fiscalização em áreas classificadas como prioritárias devido à elevada pressão por desmatamento”, destaca o secretário de Meio Ambiente, Raul Protázio.

“Os resultados já indicam uma tendência de redução consistente nos índices de desmatamento nessas regiões. Paralelamente, o governo do Estado tem avançado na execução de um conjunto integrado de políticas públicas voltadas ao uso sustentável dos recursos florestais e do solo, promovendo alternativas produtivas viáveis que conciliam desenvolvimento econômico e conservação ambiental”, complementa.

A presença fixa do Estado também provocou queda nos índices de criminalidade nos municípios monitorados.

“Há uma correlação direta entre destruição ambiental e violência. Ao combater o desmatamento, protegemos também a vida das pessoas”, reforça o secretário de Segurança Pública, Ualame Machado.

Combate às queimadas

Para a prevenção e o enfrentamento às queimadas, o Pará lançou no Dia Mundial do Meio Ambiente deste ano o programa estadual “Pará sem Fogo”, uma iniciativa inédita, que amplia a estratégia do Estado a partir de medidas prioritárias.

A partir dos monitoramentos de cenários, a Semas identificou que as florestas estão cada vez mais inflamáveis e criou novas estratégias de atuação.

“Faremos um zoneamento para identificação das áreas prioritárias e, a partir disso, a definição das regiões onde concentraremos a nossa atuação”, explica o secretário.

“Vamos formar também uma estrutura de brigadistas para que façam o combate no local, de forma mais rápida e eficiente, além de garantir todo o equipamento necessário para o combate às queimadas e incêndios florestais, em parceria com o setor privado e com uma rede de órgãos estaduais”, acrescenta.

 

Fonte Metropoles e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 19/06/2025/14:11:45

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Primo de Chico Mendes e de Marina Silva são atacados após operação do ICMBio

Gado sendo detido na Operação Suçuarana, feita pelo ICMBio, na Resex Chico Mendes, no Acre. (Foto: Divulgação/ ICMBio)

Órgão está retirando gado ilegal de áreas da Reserva Extrativista Chico Mendes, a 5ª Unidade de Conservação mais desmatada da Amazônia

Desde 5 de junho, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) deflagrou a Operação Suçuarana, que apreende gado ilegal na Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes, no Acre.

A atuação do órgão gerou manifestações contra o instituto, além de ataques à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ao seringueiro Raimundo Mendes de Barros, conhecido como “Raimundão”, e a Júlio Barbosa, presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS).

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A operação ocorre em propriedades que atuam de forma irregular e têm histórico de desmatamento, incluindo uma área conhecida como Maloca, no sul da Resex. Até esta sexta-feira (13), dois fazendeiros já haviam sido alvo: Josenildo de Souza e Gutierrez Rodrigues. Mais de 300 cabeças de gado foram apreendidas.

“Essa ação visa atingir alvos muito específicos, onde já houve ações reiteradas de notificação para retirada de invasores, de ocupantes irregulares, de retirada de gado. Então, ela tem um caráter educativo. De forma contínua, o ICMBio vem identificando áreas com infrações ambientais, cujos pedidos de retirada de gado não têm sido atendidos”, disse a gerente regional do ICMBio, Carla Lessa.

Já houve ações reiteradas de notificação para retirada de invasores, de ocupantes irregulares, de retirada de gado. Então, ela tem um caráter educativo. De forma contínua, o ICMBio vem identificando áreas com infrações ambientais, cujos pedidos de retirada de gado não têm sido atendidos.

As famílias dos dois fazendeiros vivem na Resex há mais de uma década e são conhecidas nas comunidades. Além da retirada do gado, a operação também determinou que Josenildo deixasse a fazenda, conforme decisão judicial recebida pelo ICMBio.

“Ele não é um beneficiário da Reserva Chico Mendes, ele é um invasor, invadiu a unidade e colocou o gado acima do permitido. Recebeu todo o trâmite administrativo. Ainda assim, um oficial de Justiça foi à casa dele, pediu para ele se retirar e ele ignorou. Dessa vez, veio a medida mais enérgica do Estado”, informou a assessoria de imprensa do órgão federal.

Já Gutierrez, de acordo com a assessoria do ICMBio, permanece na área porque ainda tem um recurso pendente no processo judicial.

Ataques nas redes sociais

Em vídeos publicados nas redes sociais, os fazendeiros aparecem lamentando e chorando a perda do patrimônio, além de pedirem que o ICMBio devolva os animais. As imagens geraram comoção popular e têm incentivado outros fazendeiros a disseminar discursos de ódio na internet.

Esses ataques miram o órgão ambiental e culpam defensores do meio ambiente no estado, como a ministra Marina Silva; Raimundão, defensor ambiental e primo de Chico Mendes; e Júlio Barbosa, presidente do CNS, seringueiro e ex-prefeito de Xapuri, município onde está situada a Resex.

Em um áudio que circula em grupos de WhatsApp, uma mulher não identificada faz ameaças ao seringueiro.

“Eles querem viver a vida deles de malandro, igual ao parente deles. Por isso que morreu o Chico Mendes. Porque a vida deles era curtir preguiça e perseguir a vida dos outros. Portanto, ele chegou até a pegar uma balada nos peitos, ou foi na cara, eu não sei porque não foi no meu tempo. Mas hoje, se ele fosse vivo, talvez a mesma coisa se repetisse, assim como está para se repetir com eles. Porque a vida deles é comprar fiado e não pagar. Por isso, eles não querem trabalhar e ainda perseguem quem trabalha. Pessoal fodido esse do Raimundão”, diz.

O vereador de Xapuri, Alcemir Teodózio (União), foi gravado enquanto conversava com policiais da Força Nacional que atuam na operação, acusando Raimundão de crimes ambientais.

“Não é punindo o Zé (Josenildo) que vai resolver o problema. Punir o Zé é simplesmente enxugar gelo. Então, vai lá no Raimundo, que tem uma serraria. Vamos lá no Júlio Barbosa, que tem uma fazenda na terra deles. Porque são eles que levam daqui pra lá essas questões. Porque são eles os líderes de Marina e Lula”, disse o vereador.

A reportagem também encontrou comentários nas redes sociais com ataques à ministra. “Isso é a Marina se vingando do povo do Acre”, “Esse é o legado de Marina, que criou esses institutos para atrasar o desenvolvimento”, entre outros comentários.

A ministra publicou um post nas redes sociais nesta quinta-feira(12), defendendo a operação. “Importante lembrar que as ações não se dirigem às comunidades extrativistas regulares, legalmente reconhecidas e comprometidas com o uso sustentável da floresta, mas sim a grileiros e criadores de gado irregulares, que vêm expandindo ilegalmente a pecuária na região, gerando desmatamento, degradação ambiental e conflitos sociais”.

A Resex Chico Mendes é a 5ª Unidade de Conservação mais desmatada da Amazônia, com 549 km² desmatados, considerando o período de 2008 a 2024, de acordo com dados do Programa de Monitoramento por Satélite do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Neste ano, o desmatamento chegou a 43,48 km² e supera em 25% o resultado de todo o ano de 2023, quando foram registrados 34,81 km².

‘Não tenho medo’

Em entrevista à InfoAmazonia, Raimundão disse que está de cabeça erguida e que não vai deixar de proteger o território. Ele informou que a família está preparando as provas das ameaças para registrar uma queixa-crime

A queixa-crime é a petição inicial que dá início a uma ação penal privada, proposta diretamente pela vítima ou seu representante legal. Ela é utilizada nos casos em que a lei exige a manifestação da vontade da vítima para que o processo penal seja iniciado. Deve conter a descrição dos fatos, a autoria e o pedido de condenação do acusado.

“Nós criamos as nossas regras para que a gente possa viver dentro da reserva sem devastar. Nós sabemos a importância que isso tem, não só para a sobrevivência, mas também para ajudar no ecossistema, que hoje está ameaçado. Essas populações novas, não todas, mas parte delas, vêm destruindo de várias maneiras, não só fazendo grande desmatamento, mas vendendo as propriedades para gente de fora. E, quando são abordados para não fazer isso, se irritam e acham que estão certos”, diz Raimundão.

Não é a primeira vez que Raimundão é vítima de ataques e ameaças. Na época em que seu primo, Chico Mendes, foi morto, ele já sofria ameaças de morte, estando na linha de frente da defesa da reserva.

“Quando há uma apreensão de animal ou de madeira, os multados ficam nos acusando de sermos nós que denunciamos, e isso e aquilo. Porque a gente, como protagonista dessa luta, permanece dentro da floresta. Eles ficam com raiva e ficam fazendo ameaças”, contou.

O presidente do CNS, Júlio Barbosa, também relatou que está sofrendo ataques nas redes sociais. O CNS estima que existam entre 200 e 300 famílias vivendo ilegalmente no território, com invasões intensificadas a partir de 2016.

“Para trazer a reserva para o ordenamento jurídico legal dela será necessário retirar toda essa gente. Você já imaginou? Nós temos uma situação grave. Nossa posição é de que precisamos defender a integridade física das nossas reservas e garantir o direito das populações tradicionais que, de fato, precisam da reserva para trabalhar”, disse.

Raimundão afirma que há muita teimosia por parte da população em sair. Eles se recusam a deixar o espaço. Esse é um dos motivos da comoção social que os dois fazendeiros estão causando. Existe o receio de que o mesmo aconteça com outros invasores. O ICMBio não revelou quantas outras pessoas devem ser alvo da operação.

Questionado se está com medo das ameaças, Raimundão nega: “se eu tivesse medo, já tinha cavado um buraco e me enterrado”.

Em entrevista à InfoAmazonia, Gutierrez chorou, disse que deseja se regularizar e afirmou que a criação de gado é sua única forma de sustento. Seu rebanho é de 150 cabeças. Ele vende os bezerros a atravessadores — pessoas que compram e depois revendem — e a frigoríficos.

“Ao longo desses anos todos, fomos botando esse roçado. A gente que mora no campo vive disso. Bota um roçado, bota um negócio e vai indo. Tem uma coleçãozinha de gado, entendeu? Porque a gente não sobrevive sozinho. Nós não temos mais castanha. Nós não temos mais borracha. Você não vê mais extrativismo”, diz.

Ele também pediu ajuda da ministra Marina Silva e deseja que a área da Maloca seja retirada da reserva, para ser destinada ao uso de quem já trabalha com gado.

“Estamos pedindo ajuda para a própria Marina vir aqui. Quero que eles [ICMBio] convoquem uma audiência pública, venham aqui, conheçam a realidade. Vejam se alguém vive de extrativismo aqui. Ninguém. Não tem uma pessoa que compre uma geladeira, uma bicicleta, que seja do extrativismo”, disse.

Na Resex, a criação de gado é permitida apenas para subsistência. De acordo com o ICMBio, a quantidade de 150 cabeças ultrapassa o limite permitido. Após a retirada desse rebanho, o órgão destinará os animais a governos e prefeituras para aproveitamento em programas de alimentação em escolas e centros sociais.

A reportagem também conversou com Renata Mayara de Souza, filha de Josenildo, que perdeu seu gado e foi retirado da fazenda. Ela diz que o pai comprou a área já desmatada e pediu tempo para rever as decisões.

“Pedimos a suspensão imediata dessas operações punitivas e que se abra um canal de diálogo entre as autoridades. Queremos soluções, não mais problemas. Acreditamos que o caminho é o diálogo, o respeito às famílias que vivem há décadas na reserva e a busca por uma regularização justa e participativa”, disse.

Eles negam participação em ataques a Raimundão e Júlio Barbosa.

 

Fonte: Gazeta Rondônia – Voz da Terra e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 16/06/2025/14:31:54

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11 municípios do PÁ e 16 estados vão receber brigadas temporárias para combater queimadas

Pará e mais 16 estados vão receber brigadas temporárias para combater queimadas  – (Foto>Reprodução)
Estado recebe reforço para evitar novo aumento de incêndios florestais como ocorreu em 2024

O Governo Federal autorizou o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) a contratar brigadas federais temporárias para atuar em 17 estados. Além do Pará, todos os estados da Amazônia Legal serão atendidos pela medida (Acre, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Maranhão, Rondônia, Roraima e Tocantins).

De acordo com a portaria, os municípios paraenses atendidos serão: Altamira, Belém, Santarém, Itaituba, Moju, Monte Alegre, São Geraldo do Araguaia, Pau D’Arco, Novo Progresso, Oriximiná e Placas.

A estrutura das brigadas depende  da realidade e a complexidade do combate aos incêndios nos municípios, variando de equipes com 15 a 29 brigadistas.

Em 2024, o Pará teve 56.070 focos de queimadas, o que representa uma alta de 34% em relação a 2023. Com isso, o estado liderou o ranking da degradação por meio do uso do fogo no país, com o equivale a 20,1% de todas as ocorrências de incêndios florestais.

Fonte:Jornal Folha do Progresso  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 13/05/2025/10:51:59

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