Governador do Pará, Helder Barbalho publica convite do Rei da Inglaterra para discutir biodiversidade

Governador do Pará Helder Barbalho — Foto: Reprodução / TV Liberal

Convite foi publicado por Helder nas redes sociais nesta segunda-feira (13).

O governador do Pará, Helder Barbalho publicou nas redes sociais nesta segunda-feira (13) um convite do Rei da Inglaterra, Charles III para uma recepção em apoio à ação global sobre biodiversidade, que deve ocorrer no palácio de Buckingham, na próxima sexta (17).

Convite postado por Helder Barbalho nas redes sociais. — Foto: Reprodução / Redes sociais
Convite postado por Helder Barbalho nas redes sociais. — Foto: Reprodução / Redes sociais

O convite foi mencionado durante uma entrevista ao vivo para o programa Conexão GloboNews e também publicado nas redes sociais do governador.

  “Fui convidado pelo Rei Charles lll para uma recepção em apoio à ação global sobre biodiversidade, no palácio de Buckingham. A Amazônia é a região com a maior biodiversidade do planeta, e por isso, é central nesta discussão”, disse em uma postagem na internet.

Publicação de Helder anuncia convite de Charles lll. — Foto: Reprodução / Redes sociais
Publicação de Helder anuncia convite de Charles lll. — Foto: Reprodução / Redes sociais

O g1 Pará procurou a Embaixada Britânica no Brasil, que não se manifestou até a publicação desta matéria.

Anunciado na última terça (7), Helder assinou um decreto de emergência ambiental, que prevê reforço de segurança em 15 municípios onde há garimpo e desmatamento ilegal no Pará.

O período tem prazo de 180 dias nas seguintes cidades: Altamira, Anapu, São Félix do Xingu, Pacajá, Novo Progresso, Itaituba, Portel, Senador José Porfírio, Novo Repartimento, Uruará, Rurópolis, Placas, Trairão, Jacareacanga e Medicilândia.

COP e Belém

Recentemente, o governador também esteve presente na 27ª edição da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27), em Sharm el-Sheikh, no Egito, onde lançou o “Plano Estadual de Bioeconomia”.

A iniciativa busca trabalhar em três eixos centrais: patrimônio cultural e patrimônio genético; cadeias produtivas e negócios sustentáveis; e pesquisa, desenvolvimento e inovação.

Ao assumir a presidência do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal (CAL), em janeiro, Helder afirmou que ia formalizar o interesse da região de sediar a COP 30 em 2025.

O pedido foi oficializado pelo Itamaraty no mesmo mês e confirmado pelo presidente Lula (PT). Assim, a capital paraense é a candidata brasileira. (Com informações de Juliana Bessa — g1 Pará).

Jornal Folha do Progresso em 13/02/2023/16:00:12

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Produtos da Amazônia chegam mais baratos a SP do que ao Pará

Os formuladores de políticas no país líder mundial em biodiversidade continuam míopes ao gigantesco potencial econômico da floresta.(Foto:Reprodução Eco)
Os produtos da sociobiodiversidade são definidos como “bens e serviços” (produtos finais, matérias-primas ou benefícios) gerados a partir de recursos da biodiversidade, voltados à formação de cadeias produtivas de interesse de povos e comunidades tradicionais e de agricultores familiares, que promovam a manutenção e valorização de suas práticas e saberes, e assegurem os direitos decorrentes, gerando renda e promovendo a melhoria de sua qualidade de vida e do ambiente em que vivem”, segundo o PNPSB (Plano Nacional para a Promoção dos Produtos da Sociobiodiversidade). Um plano provavelmente esquecido em alguma gaveta do governo federal.

Dentre eles, a andiroba, o murumuru, buriti, cupuaçu, babaçu, ucuuba, pracaxi, patauá, castanha, açaí e cacau que, juntamente com outras espécies, são os pés que mantém a floresta em pé, suplicando por nossa atenção para mostrar que ela vale muito mais viva do que caída, se soubermos aproveitar seu potencial econômico.

Essas matérias-primas de origem vegetal têm alta demanda de mercado, principalmente pelas industrias cosméticas e farmacêuticas para produção de medicamentos, sabonetes, cremes, xampu e perfumes.

Num país com tamanha concentração de renda e desigualdades regionais como o nosso, as cadeias produtivas da biodiversidade ganham ainda mais importância por envolver também as associações e cooperativas comunitárias, que agregam valor ao processar os frutos e sementes para venda na forma de manteigas, polpas e óleos.

A depender da espécie, se comparada à comercialização dos produtos in natura, pode-se até triplicar as receitas, movimentações financeiras e mobilização de microempreendedores. Das comunidades, a produção pré-beneficiada segue pronta para o processamento final das indústrias, escalando a cadeia como um todo.

Como bem lembra o cientista Carlos Nobre: “Os sistemas agroflorestais com açaí podem render anualmente 200, até 1500 dólares por hectare, enquanto o gado fica em torno de 100 dólares por hectare. O grande potencial do Brasil é o potencial da biodiversidade, aí nos precisamos de uma indústria da biodiversidade, e de uma ciência e tecnologia que desenvolva esse potencial”.

Enfim, é na nossa sociobiodiversidade que está o caminho rumo ao tão falado (e pouco praticado) “desenvolvimento sustentável da (e na) Amazônia”.ICMS-Ilustracao-1024x647

Pena que os formuladores de políticas no país líder mundial em biodiversidade continuam míopes ao gigantesco potencial econômico da floresta, ainda muito mal aproveitado.

Em vez de se incentivar o processamento final dessas matérias-primas vegetais dentro da própria região, o que temos visto é o contrário, com produtos chegando no sul do país a preços mais baixos do que se entregues nas indústrias do entorno, já incluídos os valores do frete. Com isso, limitam-se as oportunidades para o desenvolvimento local, além de se gastar mais tempo, combustíveis, manutenção das nossas precárias estradas, sem falar no aumento das emissões de CO2 em plena emergência climática.

Vide o exemplo real da Camta (Cooperativa Mista de Tomé-Açu) fornecedora paraense de produtos da sociobiodiversidade. Contabilizados os custos associados (transportes + impostos), o quilo do óleo de andiroba entregue na fabrica da Natura em Cajamar/SP, quase 3 mil quilômetros distante, chega a 24,92 reais contra 25,99 reais se entregue no EcoParque, unidade de processamento em priscil, próxima de Belém, apenas 200 quilômetros distante.

A situação se repete junto a outros polos produtivos, como Santarém, no oeste do estado. Os custos ficam 2% mais baixos no envio dos produtos para São Paulo, simulando os cálculos com base na andiroba fornecida pela Coomflona (Cooperativa Mista das Comunidades da Floresta Nacional do Tapajós).

Essa distorção decorre das diferentes alíquotas do ICMS (imposto de competência estadual sobre a circulação de mercadorias). Não que isso aconteça em todas as situações, dadas as inúmeras variáveis de uma estrutura fiscal complexa, créditos, compensações, aspectos da logística e do consumidor final. De qualquer forma, é algo pouco racional, que deveria ser levado em conta no marco dos debates que se abrem em torno da reforma tributária.

Quem dera nossos tomadores de decisão pudessem ir além de um projeto de mera simplificação dos impostos, criando um sistema mais justo, redistributivo e indutor aos novos tempos de sustentabilidade. Talvez seja pedir demais diante da visão de “progresso” que predomina, com todas as atenções voltadas para a expansão do agronegócio e da mineração na Amazônia, incentivadas por frequentes anistias, renúncias fiscais e subsídios bilionários.

Não bastassem as incongruências inter-regionais, há também as estaduais. Ainda no exemplo do Pará, apesar de incentivos pontuais para alguns poucos produtos como a castanha e o açaí, vai na contramão da economia local com politicas como a que isenta do ICMS o cacau in natura (a amêndoa), ao mesmo tempo que taxa a manteiga, desestimulando o beneficiamento pelas cooperativas comunitárias.

Estamos longe de estratégias que alavanquem como um todo o mercado florestal de não-madeireiros, que favoreçam localmente a verticalização das cadeias, oportunidades de renda, empregos, qualificação da mão-de-obra, inclusão das populações de baixa renda.

A continuar assim, perde-se dinheiro e futuro ao atrofiar a construção de caminhos a partir da biodiversidade para viabilizar a economia da floresta em pé, essa sim a verdadeira vocação da região, diferentemente dos campos de soja ou pastos.

Com tantas universidades na Amazônia que formam gente para ir embora, sem perspectivas locais, é preciso olhar para além do agronegócio tradicional. Há espaço para todos. Não é proibitivo vislumbrar polos estratégicos na região com plantas industriais de baixo carbono, focadas em inovação, pesquisa, tecnologia, biotecnologia, processamento de produtos florestais…

Fonte:Carta Capital/Caetano Scannavino
14 de agosto de 2019

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‘A Amazônia com certeza corre risco’, diz Marina Silva

Marina disse que vê com “preocupação” as propostas defendidas pelo novo governo em relação ao meio ambiente
Foto: Redebrasilatual

Para a candidata à Presidência derrotada da Rede, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, a “Amazônia com certeza corre risco” no governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Marina disse que vê com “preocupação” as propostas defendidas pelo novo governo em relação ao meio ambiente. Leia, abaixo, os principais trechos da entrevista.

Como a senhora enxerga os militares integrando o governo?

Estamos vivendo um momento totalmente atípico de saudosismo. É a época do autoritarismo e, infelizmente, isso foi propagado durante a campanha. A Constituição brasileira deve ser respeitada, seja por militares ou civis. O estado democrático de direito deve ser respeitado. A Constituição é o mapa do caminho que devemos seguir.

Como a senhora avalia o resultado da eleição?

Numa democracia, as propostas são apresentadas, as candidaturas são postas e a sociedade faz a sua escolha. Eu sou uma democrata e respeito a decisão soberana do povo brasileiro. O povo elege representantes, mas não dá a eles o direito de substituí-lo. O poder continua na mão do povo e por ele só deve ser exercido, isso é parte da nossa Constituição. Já estamos começando com muitos retrocessos. A população foi por um caminho que eu discordo. Sou oposição desde já.

O novo governo chegou a pensar na fusão dos ministérios da Agricultura e Meio Ambiente. Depois desistiu da ideia.

Toda hora eles falam uma coisa diferente. Durante a campanha, ainda no segundo turno, eles deram sinais de que iam rever a posição e recentemente o futuro chefe da Casa Civil (Onyx Lorenzoni) disse que estava confirmado. De ontem pra hoje, começou uma série de ponderações de que ainda não está batido o martelo, mas há uma recusa geral da população e mesmo o setor do agronegócio está dividido. O presidente eleito deveria seguir o exemplo de outros presidentes (que voltaram atrás de pontos polêmicos na questão ambiental). O presidente podia seguir o exemplo histórico e voltar atrás mesmo.

O que há de errado com a ideia de fundir os ministérios?

Primeiramente, será um grande prejuízo para a proteção do meio ambiente, porque o Ministério do Meio Ambiente lida com questões para além da agricultura. Trabalha com infraestrutura de energia, de mineração, de desmatamento, aterro sanitário, construção. É um mundo a agenda do ministério. Outro problema é a insegurança jurídica que será criada. Você vai desestruturar um sistema na cabeça, mas como vai ficar o corpo? Pode desencadear um efeito cascata se os governos estaduais quiserem mudar a legislação estadual, subordinando as secretarias do meio ambiente às secretarias da agricultura.

Bolsonaro disse que “o que a gente defende é não criar dificuldade para o nosso progresso”. Durante a campanha, afirmou em diversas ocasiões que poria fim à “indústria de multas” e à “fiscalização xiita” imposta aos produtores rurais por autoridades ambientais, como Ibama e ICMBio.

Isso tudo vai prejudicar o agronegócio. Existe uma parcela considerável do setor, que tem avançado muito na proposta de aumentar a produtividade sem desmatamento. Conseguiram, assim, se posicionar com credibilidade nos mercados externos. Não são desses que mantêm uma mentalidade completamente atrasada de aumentar a produção por expansão agrícola nas florestas.

A senhora está esperançosa com este novo governo?

(Risos) Você já começa com uma agenda que vai comprometer o trabalho de décadas de gerações de ambientalistas, de sucessivos governos, ameaçando a demarcação das terras dos índios, ameaçando os quilombolas e as populações tradicionais. Como ter esperança em um governo como esse? Como ter esperança em quem diz que vai acabar com tudo que foi conquistado ao longo de décadas nesse país, inclusive durante os governos da ditadura?

Em que curva o Brasil está hoje no meio ambiente? Como está o status do meio ambiente?

Nós estamos em uma situação preocupante, o desmatamento voltou a crescer no governo Dilma e isso tem a ver com a mudança no código florestal brasileiro. Tivemos um aumento de invasão de terra pública, onde está a maior parte desses desmatamentos. Porque as sucessivas medidas que foram tomadas para regularizar essas áreas que foram ocupadas, tanto no governo Dilma quanto no governo Lula, e agora no governo Temer, dão um sinal errado, de que, se as pessoas invadirem aquilo que não é delas, terão a regularização da área como prêmio. As grandes operações de fiscalização que eram feitas em parceria com o Ibama e a Polícia Federal praticamente acabaram.

A Amazônica corre risco?

A Amazônia com certeza corre risco. O Brasil é uma potência ambiental, faz parte dos 17 países megadiversos do mundo, ocupando uma posição altamente privilegiada – é o número um entre os 17. E o governo diz que vai acabar com a proteção ao meio ambiente e com o instituto de proteção da biodiversidade. Essa nossa preocupação vai ter uma repercussão altamente negativa para o agronegócio.
Fonte: Agência Estado/ Correio Braziliense
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