Atendendo ao Centrão, Lula demite presidente da Caixa Econômica Federal

A presidência do banco era objeto de desejo há meses por parte de partidos quer compõem o Centrão  – (Foto:Ricardo Stuckert/PR).

Em mais um desdobramento das negociações com o Congresso, o presidente Lula aceitou demitir a presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano. Em decisão anunciada esta quarta-feira (25), o presidente demitiu a experiente economista do cargo de presidente do banco estatal. A notícia veio após uma reunião realizada no Palácio do Planalto, no final da manhã.

Rita Serrano era funcionária de carreira da Caixa desde 1989 e ocupava a presidência da instituição desde janeiro, após uma passagem pelo Conselho de Administração do banco.

O Palácio do Planalto confirmou a nomeação do economista Carlos Vieira Fernandes, servidor da Caixa e com experiência em cargos de confiança em ministérios associados a partidos do Centrão em anos anteriores, como o novo presidente da Caixa.

A mudança na liderança da Caixa já era amplamente esperada e estava no radar de interlocutores políticos. A presidência do banco era objeto de desejo há meses por parte de partidos quer compõem o Centrão, em busca de apoio para o governo Lula no Congresso.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), havia indicado previamente que o comando da Caixa estava sendo negociado como parte do esforço para ampliar a base parlamentar do Palácio do Planalto.

Além da presidência, os partidos do Centrão também visam indicar substitutos para as vice-presidências da Caixa. No entanto, a confirmação dessas substituições deve ocorrer após reuniões futuras entre Lula e Lira ao longo desta semana.

O Centrão, um bloco de partidos tradicionalmente conhecido por apoiar o governo federal em troca de cargos e recursos do orçamento público, tem buscado conquistar o controle de órgãos públicos, como os Correios e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), desde julho.

 

Fonte:O Liberal  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 25/10/2023/14:53:04

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Lula autoriza negociar Caixa e Funasa e discute trocas em bloco com centrão

A ideia do presidente, segundo integrantes do Palácio do Planalto, é articular as funções com os parlamentares em bloco, isto é, de forma conjunta, para que uma indicação possa contemplar um grupo político, e não apenas um partido. (Foto:Reprodução).

Após a pressão de integrantes do centrão por mais espaços no governo, o presidente Lula (PT) deu aval para que aliados negociem cargos ao PP e Republicanos no primeiro escalão e também órgãos como Caixa Econômica Federal e Funasa (Fundação Nacional de Saúde).

A ideia do presidente, segundo integrantes do Palácio do Planalto, é articular as funções com os parlamentares em bloco, isto é, de forma conjunta, para que uma indicação possa contemplar um grupo político, e não apenas um partido.

A avaliação de membros do governo e do centrão é a de que uma negociação ampla de cargos terá mais efeito para a formação da base parlamentar de Lula do que trocas pontuais na Esplanada.

A única certeza que há por ora entre auxiliares próximos do petista é que deputados do PP e Republicanos pediram e o presidente está disposto a oferecer dois ministérios a eles, mas os cargos que serão ofertados não estão fechados.

Se Lula arrastar a negociação, isso deverá frustrar uma ala do centrão. Deputados aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), esperavam que as trocas ministeriais começassem a ser feitas entre esta e a próxima semana, quando os principais líderes do bloco parlamentar devem retornar a Brasília. Mas integrantes do governo sinalizam que Lula não pretende resolver a questão com essa celeridade.

Em live nesta terça-feira (11), Lula inclusive citou nominalmente os dois partidos ao tratar das negociações com partidos e ao mencionar legendas com quem mantém diálogo.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, a sinalização de que esses partidos poderão ocupar o primeiro escalão do governo foi dada no final da semana passada a líderes do centrão e foi crucial para destravar a votação do projeto do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fazendários), considerado matéria prioritária da pauta econômica do governo. Lira havia ameaçado deixar essa votação para agosto.

Os deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) são os nomes apontados para ocuparem ministérios –dois parlamentares próximos a Lira. Como mostrou a Folha de S.Paulo, o centrão mira o Ministério do Desenvolvimento Social, atualmente chefiado por Wellington Dias (PT), e o Ministério do Esporte, chefiado por Ana Moser.

Além disso, também almeja o comando de estatais como Caixa, Funasa, Embratur e Correios. Ministros próximos de Lula, porém, afirmam que o martelo sobre os cargos a serem ofertados não está batido e que o presidente não tomará decisão açodada. A expectativa é que ele use o recesso parlamentar para negociar as trocas. No caso da Funasa, por exemplo, ainda é preciso definir como será a estrutura do órgão.

Em meio à pressão do centrão, aliados de Lula e a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, têm dado recados para que o Planalto blinde o Ministério do Desenvolvimento Social, que cuida do Bolsa Família. O presidente avalia que Wellington Dias tem um desempenho ruim como ministro, mas tem resistido a ceder a pasta responsável pela principal vitrine social do PT.

Dois ministros consideram difícil que o presidente ceda a pasta, ainda mais para o PP, comandado por Ciro Nogueira (PP-PI), adversário de Wellington no estado.

Há entre governistas a percepção de que será preciso cortar cargos do próprio PT e entre as possibilidades de arranjos, aliados de Lula não descartam nem que o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) possa ser remanejado do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Questionado sobre a pressão por uma reforma ministerial ampla, Lula afirmou na quinta (6) que “não é a pessoa que quer vir para o governo que escolhe o cargo, quem escolhe o cargo é o governo”.

O governo também resiste a ceder a Embratur, atrelada ao Ministério do Turismo, que passará a ser comandado pelo deputado Celso Sabino (União Brasil-PA), no lugar da deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ), que pediu para se desfiliar do partido. A estatal é comandada por Marcelo Freixo (PT), aliado próximo de Lula.

No lugar da Embratur, Lula deu aval a negociar outras estatais. No caso da Caixa, a própria presidente da instituição, Rita Serrano, tem sido alvo de críticas no governo e do próprio PT, e por isso aliados do mandatário avaliam que deve ser mais fácil ceder o comando do banco.

O nome mais citado para substituí-la é o de Gilberto Occhi (PP), que foi ministro das Cidades no governo Dilma Rousseff (PT) e ex-presidente da Caixa. O banco é o responsável por realizar os pagamentos das parcelas do Bolsa Família e também por liberar financiamentos para o Minha Casa, Minha Vida.

Embora citado por aliados, o governo ainda não procurou o ex-ministro para conversar.

No caso da Funasa, ainda há discussão sobre o que será feito do órgão, mas no Palácio do Planalto já é dado como certo que o comando dela será fruto de indicação política.

A fundação, que atua em obras de saneamento básico em cidades pequenas, historicamente serviu para acomodações políticas. O governo planejava extingui-la, mas o Congresso Nacional decidiu recriá-la durante votação da MP (medida provisória) que organizou a Esplanada dos Ministérios.

Com isso, o governo precisa regulamentá-la e planeja enxugar o espaço que antes tinha a estatal.

A Funasa teve orçamento de R$ 3,4 bilhões em 2022, no governo Jair Bolsonaro (PL), com estruturas distribuídas pelas 27 unidades da Federação.

Parlamentares do centrão que estão familiarizados com as negociações admitem ser difícil conseguir o comando das três estatais, mas indicam que podem encontrar um meio-termo. A expectativa é que haja compensações. Por exemplo, a União Brasil almeja a Embratur, mas pode ficar com a Funasa no lugar, já que o governo não quer abrir mão de Freixo no órgão.

Segundo relatos, Lula espera gestos dos parlamentares para consolidar a articulação política. Por mais que o chefe do Executivo ceda os ministérios, nem PP nem Republicanos entrarão oficialmente no governo. Ciro Nogueira já disse que não deixará de ser oposição.

O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, também diz que não vai aderir à base e tem afirmado que, se Silvio Costa Filho se tornar ministro, será na cota pessoal de Lula. Ambos os partidos, porém, têm alas governistas e que têm dado votos ao governo em matérias importantes –por isso, Lula deu aval à entrada deles no governo.

A ministra do Esporte, Ana Moser, se reuniu com Lula por cerca de meia hora no Planalto, nesta terça. Questionada sobre a pressão por sua pasta, ela disse que “faz parte”, mas que o presidente lhe deu bastante trabalho e algum tempo para cumpri-lo.

Moser também saiu do encontro com a missão de oficializar na Copa do Mundo feminina a candidatura do Brasil para sediar o próximo torneio. Ela embarca na próxima segunda-feira (17).

 

Fonte: Folhapress e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 12/07/17:53:15

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Partido do Centrão, o União Brasil indica Celso Sabino para ser ministro de Lula

Celso Sabino está prestes a ser nomeado Ministro do Turismo do terceiro governo Lula. Mesmo não tendo apoiado a eleição do presidente petista, interlocutores do governo acenam para mudanças ministeriais, com partidos como o União Brasil, afim de pacificar a relação com o Centrão e dar andamento na pauta favorável ao planalto, dentro do Congresso Nacional. Outros cargos estão em discussão e podem ser anunciados ainda essa semana, inclusive no Pará.

As turbulências entre governo e congresso podem estar com os dias contados. É que partidos do Centrão estão sendo chamados para negociar com o governo, a aprovação de seus projetos na Câmara e no senado e para tal, mudanças nos ministérios do governo Lula são vistas como a chave principal para destravar a pauta do governo federal no parlamento.

Durante a semana passada alguns jornais nacionais publicaram matérias ventilando a possibilidade do deputado federal pelo Pará, Celso Sabino (União Brasil) assumir um ministério no governo Lula.

Além dele, outros parlamentares do partido também estavam cotados para a missão. O deputado federal tocantinense Carlos Henrique Gaguim (União-TO) era um deles.

No entanto, uma fonte de diogenesbrandao.com muito bem articulada nos bastidores de Brasília, nos informou neste domingo (04), que a indicação do nome do parlamentar paraense foi definida entre os deputados e senadores de seu partido e que ele deve ser de fato nomeado e assumir o Ministério do Turismo nos próximos dias.

O jornal O Globo noticiou na última sexta-feira (02): “O União Brasil tem hoje três ministros. São eles Waldez Goes (Integração Nacional), Daniela Carneiro (Turismo) e Juscelino Filho (Comunicações). Apesar disso, a bancada na Câmara não se sente contemplada. Os deputados do União dizem que Waldez é ligado apenas ao senador Davi Alcolumbre (União-AP) e que as escolhas de Daniela e Juscelino não tiveram a participação dos deputados do partido.

Daniela inclusive pediu para se desfiliar da legenda, e seu marido, o prefeito de Belford Roxo, Wagner Carneiro, se filiou ao Republicanos. Ainda que a legenda na Câmara desejasse pastas mais relevantes, a expectativa é que a relação com o partido melhore após o ajuste ministerial.

Na quarta-feira, Lula chamou ao Planalto o líder do União Brasil, Elmar Nascimento, e reconheceu que a forma como os ministros do partido foram escolhidos foi equivocada. O próprio Elmar tentou ser ministro da Integração Nacional, mas foi vetado por ser rival do PT na Bahia. Agora, dizem aliados, ele não tem tentado de novo entrar na Esplanada: seu principal projeto é ser presidente da Câmara na sucessão de Lira”.

Como se vê, o União Brasil já possuia como ministra do Turismo, a deputada federal Daniela Carneiro, mas há rumores de que ela esteja de saída do partido. Seu nome já é considerado como cota pessoal do presidente Lula. Mesmo que fique no União Brasil, ela não tem boa relação com a bancada, nem com a Executiva do partido.

Celso Sabino é amigo pessoal e pessoa de confiança do presidente da Câmara, Arthur Lira que sempre o elogia por sua atuação como articulador entre diversos partidos, sendo que ganhou muito destaque como presidente da Comissão Mista do Orçamento e por ter sido um dos coordenadores da campanha de Lira, que foi reeleito presidente da Câmara no dia 1º de fevereiro deste ano.

O União Brasil também tinha interesse pelo Minstério da Integração Regional, que tem um orçamento maior e mais capilaridade que o Ministério do Turismo. No entanto, sabedores de que a disputa pela pasta é mais difícil, além do que, o atual ministro Waldez Góes, é aliado do senador Davi Alcolumbre, também União Brasil, só que do Amapá e que já foi presidente do senado.

Segundo o noticiário nacional, membros do governo Lula chegaram a sinalizar mudança no Ministério das Comunicações, onde Celso Sabino estava sendo cotado, mas isso implicaria na saída do ministro Juscelino Filho, também deputado do União Brasil, mas que não é visto como um nome que contemple a bancada do União e nem traz votos para o governo. Sendo assim, o partido bateu martelo pelo Ministério do Turismo.

Em abril de 2023, o União Brasil possuía 1.063.492 filiados, sendo assim o sexto maior partido do país. O presidente Lula sabe disso e sente a necessidade de se articular melhor com o Congresso e para isso vem explicando para a militância petista e aliados na esquerda, porque precisa dividir o poder com os partidos do Centrão, se quiser aprovar leis e programas de governo no parlamento.

TRAJETÓRIA POLÍTICA E PROFISSIONAL

Em 2010, Celso Sabino foi eleito deputado estadual com 19.140 votos nas eleições daquele ano, ficando como suplente, mas vindo a assumir o mandato em 2011 pelo Partido da República (PR). Em 2012, ocupou o cargo de Secretário Estadual na Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda (Seter).

Em 2013, disputou a reeleição pelo PSDB, vindo a assumir a presidência do Instituto de Metrologia do Pará (IMETROPARA), no último governo de Simão Jatene.

Em 2018, Celso Sabino foi eleito deputado na Câmara Federal, em Brasília, com 146.288 votos pelo PSDB, onde atuou até janeiro de 2021, como vice-líder do partido no Pará.

Já no União Brasil, Celso Sabino foi reeleito deputado federal nas eleições de 2022, com 142.326 votos.

Celso é graduado em Administração pela Universidade da Amazônia (UNAMA), e em Direito pelo Centro Universitário do Pará (CESUPA). Além disso, possui pós-graduação em Controladoria, Auditoria e Gestão Financeira, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e concluiu o curso de aperfeiçoamento em Gestão Pública Tributária, pela Escola de Administração Fazendária (ESAF).

Foi aprovado no exame da Ordem dos Advogados (OAB) e finalizou, em 2017, o doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais, na Universidad del Museo Social Argentino (UMSA), na Argentina.

Aos 22 anos foi aprovado no concurso para Auditor Fiscal na Secretaria da Fazenda (SEFA) e recebeu licença para exercer o cargo de deputado federal em 2018.

Em 2021, Celso anunciou sua saída do PSDB após desavenças entre algumas alas do partido, principalmente depois de ter sido indicado para o cargo de liderança da Maioria na Câmara Federal. Até então, o parlamentar já havia se envolvido em polêmicas dentro do próprio partido, sobretudo com acusações do presidente dos tucanos na época, de que Celso estava se aliando ao Governo Jair Bolsonaro, levando a abertura do processo de expulsão do partido.

Celso Sabino rebateu a narrativa do presidente dos tucanos dizendo que as articulações que resultaram em sua indicação começaram há mais de dois meses e de que ele “foi indicado por 11 partidos para assumir a Liderança da Maioria na Câmara dos Deputados e que a liderança da Maioria é uma instituição prevista na Constituição Federal, com assento no Colégio de Líderes e no Conselho da República”, informou naquele momento, com exclusividade, ao blog AS FALAS DA PÓLIS.

 

 




Bolsonaro diz sentir-se “em casa” em filiação ao PL e garante ao “centrão” que “nenhum partido será esquecido”

O presidente Jair Bolsonaro e o ex-deputado federal Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL (Foto: Divulgação)

Cerimônia oficializa retorno de Bolsonaro ao “centrão” e destaca mudança na estratégia do presidente para as eleições de 2022
O presidente Jair Bolsonaro filiou-se, nesta terça-feira (30), ao Partido Liberal (PL), do ex-deputado Valdemar Costa Neto. O evento é mais um capítulo da aproximação entre o mandatário e os partidos do chamado “centrão” (que ocorre desde meados de 2020), e traz sinalizações sobre as estratégias de alguns dos principais atores políticos para as próximas eleições.

A cerimônia contou com a presença de diversas figuras políticas, dentre elas o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Onyx Lorenzoni, Fábio Faria (Comunicações), Paulo Guedes (Economia), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), João Roma (Cidadania), Flávia Arruda (Secretaria de Governo). Também participou o deputado Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, e outros congressistas.

Durante sua fala, Bolsonaro não confirmou a candidatura à reeleição ‒ o que é dado como certo no mundo político ‒ e disse sentir-se “em casa” ao exaltar suas afinidades com a nova sigla, sua nona em quase três décadas de vida política.

O ingresso ao PL marca uma significativa mudança de discurso e estratégia do mandatário em relação às eleições de 2018, quando se posicionou como o candidato antissistema.

“Estou me sentindo aqui em casa, dentro do Congresso Nacional, naquele plenário, na Câmara dos Deputados, tendo em vista a quantidade enorme de parlamentares aqui presentes”, disse Bolsonaro. “Eu vim do meio de vocês. Fiquei 28 anos dentro da Câmara dos Deputados, como alguns poucos aqui atingiram esse tempo”.

A filiação também põe fim a um período de pouco mais de dois anos em que Bolsonaro esteve sem partido e oficializa seu retorno ao “centrão”.

Bolsonaro deixou o PSL em novembro de 2019, em meio a uma queda de braço com Luciano Bivar (PE), presidente da legenda. A disputa envolvia a ocupação de posições estratégias no partido e o controle do cofre. Na época, o mandatário decidiu trabalhar na criação do seu próprio partido, Aliança pelo Brasil, que não prosperou.

Com as eleições cada vez mais próximas, Bolsonaro mantinha conversas com dirigentes partidários em busca da melhor opção para abrigá-lo. Foram ao menos seis negociações malsucedidas: com Republicanos, PMB, Patriota, PRTB, PTB e PP. Até que o martelo foi finalmente batido com o PL. A sigla é controlada há anos por Valdemar Costa Neto, ex-deputado condenado por corrupção no julgamento do escândalo do “mensalão”.

Ao entrar no PL, Bolsonaro tenta consolidar a coalizão que dará suporte à sua candidatura à reeleição e afasta o risco de acordo de uma dessas siglas com potenciais adversários na disputa pelo Palácio do Planalto – especialmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que atualmente lidera as pesquisas nas simulações de primeiro e segundo turnos.

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“Eu vim do PP e confesso, prezado Valdemar: a decisão não foi fácil. Até mesmo o Marcos Pereira, conversei muito com ele, como outros parlamentares também. E uma filiação é como um casamento. Não seremos marido e mulher (risos), seremos uma família, mas vocês todos fazem parte dessa nossa família”, disse o presidente.

Filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (RJ), que também se filiou ao PL nesta terça-feira, disse que o ingresso do presidente à sigla “é um passo fundamental, que dá muita força, musculatura, seriedade, profissionalismo para uma possível campanha no ano que vem”.

No discurso, Jair Bolsonaro também disse que não é possível agradar a todos ‒ referência feita ao interesse de outras siglas em abrigar sua candidatura à reeleição ‒, mas que “faz o possível”, e garantiu que “nenhum partido será esquecido por nós”.

A expectativa de aliados do presidente é que integrem formalmente o bloco importantes legendas do “centrão”, como PP e Republicanos. Mas analistas políticos acreditam que o mandatário terá que mostrar serviço (isto é, provar ser competitivo nas pesquisas eleitorais) para evitar traições durante a campanha.

Para especialistas, o grau de adesão de integrantes do “centrão” ao projeto de reeleição de Bolsonaro dependerá de quão competitiva for entendida a candidatura. Caso outras candidaturas sejam vistas como favoritas, há riscos de o mandatário repetir a história de Ulysses Guimarães (PMDB), em 1989, e Geraldo Alckmin (PSDB), em 2018.

O discurso do mandatário contou, ainda, com críticas à esquerda. “Nós tiramos o Brasil da esquerda, nós todos tiramos. Olha para onde estávamos indo”, disse citando a Venezuela. “As cores verde e amarela [estão agora] predominando sobre o vermelho. Nós conseguimos fazer brotar o sentimento de patriotismo”, afirmou.

Flávio Bolsonaro também subiu o tom contra os adversários do presidente, centrando fogo contra Lula e o ex-juiz Sérgio Moro, que foi Ministro da Justiça do governo até abril de 2020. “Nós juntos vamos vencer o vírus, vamos vencer qualquer traidor e vamos vencer qualquer ladrão de nove dedos, pelo bem do nosso Brasil”, declarou.

Na cerimônia, Bolsonaro também manteve tom muito mais ameno em relação ao Poder Judiciário ‒ posição muito cobrada por integrantes do “centrão” após as manifestações de 7 de setembro, em que o mandatário atacou o ministro Alexandre de Moraes e ameaçou descumprir decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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“Acho que as críticas são válidas, sendo pontuais. Como instituição, não é o caso. Nossa regra é essa”, disse ao comentar discordância com decisões proferidas pelos ministros do tribunal. Bolsonaro também afirmou esperar que a indicação de André Mendonça para uma vaga na corte seja aprovada nesta semana pelo Senado Federal.

Mas o presidente também deu recados aos magistrados. “Nós temos um bem que está na nossa frente e não podemos desprezá-lo. Achar que não vai acabar nunca… É um bem que devemos sempre zelar por ele, que é a nossa liberdade. Alguns extrapolam aqui na região da Praça dos Três Poderes, mas essa pessoa vai ser enquadrada, vai se enquadrando, vai vendo que a maioria somos nós, que nós aqui, que temos voto em especial, é que devemos conduzir o destino da nossa nação”, disse.

A cerimônia de filiação de Bolsonaro ao PL também marcou a ida de um de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (RJ), e do ministro Rogério Marinho à sigla. A expectativa é que os ministros Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência), Tereza Cristina (Agricultura) e Gilson Machado (Turismo) acompanhem o movimento.

Um grupo estimado em 20 deputados federais bolsonaristas, sendo a maioria hoje do PSL ou DEM – siglas que acertaram fusão para a criação da União Brasil –, deve reforçar a bancada do PL nos próximos meses.
Estrutura partidária

O Partido Liberal (PL) conta com uma bancada de 43 deputados federais (terceira maior na Câmara dos Deputados) e 4 senadores (oitava maior no Senado Federal). Nas últimas eleições municipais, a legenda aumentou de 297 para 345 o número de prefeitos, ocupando a sexta posição na lista dos partidos que comandam mais prefeituras.

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PL recebe R$ 4,061 milhões por mês do fundo partidário em 2021, totalizando R$ 48,737 milhões no ano, o equivalente a 5,45% do bolo todo. Isso faz do partido o oitavo em dotação de recursos do fundo, com pouco menos da metade do que recebe o primeiro da lista – PSL, com cerca de R$ 104,56 milhões anuais.

O valor do fundo eleitoral ainda não está definido para o próximo pleito, mas, considerando o montante distribuído entre as legendas nas últimas eleições municipais, o PL teria direito a R$ 117.621.670,45 – 58,43% dos valores recebidos pelo PT (R$ 201.297.516,62).

Fonte:infomoney/Por Marcos Mortari 30 nov 2021 12h55
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