Governo federal e Funai têm 30 dias para entregar cestas básicas a indígenas no Pará, diz Justiça Federal

Justiça Federal determina entrega de cestas básicas e kits de higiene a indígenas no Pará — Foto: Divulgação

Decisão é descumprida desde outubro de 2020, segundo MPF. Funai alega não ter obrigação de garantir a segurança alimentar dos povos indígenas.

A Justiça Federal determinou prazo de 30 dias para que o governo federal e a Fundação Nacional do Índio (Funai) entreguem 8.500 cestas básicas e kits de higiene a comunidades indígenas do Pará, localizadas nas regiões nordeste e sudeste. Se o prazo não for obedecido integralmente, a Justiça pode bloquear as contas da Funai. O g1 solicitou posicionamento da Funai, mas ainda não havia obtido resposta até a última atualização da reportagem.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a decisão tem sido descumprida desde outubro de 2020, mas a União tem alegado limitações orçamentárias para cumprir a ordem judicial. Por isso, a entrega de cestas básicas e kits de higiene tem sido feita de forma descontinuada e, de acordo com o MPF, sem informar à Justiça Federal a quantidade exata de material fornecido.

“Os entraves orçamentários e procedimentais elencados não podem se sobrepor à sobrevivência das populações indígenas, que não estão tendo acesso ao mínimo existencial”, declara a juíza Hind Ghassan Kayath.

Proteção contra Covid-19

As coordenações da Funai que atendem as comunidades em questão são as do Baixo-Tocantins e a Sul Kayapó. De acordo com o MPF, a decisão é parte das medidas de controle da pandemia de Covid-19 já que o fornecimento desse material evitaria o deslocamento desnecessário dos indígenas para as cidades, onde ficam mais expostos à contaminação.

Em resposta à recomendação feita pelo MPF em 2020, a Funai reconheceu a importância de manter os indígenas nos territórios, mas se recusou a adquirir alimentos para as comunidades, alegando não ter obrigação de garantir a segurança alimentar dos povos indígenas.

No entanto, a Procuradoria da República, que ajuizou a ação em Belém, afirma que a União é obrigada a garantir a segurança alimentar e a saúde dos povos indígenas e que a Funai é a instituição responsável por representar a União neste caso.

Em resposta ao MPF, a Funai apontou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) como a responsável pelas assistência às comunidades e se comprometeu a apoiar a distribuição dos materiais. Porém desde abril de 2020 as comunidades aguardam as cestas básicas e os kits de higiene.

O MPF constata que algumas coordenações da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) tomaram providências emergenciais para atender comunidades que já estavam contaminadas por Covid-19. Mas as medidas são pontuais e não resolvem o problema, alega o Ministério Público.

“Todas as comunidades indígenas, independentemente do grau de insegurança alimentar, devem receber alimentos para evitar deslocamentos e a contaminação”, diz o MPF.

Por g1 Pará — Belém

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Funai entrega 8,8 mil cestas básicas no oeste do Pará em cumprimento de sentença

 Sede da Funai, vinculado ao Ministério da Justiça, em Brasília: cumprimento de sentença da Justiça Federal. Foto: Reprodução

No último dia 20 a Fundação Nacional do Índio (Funai) divulgou que está na fase final da entrega de 8,8 mil cestas básicas e 11 mil kits de higiene e saúde para 2,2 mil famílias indígenas em 71 aldeias no oeste do Pará.

A entrega é parte do cumprimento de decisão da Justiça Federal de julho do ano passado favorável a pedidos do Ministério Público Federal (MPF).

A ação foi ajuizada pelo MPF em junho de 2020, com pedido para que na região de Santarém a Funai e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) garantissem a segurança alimentar e sanitária de povos indígenas durante a pandemia da covid-19, nas regiões do Tapajós, Trombetas, Baixo Amazonas e Baixo Tocantins.

A Justiça Federal determinou que, em diálogo com as organizações indígenas, as unidades da Funai em Santarém e Oriximiná deviam levantar o quantitativo mensal necessário para atendimento a todas as famílias indígenas com uma cesta básica mensal por família, no mínimo. No processo judicial, o MPF segue cobrando que sejam feitas entregas até o fim da pandemia.

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Antes de ajuizar a ação, o MPF havia alertado as instituições para a necessidade da tomada de providências. Apesar de reconhecer a necessidade, os órgãos do governo federal não acataram as recomendações.

A não entrega das cestas pode ser uma das causas para a contaminação em comunidades indígenas. Sem acesso seguro aos alimentos nas aldeias, muitos indígenas tiveram que se deslocar para as cidades para acessar benefícios sociais e adquirir mantimentos, o que pode ter provocado a contaminação pela covid-19.

Segundo a Funai, a fase atual de entrega de cestas no Baixo Tapajós começou em fevereiro e termina em maio, e as equipes da autarquia já realizaram quatro viagens de barco para entregar as cestas a 30 aldeias ao longo do rio Tapajós e outras quatro viagens de barco para atender 28 aldeias ao longo do rio Arapiuns.

A distribuição também inclui cinco aldeias do Planalto Santareno e três aldeias da Floresta Nacional do Tapajós, informa a Funai.

Com informações do MPF

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