Quatro cidades paraenses aparecem entre as mais violentas do país

Altamira, Ananindeua, Marituba e Marabá aparecem entre as cidades mais violentas do país(Foto:Fernando Frazão/Arquivo Agência Brasil)
Levantamento mostra que cidades médias e grandes com mais homicídios estão no Norte e Nordeste
Cidades paraenses estão entre as mais violentas do país

As regiões Norte e Nordeste do Brasil concentram 18 das 20 cidades mais violentas do país, mostra levantamento divulgado hoje (5) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A pesquisa, que contabiliza apenas municípios com ao menos 100 mil habitantes, mostra ainda que o estado de São Paulo tem 14 das 20 cidades menos violentas.

O estudo é um desdobramento do Atlas da Violência que destrincha os dados das 310 cidades médias e grandes do país. Para medir o nível de violência, o Ipea se debruçou sobre a taxa de homicídio por 100 mil habitantes nos municípios brasileiros no ano de 2017.

Os números permitem identificar que as cidades mais violentas e menos violentas apresentam também grande diferença entre os índices de desenvolvimento humano. Segundo o Ipea, as cidades mais violentas, em geral, têm também números piores no acesso à educação, desenvolvimento infantil e mercado de trabalho, enquanto as menos violentas têm indicadores considerados parecidos com os de países desenvolvidos.

As cidades mais violentas têm, em média, 60% da taxa de atendimento escolar das menos violentas, e o percentual de jovens de 15 a 24 anos que não estudavam, não trabalhavam e eram vulneráveis à pobreza era quatro vezes maior.

A cidade mais violenta do Brasil em 2017 foi Maracanaú, no Ceará, com 145,7 homicídios para cada 100 mil habitantes. No ano do estudo, 308 pessoas foram assassinadas na cidade, que fica na região metropolitana de Fortaleza e tem 224 mil habitantes.

A capital cearense foi a cidade que teve o maior número absoluto de homicídios em 2017, com 2.145 casos, superando até mesmo as cidades populosas do país. O Rio de Janeiro, que tem mais que o dobro de habitantes de Fortaleza, teve 1.850 assassinatos, e São Paulo, que tem uma população quatro vezes maior, teve 1.011 – menos que a metade.

Após Maracanaú, a lista de cidades mais violentas continua com:

   Altamira (PA)
    São Gonçalo do Amarante (RN)
    Simões Filho (BA)
    Queimados (RJ)
    Alvorada (RS)
    Porto Seguro (BA)
    Marituba (PA)
    Lauro de Freitas (BA)
    Camaçari (BA)
    Caucaia (CE)
    Nossa Senhora do Socorro (SE)
    Cabo de Santo Agostinho (PE)
    Marabá (PA)
    Ananindeua (PA)
    Fortaleza (CE)
    Mossoró (RN)
Vitória de Santo Antão (PE)
    Rio Branco (AC)
    Eunápolis (BA)

A cidade considerada mais pacífica do Brasil foi Jaú, em São Paulo, com uma taxa de 2,7 homicídios para cada 100 mil habitantes. A cidade de 146 mil moradores teve quatro assassinatos em 2017. Indaiatuba e Valinhos, também situadas em São Paulo, ocupam o segundo e o terceiro lugar na lista, que continua com Jaraguá do Sul (SC), Brusque (SC), Jundiaí (SP), Passos (MG), Limeira (SP), Americana (SP), Bragança Paulista (SP), Santos (SP), Araxá (MG), Araraquara (SP), São Caetano do Sul (SP), Tubarão (SC), Mogi das Cruzes (SP), Itatiba (SP), Varginha (MG), Catanduva (SP) e Sertãozinho (SP).

O coordenador do estudo, Daniel Cerqueira, avalia que políticas focalizadas em territórios vulneráveis são a luz no fim do túnel, com iniciativas voltadas para o desenvolvimento infanto-juvenil e para as famílias mais pobres. Ele defende ainda um reforço na qualificação policial e a melhora das condições de encarceramento.
Fonte:Agência Brasil
05.08.19 16h03
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Fordlândia – Justiça Federal move ação contra prefeitura de Aveiro

Casas antigas estão sendo destruídas pelo tempo(Foto)-A Justiça Federal ordenou ao Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e ao município de Aveiro (oeste do Pará) que promovam medidas em caráter emergencial e solidário para a preservação do patrimônio histórico de Fordlândia, cidade criada por Henry Ford, na década de 20, do século passado.

Nos últimos anos, diante da demora do Iphan em concluir o tombamento do local e da falta de cuidados da Prefeitura, os prédios de Fordlândia vêm se deteriorando rapidamente. Diante do problema, várias foram as denúncias dos moradores com relação ao descaso do prefeito Olinaldo Barbosa (Fuzica) referentes aos prédios históricos de Fordlândia.
Além das medidas emergenciais, a decisão do juiz Paulo César Moy Anaisse, de Itaituba, determina que os dois entes – Iphan e prefeitura de Aveiro – implementem a conservação dos bens, por meio de convênios e termos de cooperação.
Antes de ajuizar ação judicial, o MPF havia tentado várias vezes, através de recomendações e ofícios, sensibilizar a prefeitura de Aveiro da necessidade de proteger o patrimônio de Fordlândia. Da mesma forma, fez tentativas extrajudiciais de acelerar o processo de tombamento junto ao Iphan, sem sucesso. O procedimento para tombar o distrito foi iniciado em 1990, mas não avançou. Nesse meio tempo, segundo relatório do próprio Iphan, vários imóveis importantes sofreram danos.
CIDADE EMPRESA: Fordlândia foi a primeira cidade empresa edificada na Amazônia, criada para garantir a lógica produtiva dos grandes projetos. O fundador da cidade é o mesmo da Ford Motors e criador da linha de montagem industrial. Construída nos anos 20, Fordlândia deveria suprir a demanda de borracha do mercado americano numa época em que a Inglaterra havia dominado os centros produtores da Ásia.
Depois de comprar a área de um milhão de hectares, em dezembro de 1928 os navios Lake Ormoc e Lake Farge depositaram no local todos os componentes necessários para estruturar a nova cidade. Em pouco tempo, transformou-se na terceira cidade mais importante da Amazônia com hospital, escolas, água encanada, moradia, cinema, luz elétrica, porto, oficinas mecânicas, depósitos, restaurantes, campo de futebol, igreja, hidrantes nas ruas.
Os seringais de Ford sofreram muitos problemas com pragas e acabaram desativados. Fordlândia, então, foi comprada pelo governo brasileiro, em 1945, pelo valor de cinco milhões de cruzeiros.

O Ministério Público Federal iniciou processo judicial para tentar acelerar medidas de proteção para Fordlândia, a cidade construída por Henry Ford na Amazônia na década de 20. A ação têm como réus o Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico Nacional (Iphan) e o município de Aveiro, no oeste do Pará, onde está localizado o Distrito. Nos últimos anos, diante da demora do Iphan em concluir o tombamento do local e da falta de cuidados da Prefeitura, os prédios de Fordlândia vêm se deteriorando rapidamente.
DESCASO: O Antigo Hospital teve as telhas removidas e o interior exposto ao tempo sofreu severa depreciação; a Vila Americana, onde moravam os empregados de Henry Ford, foi ocupada por moradores locais que efetuaram reformas sem acompanhamento técnico e o Armazém do Porto teve vários equipamentos retirados pela própria prefeitura de Aveiro, que também é acusada de ter construído uma praça sem respeitar regras mínimas de preservação do patrimônio.
“Está claro que o Iphan está a se escusar dos deveres que lhe são impostos pela lei, no sentido de promover a preservação da memória histórica do local. A conduta adotada pelo instituto é de tão somente indicar medidas de orientação à prefeitura de Aveiro, que até agora não surtiram efeito, de modo que o patrimônio histórico permanece sujeito a deterioração”, diz a ação do MPF.

Por: Manoel Cardoso

Fonte: RG 15/O Impacto

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